Para a FENABRAVE, a escassez de veículos novos tem levado o consumidor a realizar as trocas de veículos no mercado de usados.
Com a escassez de veículos novos, provocada pela dificuldade na obtenção de peças e componentes pela indústria, o mercado de usados tem crescido em ritmo forte e registrou, em 2021, o melhor mês de julho e o melhor resultado nas transações de usados nos sete primeiros meses do ano, desde o início da série histórica da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, em 2003.
Isso porque, em julho, as transações tiveram alta de 6,55% sobre junho, totalizando 1.425.219 unidades. O acumulado no ano, por sua vez, atingiu, aproximadamente, 8,8 milhões de unidades – crescimento de 55,78% sobre o mesmo período de 2020. Em relação a julho de 2020, a alta foi de 25,04%.
“Com a baixa disponibilidade de novos, o consumidor tem realizado as trocas de veículos no mercado de usados, que também sofre redução de oferta”, afirma Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.
Apenas para ilustrar, enquanto os emplacamentos de Automóveis e Comerciais Leves cresceram pouco mais de 20%, no acumulado de janeiro a julho, em relação aos sete primeiros meses de 2020, as transações de usados, destes segmentos, tiveram alta de 55,77% no mesmo período, sendo que os Automóveis e Comerciais Leves com 1 a 3 anos de fabricação representaram 12,3% das transações em julho e 11,02% no acumulado do ano.
Recorde em caminhões
Destaque, também, para o segmento de caminhões, que acumula alta de 58% no acumulado de janeiro a julho sobre o mesmo período de 2020. “Muitos modelos de caminhões novos estão com entregas previstas apenas para janeiro de 2022. Então, o mercado de usados está bastante aquecido neste segmento. Este é o melhor resultado da série histórica, desde 2003, na venda de caminhões usados”, analisa o Presidente da FENABRAVE.