Nos motores da linha Renault, quando o defeito no sensor de rotação falha, o carro pára ou não pega. Mas, cuidado, pois o problema pode ser confundido com falha em outros componentes
Roberto Ghelardini Montiboellerprofissional com experiência de 22 anos no setor de reparação e dirigi a High Tech Service, que integra a Rede Bosch Service. Especializada em serviços de injeção eletrônica, eletrônica embarcada, suspensão, freios, troca de óleo e filtros, ar-condicionado, entre outros e nos ajudará a falar sobre o defeito no sensor de rotação dos motores Renault.
Roberto falou à reportagem da Revista Reparação Automotiva sobre um problema considerado ‘chato’ de ser solucionado em sua oficina, principalmente quando ocorreu a primeira vez, que é a parada repentina do Renault Clio.
O reparador diz que nos motores da linha Renault este defeito geralmente está relacionado com a falha do sensor de rotação, também conhecido como captor de regime ou sensor de PMS. Igual a outros defeitos intermitentes, o diagnóstico final precisa ser bem estudado, “quando o sensor está com problema, o primeiro sintoma é a falha na ignição, se o carro está em movimento ele morre ou falha na hora de arrancar, mas o que confunde é quando ele não deixa de atuar totalmente, pois passado um tempo o carro volta a funcionar normalmente”, relata ele.
Na hora de fazer o diagnóstico, o mau funcionamento da peça pode enganar, “como o defeito vai e volta, confundindo com a falha da bomba de combustível, então a maneira certa para fazer o diagnóstico é testar todos os componentes relacionados à injeção e alimentação elétrica, antes de falar para o cliente a solução final”, explica Roberto.
Roberto alerta que o defeito pode ocorrer apenas no conector do sensor, “eu recomendo a troca do sensor e do conector, pois as peças não são vendidas separadamente, e para que o serviço seja bem feito e não faça com que o cliente retorne com o mesmo problema, o ideal é trocar os dois”, complementa ele.
Este sensor e o respectivo conector só são encontrados na rede autorizada Renault. O propulsor 1.0 16V, fabricado pela Renault, foi usado no Peugeot 206 entre 2001 e 2006, já que o Grupo PSA (fabricante das marcas Peugeot/Citroën) não desenvolveu motores 1,0 litro no Brasil. A injeção eletrônica também é a mesma, com mapeamentos diferentes para cada veículo.
O motor 1.0 16 válvulas que equipa o Clio 2002 tem uma proteção de plástico onde aparece a marca da fabricante
Para trocar o sensor de rotação, é necessário retirar o suporte que acomoda o filtro de ar
Localizado no bloco do motor, este sensor requer alguns cuidados para ser substituído. Roberto fala que o ideal é aguardar uma média de duas horas antes de fazer a substituição, “assim o motor esfria, o que evita queimaduras”.
Reportagem publicada na Revista Reparação Automotiva em junho de 2008