Montado na plataforma MQB, a Manutenção no Volkswagen T-Cross TSI utiliza as mesmas ferramentas de outros modelos como Tiguan, Polo, Virtus e Jetta
A Volkswagen entrou no segmento de SUVs compactos em 2019 ao lançar o T-Cross. Ele é montado na plataforma global MQB (Modularer Querbaukasten- Matriz Modular Transversal), mesma estrutura utilizada no hatch Polo, sedã Virtus, SUV Tiguan, entre outros veículos do Grupo VW. Veja abaixo o passo a passo para a Manutenção no Volkswagen T-Cross TSI
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Studio Reparação Automotiva Colaboraram: VW do Brasil/ Oficina Power Class
O VW T-Cross 250 TSI Highline é a versão topo de linha, com o motor 1.4 L turbo e injeção direta. Ele é produzido na fábrica de São Carlos (SP) e exportado para o México. Acoplado ao motor está o câmbio automático de 6 marchas da japonesa Aisin. Oferece opção de trocas manuais no volante e na alavanca. Para melhor aproveitamento e economia de combustível, tem o Start/Stop. Este sistema desliga o motor quando, por exemplo, o carro para em um semáforo. Sua potência é de 150 cv a 5.000 rpm e 25,5 kgfm de torque, com qualquer combustível. Ainda tem quatro modos de condução: Eco, Sport, Normal e Individual. No modo Sport, a direção com assistência elétrica fica mais firme e as marchas são trocadas com o motor em giro mais alto. “Neste motor o reparador precisa ficar atento com a correia dentada. A fabricante recomenda a troca após 120 mil km, porém, em condições de uso severo como o anda e para do trânsito nas grandes cidades, ou o veículo que trafega na terra o ideal é antecipar a troca, por isso, sempre que um veículo com este tipo de motor entrar na oficina, o ideal é verificar também a correia dentada”, comenta Nilson Patrone, da oficina Power Class, localizada em São Bernardo do Campo (SP).
Para fazer a troca da correia dentada é preciso ter o kit de ferramentas especifico deste tipo de motor.
Outra particularidade do 1.4 TSI é a vela. “A vela é do tipo direcional, ao realizar a troca é necessário colocar a nova na posição correta e utilizar o torque de 24 Nm para não gerar erro de combustão e danificar o anel de vedação”, alerta Nilson.
Estas velas utilizam bobinas individuais, as quais podem apresentar fadiga. “É possível identificar qual a bobina que está desgastada, porém, o ideal é substituir as quatro, pois geralmente, quando uma apresenta fadiga, em breve as outras também irão falhar”, avalia ele.
Além destes itens, para realizar a troca do filtro do ar e mangueiras, o reparador realiza o trabalho de maneira simples, com as ferramentas de uso comum na oficina. O que exige conhecimento específico é o sistema de injeção de combustível. “A injeção de combustível é direta na câmara de combustão. É um sistema que trabalha com pressão de 200 bar, tem que despressurizar antes de qualquer ação. Os bicos estão localizados dentro da câmara de combustão. São duas bombas, uma de baixa pressão, ela está no tanque, e a outra de alta. Há um modo de controle da bomba de baixa, o que exige conhecimento técnico para reparos no sistema”, avisa Patrone.
O motor 1.4 TSI é turboalimentado, o equipamento exige cuidados. “Para não comprometer a vida útil do turbo é necessário ter o filtro do ar em boas condições, utilizar o óleo do motor recomendado pela fabricante do veículo e o liquido de arrefecimento nas condições adequadas. A fabricante não recomenda reparos no turbo, quando surge algum problema é necessário trocar por um novo”, fala ele.
Após levantar o T-Cross outros detalhes sobre a reparabilidade do SUV são notados. “O filtro do óleo é convencional, está posicionado de maneira fácil e não requer ferramenta especial. Também na parte de baixo é possível acessar a caixa da direção elétrica. Este sistema não exige manutenção preventiva, pois ela não utiliza graxa. O recomendado para preservar o bom funcionamento do sistema, por exemplo, quando a roda encosta na guia o motorista não deve forçar, virar a roda para o lado da guia, pois isso pode danificar o sistema”, avisa Nilson.
O SUV compacto da VW tem suspensão independente do tipo McPherson na dianteira e eixo rígido na traseira, com amortecedores separados das molas e buchas de fácil manuseio. “Para fazer a manutenção e troca de componentes do sistema de suspensão o reparador não encontra dificuldades e nem é necessário o uso de ferramentas especiais. O pivô, por exemplo, é separado da bandeja, mas o ideal é realizar a troca dos dois componentes. A barra estabilizadora e as bieletas também são de fácil acesso”, avalia o diretor da Power Class.
Na parte debaixo do VW T-Cross é possível ter acesso ao câmbio automático Aisin de 6 marchas, o qual é utilizado também nos veículos da Fiat, Jeep e Peugeot Citroën, agora integrantes do mesmo Grupo Stellantis. “É um câmbio muito bom, não tenho relatos de problemas com este tipo de transmissão, inclusive há o dreno para troca do fluído, a fabricante não recomenda substituir, mas o ideal é analisar o fluido e se for necessário realizar a troca”, comenta.
Os freios dianteiros são a disco ventilado e na traseira, discos sólidos, com os sensores do ABS ligados no cubo de roda, o que não exige ferramentas especiais ou equipamentos eletrônicos para substituí-los.
O VW T-Cross Highline 250 TSI tem preço sugerido inicial de R$ 130.190, utiliza a mesma plataforma dos SUVs Tiguan, Nivus e o VW Taos que será lançado este ano. Ainda é utilizada pelo hatch Polo, os sedãs Virtus e Jetta, sendo assim, as ferramentas necessárias para revisões e manutenções destes modelos são compartilhadas, porém, o reparador precisa ficar atento ao adquirir peças de reposição como amortecedores e molas. Isso porque elas têm calibração especifica para cada veículo.
Ficha Técnica T-Cross Highline 250 TSI
Motor: 1.4L TSI | |
Tipo: 4 cilindros em linha, transversal Cilindrada: 1.395 cm³ Injeção de combustível: Direta na câmara de combustão Potência: 150 cv a 5.000 rpm (E/G) Torque: 25,5 kgfm (E/G) 1.400-4.000 rpm (E) Tração: Dianteira Câmbio: Aisin automático, 6 marchas com conversor de torque Direção: Assistência elétrica progressiva | |
Suspensão | |
Dianteira: Independente McPherson Traseira: Eixo rígido | |
FREIOS | |
Dianteiros: Disco ventilado Traseiros: Disco sólido Rodas: Liga leve 17” Pneus: 205/55 R17 | |
Dimensões : | |
Comprimento: 4.199 mm Distância entre-eixos: 2.651 mm Largura: 1.760 mm Altura: 1.570 mm | |
Capacidades | |
Comprimento: 4.199 mm Distância entre-eixos: 2.651 mm Largura: 1.760 mm Altura: 1.570 mm |
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boa noite
O tcross 250tsi tem o mostrador digital da temperatura do oleo, por favor gostaria de saber qual a temperatura maxima que o oleo pode atingir ou evitar em subida de serra..??