fbpx

Mulheres nas oficinas reparadoras de automóveis

Conheça a história da ex-marqueteira Morgana Ritiele. A Síndrome do Panico fez com que ela redescobrisse sua paixão pela reparação automotiva!

Vrum…vrum..vrum… O barulho do motor sempre dominou a vida da menina Morgana Ritiele. Filha de pai caminhoneiro, as poucas folgas que ele tinha livre, eram divididas com a garota e o caminhão. Era Morgana quem o ajudava a engraxar as peças, trocar os pneus e deixar o caminhão “tinindo” para mais uma viagem.

Formada em Marketing, Ritiele seguia o ritmo dos jovens, trabalhava na área, saia com amigos, até bater de frente com a Síndrome do Pânico. Esse encontro a tirou da rota e a afastou da vida por um bom período.

Neste mesmo tempo, a movimentação feminina pelo mundo automobilístico foi crescendo, seja como profissional ou consumidora. Muitas mulheres mergulharam neste universo para ter seu próprio negócio e, outras tantas, para entender e ajudar o marido em sua empresa.

Foi nesta época que o pai de Morgana, vendo a filha tão isolada e assustada, resolveu trazer o passado de volta, mas desta vez de modo mais profissional.  Conhecendo bem a garota, lhe deu de presente o Curso de Reparadora Automotiva. Foi assim meio desconfiada que aos 23 anos Morgana chegou a Escola do Mecânico e um novo mundo se abriu.

O cheiro da graxa e o vrum, vrum estavam de volta. Com isso sua vida foi ganhando além de sons e cheiros; cor e prazer! Na Escola do Mecânico Morgana se reencontrou e descobriu um grande prazer e uma nova profissão. Ela se sentiu muito à vontade, com professores, colegas de curso e adorou o compartilhamento de conhecimento e ali, em um ambiente acolhedor, o Curso de Mecânica acabou sendo só o primeiro passo. Na sequência vieram outros: Elétrica, Injeção Eletrônica…A transição para o mercado de trabalho foi só mais um passo.

Enquanto se profissionalizava e aguardava um empego na área automotiva, Morgana foi trabalhando na área administrativa da própria Escola do Mecânico, na cidade de Santo André. Ficou até receber aquele chamado esperado há algum tempo e veio de uma oficina mecânica. Que alegria! Mas durou pouco. Sabe por quê? Preconceito!  O próprio dono da oficina que a contratou, nunca a deixou mexer nos carros. Ela buscava peças, cuidava de limpar a loja, atender clientes… assim ela resolveu repensar sua escolha.

Trabalhar é preciso, Morgana estava às voltas na busca de um emprego.  Na Escola do Mecânico foi uma aluna tão aplicada, fez tantos amigos, que sempre que havia algum evento, ela sempre era chamada para colaborar, aumentando seu conhecimento e relacionamento.

MIL MILHAS, A VIRADA DA CHAVE

A pista de Interlagos, em São Paulo, recebeu na véspera do aniversário da cidade (24 de janeiro/21) a prova das “Mil Milhas Chevrolet Absoluta”.  Entre os competidores o destaque ficou para a única equipe feminina: “3 Girls”, que tinha entre os patrocinadores a Escola do Mecânico. Composta pelas pilotas Luciane Klai, Fernanda Aniceto e Renata Camargo, pela engenheira Erika Prado, o conjunto correu na categoria Turismo 1.6#185 a bordo do Voyage, da MI Motors, tendo como reparardora convidada: a Ritiele.

Morgana foi indicada, pela Escola do Mecânico, por seu conhecimento, empenho e proatividade. “Participar de uma corrida como esta é uma realização, explica Morgana. Fui super bem recebida pela equipe. Me passaram dicas valiosas, foi um entrosamento perfeito. Eles confiaram no meu conhecimento e sabiam que podiam contar comigo e eu com eles e adorei a experiência”, conclui a mecânica.

Ao final da longa corrida a equipe conquistou o segundo lugar da categoria. Morgana mostrou a que veio e passou de mecânica convidada à mais nova mecânica contratada da om MI Motors.  Foi recompensada pelo trabalho, dedicação e cuidado com a equipe.

Sucesso para Morgana e que sua história sirva de inspirações para mais mulheres! Vrummmm….vrummm…vrummm!

Morgana e equipe “3 Girls”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *