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Direção Eletricamente Assistida

Direção Eletricamente Assistida

Conheça os componentes que integram e como funciona a direção eletricamente assistida, o auxilio que ocupa menor espaço e proporciona economia de combustível 

A engenharia automotiva desenvolve constantemente sistemas que ampliam a segurança e o conforto para o motorista ao utilizar um veículo. Um destes sistemas é o de auxilio para que o motorista exerça menor força no volante ao realizar uma manobra. Conhecido como sistema de direção hidráulica, ele passou a integrar um modelo de linha, o Chrysler Imperial 1951. O tempo passou as várias fabricantes de veículos e seus fornecedores estudaram, testaram e evoluíram este sistema de auxilio até o atual, denominado pela ZF, como Direção Eletricamente Assistida. Um componente que ocupa pouco espaço, é leve, proporciona economia de combustível, já que não utiliza força do motor a combustão para ser acionado.  

A parte cilíndrica acomoda o motor elétrico e abaixo o redutor

Laércio Pereira, analista de pós-vendas da ZF Aftermarket, mostra quais os componentes deste avançado sistema. “O sistema de Direção Eletricamente Assistida, é composto por motor elétrico, redutor, ECU, sensor de ângulo de rotação, alavanca para a regulagem de altura e profundidade do volante e o dispositivo de fixação em baixo do painel do veículo”. 

 Os componentes foram projetados para oferecer o máximo de segurança ao usuário do veículo. “Quando ocorre uma colisão, o dispositivo de fixação desbloqueia e retrai todo o conjunto. Isso ocorre para que o volante não pressione o peito do motorista, ou seja, também é um dispositivo de segurança que auxilia a absorver impactos”, comenta o técnico.

Dispositivo de fixação retrai durante uma colisão ZF Aftermarket

Ele também exige menos espaço para acomodação. “O conjunto está fixado dentro do veículo, ele é conectado por um eixo cardan e uma cruzeta na caixa de direção mecânica, a qual está na parte inferior do veículo” explica Laércio.   

Outra vantagem é a de que o sistema eletricamente assistido fornece toda a energia para a caixa mecânica. “Quando o motorista exerce torque no volante, ou seja, gira o volante para o lado direito ou esquerdo, o sensor de ângulo de rotação envia a informação para a ECU que faz o motor elétrico trabalhar mais ou menos. Quando o motor elétrico trabalha mais, o motorista exerce força menor para girar o volante. Por isso ao realizar uma manobra de estacionamento, por exemplo, o volante é leve, já que a força total é aplicada pelo motor elétrico. Quando aumenta a velocidade do veículo, a força exercida pelo motor elétrico diminui, assim o motorista passa a ter mais firmeza no volante, o que proporciona maior segurança. Ele funciona assim, quanto mais velocidade, mais firmeza no volante”, fala ele.

Caixa de direção do sistema EPS, pinhão com relação especifica e cremalheira com usinagem dos dentes diferente da utilizada na caixa hidráulica

A caixa de direção com assistência elétrica é semelhante a caixa que tem o sistema de auxilio hidráulico. “Na caixa hidráulica o fluido circula por dentro dela, já na caixa para o sistema de Direção Eletricamente Assistida  não há fluido, o pinhão tem uma relação diferente da utilizada na caixa convencional. Devido ao torque que ela recebe, a usinagem dos dentes da cremalheira são diferentes da utilizada nas caixas hidráulicas. Isso significa que o reparador deve ter atenção ao substituir uma caixa de direção utilizada em modelos com assistência elétrica, a peça deve ser especifica para a Direção Eletricamente Assistida.”, avisa Laercio.

Manutenção da Direção Eletricamente Assistida

Este sistema não permite manutenção, o técnico da ZF explica. “Caso apresente alguma falha no motor elétrico, ou qualquer outro componente do sistema de direção com assistência elétrica, não há como reparar. A ECU não pode ser reprogramada, pois o sistema é criptografado. A ZF realiza a calibração de acordo com a recomendação exigida pela fabricante do veículo. O motor elétrico também não oferece possibilidade de reparo, o mesmo ocorre com a caixa de redução, ela não pode ser aberta, ao substituir algum item altera o torque que ela está ajustada e muda o comportamento”.

Mas não é só a parte interna que não oferece troca de componentes. “A fixação interna também não pode ser alterada, pois muda a velocidade do deslizamento do tubo, e assim deixa de ser seguro. É importante ressaltar que no caso de uma colisão, depois de ter o sistema de segurança acionado, mesmo que o motor elétrico e os outros componentes estejam funcionando, ele não pode ser reaproveitado, pois o suporte que corre para retrair o volante foi comprometido. Sendo assim é uma peça única, preparada para atender a vida útil do veículo e não exige manutenção preventiva ou corretiva”, orienta o profissional da ZF.

Já na caixa de direção é necessário verificar regularmente as coifas, pois elas protegem a entrada de impurezas, as quais podem danificar a parte interna. “Ao ocorrer danos internos na caixa também não há reparo ou troca de componentes, ela precisa ser substituída”.

As coifas devem ser verificadas regularmente

O diagnóstico do sistema EPS deve ser realizado com scanner atualizado, o qual tem todas as informações do veículo a ser analisado, inclusive ao realizar o alinhamento. “Só com o scanner é possível definir o posicionamento zero ao alinhar”, finaliza Laércio Pereira.

Mais informações: ZF AFTERMARKET 0800 011 1100 |
www. amigobomdepeca.com.br

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