Híbridos e Elétricos entram no selo de etiquetagem veicular

Criado em 2005, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) já inclui 990 modelos, de 35 fabricantes diferentes distribuídos em 15 categorias informando a eficiência energética de cada veículo, categorizando em escala que vai de “A” a “E”. A tabela indica o consumo energético em MJ/Km e nível de emissões de CO2 de cada modelo avaliado dentro dos critérios do Instituto. 

A novidade é que a partir desse ano passou a incluir modelos híbridos e elétricos. Nessa atualização, realizada em agosto, o Inmetro divulgou o consumo de 22 carros elétricos e 78 híbridos. Isso representa um grande passo para o setor, ao incluir modelos extremamente eficientes energeticamente. 

Este selo cria um fator de comparação tanto para o consumidor quanto para o reparador que passa a ter uma real visão do nível de eficiência que a tecnologia da eletrificação traz. Por exemplo, o elétrico BMW i3 abocanhou o título de modelo mais eficiente disponível no mercado nacional, com 0,47MJ/KM, o que equivale a 47Km/l em uma conversão direta, com emissão de 0g/Km de CO2. Isso garantiu a ele a classificação “A”, tanto na comparação relativa da categoria, quanto na comparação absoluta geral, a qual compara todas as categorias do estudo. Apenas como referência, o Chevrolet Onix, 1.0 turbo automático, emite 91g/Km de CO2 e tem eficiência energética de 1,47 MJ/KM, o que se traduz em um consumo na cidade de 13,5Km/l com gasolina, o que deu a ele o selo “A” na categoria e “B” no geral.

Ou seja, pelos números mostrados fica muito claro o quanto a tecnologia de eletrificação impacta no aproveitamento da energia dos veículos, seja ela energia térmica dos motores a combustão ou elétrica no caso dos modelos eletrificados. Dessa forma fica muito mais fácil a compreensão do funcionamento dos sistemas eletrificados nos veículos.