Jane de Castro é a Gerente Comercial Lâmpadas Automotivas Excelite. Ela está na empresa há 6 meses, “com uma sensação de dois anos, pois até aqui trabalhei muito e isso é bem positivo pois o tempo voou!”. A executiva acumula vários anos de experiência no mercado e agora enfrenta um novo desafio profissional no segmento de iluminação automotiva. Nesta entrevista exclusiva para a Revista Reparação Automotiva, ela fala sobre a estratégia da empresa para o mercado brasileiro projeta os impactos que as novas tecnologias utilizadas como o LED e o Laser irão impactar este segmento de negócios e também sobre o relacionamento com os reparadores independentes.
Reparação Automotiva: Como estão divididos os negócios da empresa, qual a porcentagem da produção atende o mercado original e qual porcentagem o segmento de reposição?
Jeane de Castro: O Mercado original é atendido 100% fora do Brasil, aqui focamos no aftermarket nacional e algumas reposições de montadoras locadas, mas que acabam não influenciando na fatia de share nacional.
R.A: Qual a quantidade de itens oferecidos no mercado de reposição pela Excelite?
J.C: Atualmente temos 175 tipos de lâmpadas que são divididas entre linha leve, xênon, pesados e linha moto.
R.A: Quais lançamentos a empresa promoveu em 2022 e quantos estão programados para 2023?
J.C: Em 2022 fortalecemos nossa linha pesada além da linha de lâmpadas de alta performance, que são conhecidas pelo mercado como super branca, alta performance em desempenho em longo alcance. Para 2023 vamos fortalecer a linha com uma nova família que o mercado nos solicita incessantemente e tenho certeza de que só irá fortalecer nosso negócio.
R.A: As fabricantes de automóveis passaram a adotar sistemas de iluminação a LED, os quais oferecem vida útil maior que os halógenos. Sendo assim, qual a projeção que a empresa faz para este segmento nos próximos anos? As vendas de lâmpadas automotivas na reposição irão declinar?
J.C: Os carros atuais onde está concentrado a nossa maior frota que já saem com lâmpadas halógenas das montadoras, não são aconselhados a troca por LED, até por conta da geometria deles, agora temos carros que já saem da montadora com o farol de LED e sim, tem uma questão de durabilidade maior, porém ainda é um mercado pouco explorado até por questões de custo, então acredito que talvez em futuro sim, mas hoje não seria uma questão a se preocupar. Já o farol a Laser que é uma futura projeção para as montadoras no futuro de expansão, essa pela qualidade acredito que possa ser uma questão no futuro em relação as halógenas.
R.A: Os reparadores independentes estão preparados para atender os veículos que utilizam LED no sistema de iluminação?
J.C: Os reparadores têm buscado se preparar cada vez mais até pela tecnologia dos carros elétricos e demanda, acaba sendo uma necessidade e o LED entra nessa questão. Temos oficinas especializadas, mas pelo LED ainda ser uma questão complexa, não existe uma grande demanda de especialização, ao contrário, do laser no futuro.
R.A: Quais ações a Lâmpadas Automotivas Excelite promove com os reparadores independentes?
J.C: Nesses primeiros anos de trabalho no Brasil, a Excelite procurou se fortalecer dentro da distribuição e varejo, já no segundo semestre iniciamos um trabalho tímido, mis inicial juntamente aos autoelétricos que tem sido benéfico.
R.A: Há projeções de ampliar estas ações durante os próximos anos?
J.C: Sim, claro, temos essa lição de casa para fazer. Realizar o trabalho de trás para frente junto ao reparador e o eletricista, será nosso ponto forte.
R.A: Desde início de 2020, o setor industrial sofre com a falta de insumos e matéria prima. A Excelite também enfrenta dificuldades para atender a demanda?
J.C: Sim, imensamente. Nossa fabrica é sediada fora do brasil, na Coreia do Sul e consequentemente os produtos são importados, então não temos como fugir da escassez de matéria prima que boa parte do setor tem sentido, além das questões logísticas, dólar, entre outras. Tudo acaba atrasando os processos e prejudicando a demanda.
R.A: Estamos próximos do fim de mais um ano, a empresa atingiu as metas programadas para o período no mercado de reposição?
J.C: Foi um ano de grandes movimentações e reposicionamento de marca. Embora tenha sido um ano cheio de adversidades externas, econômicas e tudo mais, conseguimos fechar o ano bem satisfeitos e felizes com resultados e novos rumos que a marca tem tomado.
R.A: E o que esperar para 2023?
J.C: Muita estratégia, movimentação e muito trabalho com Deus no controle nos auxiliando nos caminhos a serem percorridos.
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