Graxa utilizada deve ser à base de sabão de lítio tipo EP 2.
Peças com papel essencial nos caminhões, ônibus, utilitários e veículos com tração traseira, as cruzetas merecem atenção na hora da manutenção. Localizadas nas extremidades do eixo cardan, são compostas por dois eixos que se cruzam a 90º, sendo as mais comuns as responsáveis pela transmissão da força do câmbio para o diferencial. “A falta de lubrificação e também o uso da graxa inadequada pode superaquecer a cruzeta e até fundi-la”, adverte Jair Silva, gerente de qualidade e serviços da Nakata. Segundo Silva, caso as cruzetas trabalhem em ângulos muito acentuados ou haja torque elevado aplicado ao cardan o cuidado deve ser intensificado.
A falta de lubrificação adequada da cruzeta tem como resultado folga e consequente barulho e vibração, completa.
Para garantir a durabilidade das cruzetas, ao efetuar a troca, a recomendação é não utilizar produtos à base de silicone, como graxas grafitadas e as desenvolvidas para uso nos chassis. Silva explica que a vida das cruzetas está diretamente relacionada à correta lubrificação. “A graxa adequada deve ser à base de sabão de lítio tipo EP 2, classificação que resiste a uma pressão extrema e tem um grau de consistência nº2, apropriada para uso em altas temperaturas e resistente à água”, ressalta o gerente, lembrando também que o novo lubrificante deve ser bombeado até que saia pelas borrachas de vedação da cruzeta para eliminar resíduos da graxa antiga.
Para saber o momento da manutenção, Silva aconselha seguir os intervalos recomendados pelo fabricante, atentando-se sempre às condições que o veículo trafega, pois em estradas de terra ou esburacadas o intervalo para efetuar a manutenção será menor.