A Revista Reparação Automotiva preparou um especial para contar a história de mulheres que se destacam dentro do setor
A Revista Reparação Automotiva, através das suas mídias sociais, vem contando a história de algumas reparadoras. Em um segmento com predominância masculina, elas continuam batalhando para quebrar o preconceito que ainda existe, ao mesmo tempo mostram que os seus diferenciais é de grande importância para a evolução do setor.
Conheça a história de algumas delas.
A gaúcha de Santa Maria Ritieli Gonçalves está na reparação há 15 anos. Ela entrou neste mundo pela paixão e por querer levantar a bandeira feminina dentro do segmento.
¨Desde criança nunca quis brincar de boneca com a minha irmã, então desde fui descobrindo a minha vocação e paixão pela mecânica. Desde meu primeiro emprego já foi no segmento, somente anos depois tive a chance de me formar em Técnica em Mecânica. Sofri muito preconceito, tive que engolir muitos sapos para chegar onde cheguei, ainda nos dias de hoje com todos os anos no ramo ainda tem pessoas que duvidam da minha capacidade. Todo dia é um dia de superação, mas não mudaria nada na minha trajetória e digo para todas mulheres que cortam atrás dos seus sonhos pois obstáculos vamos ter durante toda nossa vida¨.
Elisângela Ferraz é de Petrolina/PE e possui 17 anos de experiência dentro da reparação.
¨No começo eu tive muita rejeição dos clientes, mas consegui superar isso com conhecimento, aprendendo cada vez mais dias pós dia¨
Patrícia Araújo é mineira e cresceu vivendo constantemente o dia-a-dia de uma auto peça. Em uma sucessão familiar, se tornou responsável por gerir o ambiente, sempre buscando crescer e trazer o melhor ambiente para o consumidor, conseguindo vencer a desconfiança por ser uma mulher dentro de uma oficina.
¨Tive muitas dificuldades, mas conseguir respeito em um ambiente machista e fazer com que as pessoas confiassem em mim e no meu potencial foi o maior. Consegui superar as dificuldades com trabalho sério e honestidade. A reparação vale muito a pena, primeiro não tenha medo, faça com amor seu trabalho e planeje seus planos¨.
Com 14 anos na reparação, Luana Duque entrou nesse mundo aos 15 anos sem conhecer muito. Com o passar dos dias chegou a conclusão que o carro é uma família, se apaixonando por cada descoberta que fazia.
¨No começo foi difícil, mas consegui superar. Toda profissão que você entrar você tem que ter amor ou simpatia pelo ramo. Hoje eu posso dizer que sou uma mulher realizada no meu trabalho¨.
Agda Óliver entrou na reparação por causa de um golpe comum dentro do segmento. Ela fez uma revisão em seu carro e teve que pagar por serviços desnecessários, o que fez com que ela abrisse a própria oficina, com apenas mulheres trabalhando. Além de prestar o serviço para as clientes, passa ensinamentos sobre procedimentos padrões para que elas também não caiam em golpes.
¨Tudo começou por querer trazer um novo conceito para o segmento, encontrar mulheres capacitadas para trabalhar como mecânica e treina-las, eu mesma!¨.
Desde pequena, Morgana Ritiele ajudava o seu pai com o caminhão que ele trabalhava, o que fez a paixão pelos carros fosse crescendo aos poucos. Ela atuou como preparadora junior pela equipe M.I Motors Perfomance, onde participou da mil milhas em janeiro.
¨O preconceito existe, sem dúvida. Por ser uma mulher nova em uma área tão masculina, alguns homens não aceitam, não gostam ou até mesmo acham ruim, mas eu nunca desisti. Se prepare pra passar perrengue, dificuldade, estresse, mas vai valer a pena, vale muito a pena, e se você não passar pela tempestade não vai ver o arco-íris. Não desanime!¨
Com 10 anos de carreira, Quéren Fritz Ayres já passou por todos os setores administrativos da Weber Mecânica, onde sofreu preconceito dentro do ambiente de trabalho, comentários inoportunos, brincadeiras de duplo sentido, alguns momentos infelizes como não escutar o que dizia por acharem que não entendia do assunto, onde conseguiu contornar a situação com a sua postura profissional.
¨Acho que nós mulheres precisamos perder a vergonha de aparecer, de mostrar nossa cara de errar, acertar, mostrar o dia a dia da oficina. Mostrar o quanto podemos ajudar outras mulheres e receber o respeito e admiração de homens também do ramo. Pesquisas mostram que nós mulheres já representamos mais de 46% do atendimento em oficinas mecânicas, precisamos mostrar nosso potencial e que somos capazes. Ainda não é muito explorado este meio por nós mulheres, e digo uma coisa meninas temos um mar de possibilidades nos esperando¨.
Joelma Rodrigues entrou para a reparação há três anos, ela queria ter um um local com foco no atendimento feminino e dar as mulheres o tratamento que sempre procurou e nunca encontrou.
