Olá, amigo reparador, tudo bem? Vamos para mais uma edição da Revista Reparação Automotiva. Nosso tema: A evolução dos sistemas de carga e partida.
Pois bem, apresentamos o veículo Hudson super SIX de 1925, e estamos de volta com ele, para mostrar uma novidade, da década de 20 e 30 aplicadas nestes veículos, e ela voltou em 1998 ao mercado automotivo nos carros avançados, cujo setor de reparação automotiva brasileira não detinha conhecimento destas tecnologias aplicadas.
SISTEMA DE CARGA E PARTIDA UNIFICADOS
Lembro-me de um amigo de profissão que me contou a seguinte situação vivida por eles em 1968, quando chegou o Corcel e o Opala, os quais traziam uma novidade: o alternador. “Puxa vida, agora não vamos conseguir trabalhar, o gerador (dínamo utilizado antigamente) destes carros tem um circuito diferente, na concessionária me informaram que chama diodo, e não haverá mais reparo na oficina, vamos trocar tudo completo” falava ele. Passou-se o tempo, e fazendo cursos de aperfeiçoamento, os reparadores independentes dominaram as informações sobre o alternador.
Evolução do sistema
O Hudson Super Six, já em 1925 trazia o GERA-ARRANQUE. O sistema é unificado, gerador e motor de partida em uma só estrutura, era fabricado pela americana DELCO REMY.
Parece novidade, não é mesmo?
Em 1998, eles voltam com o alternador reversível nos modelos da Mercedes Benz. Em 2010, a PSA (Peugeot e Citroën), apresentou a tecnologia STOP-START, não está escrito errado, é outro sistema mesmo.
O STOP-START, trazia um alternador desenvolvido pelo Valeo, chamado de alternador reversível, onde em cada parada o veículo desliga o motor e parte pelo alternador, como no Hudson Super Six de 1925, um único componente. Em 2019 a Valeo apresenta a evolução deste alternador nomeando o mesmo com i-Stars.
Ainda em nosso mercado é raro ver veículos com frequência nas oficinas independentes, mas esteja preparado, pois a qualquer momento um entrará pelo portão da oficina, e cliente dirá:
“Meu veículo está com problema no motor de partida”, e você poderá encontrar um alternador reversível instalado.
A MANUTENÇÃO
A manutenção como qualquer outra, deve seguir padrões técnicos, possuir conhecimento técnico e ferramental adequado. Quando falamos de ferramental, lembramos que biblioteca técnica é considerada ferramenta de trabalho na oficina. Aqui na General Tech Automotive Diagnostic, utilizamos:
- Sistema de Informação das montadoras,
- Simplo-Plus,
- Catálogos das Fabricantes de autopeças.
Pelo diagrama, talvez você pergunte:
É através da rede de comunicação veicular LIN.
Através da rede LIN, a central de comando do motor, realiza leituras do alternador, bem como seu estado de carga, temperatura e comanda a partida através do mesmo. No próprio alternador em sua placa traseira, existe um módulo de comando.
Para fechar, vamos apresentar uma falha, vivida na oficina com um Peugeot 3008 1.6 THP.
Falha:
P0A3B – Alternador Pilotado – Temperatura muito elevada
Estes novos sistemas de carga e partida pilotados são monitorados de forma a prevenir quaisquer situações que venham trazer danos ao funcionamento do veículo.
Solução:
Observe esta imagem:
Existe uma capa defletora de calor em torno do catalisador. O veículo que apresentou a falha P0A3B, estava sem este defletor, transmitindo calor excessivo ao alternador.
Para o motorista, aparece na tela multimídia, a mensagem de alternador com defeito, acende um triângulo vermelho no painel de instrumentos e mensgem de STOP. O triangulo e a mensagem de STOP, aparecerão sempre que houver alguma falha a ser corrigida, por isto a necessidade de realizar diagnostico com scanner para saber qual a real origem da falha apresentada.
Outra mensagem será o eletroventilador que aciona na velociadade alta o tempo todo.
Bom meu amigo, você já deve ter notado pelo título, que teremos a segunda parte desta matéria, onde vamos mostrar a manutenção de um alternador pilotado, seu interior e identificação dos componentes. Até a próxima!
Muito bom gostei