As fabricantes de automóveis aceleram um processo onde o carro é pensado desde o projeto para ser o máximo possível reciclado. Isso inclui não apenas o uso de revestimentos internos derivados de materiais reciclados como tapetes, carpete, coberturas das portas e teto, mas sim de facilitar a reciclagem do próprio veículo ao final de sua vida útil. A exemplo disso, o tradicional emblema no capô será um item em extinção, sendo substituído por uma impressão na chapa.
O motivo é eliminar mais um componente, de material diferente da folha metálica. O próprio revestimento dos bancos em couro natural será eliminado, em prol de uma política mais sustentável e pró vida dos animais. Novos tecidos a base de plástico reciclado de garrafas pet serão utilizados em seu lugar sem comprometer o requinte interior.
Mas não apenas isso, as montadoras preocupadas ainda com o destino das baterias de alta tensão de seus veículos, que já possuem vida útil estimada de 10 anos, estão sendo implementadas em novas aplicações que dão a elas sobrevida de ao menos mais 15 anos. Por serem muito potentes e serem capazes de suportar milhares de ciclos de carga e recarga, essas baterias estão sendo utilizadas em motogeradores, e sistemas de iluminação. Seguindo essa premissa, a BMW anunciou uma parceria com a Banda Britânica Cold Play que vai permitir que a turnê 2022 seja iluminada por baterias usadas derivadas do modelo i3. Outro exemplo é o caso da Nissan que está utilizando baterias descartadas do seu modelo elétrico Leaf para iluminação de ferrovias no Japão.
Tais soluções em breve serão implementadas também aqui no Brasil, reduzindo o possível impacto que as baterias poderiam causar em caso de descarte ampliando assim sua sobrevida.