¨Siga seu sonho e não dê ouvidos as pessoas que digam que você não é capaz. Lugar de mulher é onde ela quer , inclusive em uma oficina mecânica.¨
Fabiana Guadani Dias trabalha na reparação desde 1990, onde atuava com o pai. Quando era mais jovem, Fabian Guadani Dias, acompanhava o pai todos os dias depois da escola até a sua oficina, o que despertou a paixão pela profissão. Ela trabalhou com o pai desde 1990 e em 2013 se tornou a proprietária da Auto mecânica Alemão o bom.
¨Sim o preconceito masculino existe sim, a maior dificuldade sem dúvida está em provar com atitudes que vc é capaz! Só se supera uma dificuldade com a capacidade ! Persistindo e provando que pode sim uma mulher entender de carro¨.
Solange Sette está há 11 na reparação, antes de entrar nesse segmento, ela já tinha uma auto peça, mas a procura por oficina especializada e dar um atendimento especial aos clientes fez com que ela resolvesse entrar na reparção.
¨Primeiro ame o que vc vai fazer , preciso gastar deste mundo masculino, mas da certo, faça o que lhe vier a mão com excelência. Com amor que vai dar certo¨.
Vera Martins está há 33 anos na reparação. Ela começou ajudando o marido e atualmente por infelicidades da vida, é a responsável por tocar sozinha a oficina.
¨Tive muitas dificuldades a principal foi a aceitação do Público masculino e da sensação de não fazer parte do segmento. Consegui superar por causa do amor pelo que se faço, força e coragem. Podemos tudo!¨.
Silvana Figueiredo está há 33 anos no nosso setor, o maior motivo que ela teve para entrar foi o forte desejo de empreender, para ela o desenvolvimento humano é a saída para o desnível no setor da reparação automotiva, mostrando que não há sustentabilidade sem um esforço coletivo.
¨Busque conhecimento, capacitação contínua e desenvolva uma autoridade. Coloque em prática o aprendizado e disposição para rever conceitos e continuar evoluindo¨
Maryane Carmen Lora Bernardi está há 6 anos na liderança da Auto Mecânica Lora. Ela entrou para o segmento para assumir o negócio da família, ao entrar começou a nutrir um amor pela profissão que não sabia que tinha e que continua a aumentar.
¨Entrar nesse universo tão masculino causa um certo receio e medo, mas te digo vale muito a pena. Não é fácil, mas o que é fácil para nós mulheres? Mostre a que veio, lute por seu espaço e sempre olhe em frente, pois tenho certeza que você jamais vai se arrepender da sua decisão!¨
Caroline Varejão está há 20 anos na reparação. Por inspiração pela trajetória de seu pai, estudou marketing e atua do lado do pai, sendo hoje Diretora de Marketing e Relacionamento da Oficina Renova.
¨Independente de qualquer dificuldade, siga e persista nos seus sonhos. O ar da mulher no ambiente da oficina faz toda diferença, cuidado, delicadeza e até mesmo o jeito da mulher aproxima mais mulheres e empoderam o mercado automotivo¨.
Edna Braz está há 6 anos no nosso segmento, por influência de seu pai, cresceu dentro de uma oficina, o que alimentou o sonho de ter uma própria. Querendo atrair pessoas que querem compartilhar e adquirir conhecimento sobre o mundo automotivo, conseguiu realizar o seu sonho aos 21 anos.
¨Eu tentava sempre entender o lado das outras pessoas, chegar em uma oficina mecânica e ser atendido e auxiliado por uma mulher ainda mais sendo tão nova, iria gerar certas desconfianças mesmo. Estudando muito, sobre a oficina, sobre mecânica e principalmente sobre pessoas. Sempre de olho em tudo o que acontece por aqui e sempre procurando aprender em cada explicação que eu ouvia fui mostrando meu conhecimento e conquistando meu espaço aqui¨.
A mineira Aline Alves possuí 9 anos na reparação. Ela casou com um mecânico e acabou se apaixonando mais pela profissão do que ele.
¨A mecânica ou a reparação de automóveis não é só uma profissão. É um mundo Mágico. Reparar/consertar e ver que o carro foi entregue nas mãos do proprietário com a perfeição que foi produzido e quando você olhar no rosto do dele, você vai sentir que a emoção de ver aquela máquina trabalhando dentro dos olhos do seu cliente. A magia é consegui entregar a expectativa que meu cliente esperava. E com um brilho nos olhos e cheio de satisfação seu cliente vai dizer: muito obrigado! Superou!¨
Karen Luciane da Silva atua na reparação automotiva há 24 anos, tudo por causa da influência da família que possuí uma longa história com o segmento. Mesmo assim ela também sofreu preconceito por ser mulher e conseguiu dar a volta por cima.
¨Busque conhecimento e no dia-a-dia da oficina. Seja disciplinada, ambiciosa, curiosa. Seja você!¨
Desde os 15 anos o pai da Rieli Freire é mecânico. Essa vivência fez com a paixão pela reparação crescesse e depois de 2 meses o ajudando na parte administrativa da Empresa, decidiu ir pro pátio e aprender a profissão.
¨No começo, o machismo foi bem complicado de lidar , principalmente por eu ser bem nova. Eu aprendi a responder essas situações com minhas ações, mostrar que eu tenho o conhecimento e eu sou capacitada para estar ali. Muitas meninas estão se inspirando em você , então seja forte e determinada. Ser der medo, vai com medo mesmo.¨