A pandemia também mudou o cenário da implementação de sistemas de segurança veicular, em função da crise econômica instalada. O ROTA 2030, programa do Governo que visa o estímulo a eficiência energética e segurança nos veículos automotores no país, teve seu calendário alterado atendendo a um pedido da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de veículos Automotores). Para tanto, o órgão regulamentador CONTRAN (Conselho Nacional de Transito estabeleceu para 1° de janeiro de 2024, e não mais de 2022 como estava previsto o texto original , a obrigatoriedade do sistema de controle de tração (CT) e estabilidade (ESP) em todos os veículos nacionais produzidos a partir dessa data. Fica mantida a obrigação dos equipamentos para os veículos com novas plataformas fabricados a partir de 2020, e as montadoras ficam orientadas a cumprir com 50% da produção para as demais plataformas em 2023, chegando a 100% em 2024.
Não apenas a obrigatoriedade do sistema de controle de tração e estabilidade foi adiada. O uso como equipamento de série dos faróis DLR (luzes de rodagem diurna) e novas normas para proteção contra impactos laterais foram postergadas de janeiro de 2023 para o mesmo mês de 2024.
Lembrando que mudanças nos últimos anos nas normas de segurança e eficiência energética ajudaram a encerrar a vida de veículos, mesmo com grande volume de vendas, como no caso do Fiat Mille e da VW Kombi, produzidos até 2013. Outro caso recente, onde a partir desse ano a obrigatoriedade do suporte de fixação para cadeiras infantis Isofix, exigiu a mudança na estrutura do banco traseiro dos VW Fox, Gol e Voyage, sob o risco de não poderem ser produzidos esse ano, além do VW up!, que não atende a exigência de cintos de três pontos para todos os passageiros, passou a ser classificado como 4 lugares a partir desse ano.
O principal e mais importante que tudo isso é ABS em todos eixos de veiculos pesados, implementos rodoviarios inclusive. Isso é que mata e destroi quem esta pela frente em grande escala! O resto é o resto.