Por: Cristiano Moreti*
No mercado hoje temos diversos produtos e diversas tecnologias. Esses lubrificantes foram desenvolvidos para atender novos motores, novos combustíveis prolongando a vida útil destes motores.
Os custos de lubrificação em uma frota são baixos em relação ao custo de uma perda prematura do motor. Quando comparamos os custos de reposição deve se colocar na mesa o pacote de aditivos que são usados em cada produto. Semelhante ao líquido de arrefecimento, o óleo de motor também tem bases diferentes: MINERAL e SINTÉTICO, por isso os comportamentos são diferentes e não é recomendado MISTURAR as duas bases.
Agora vamos entender as classificações e no final as dicas para reduzir seu custo.
Nós temos a SAE que dita a regra da viscosidade e a API que fala sobre a aplicação do óleo em cada tipo de motor.
SAE – É representada por números e a letra W que significa inverno, garante que mesmo no inverno na partida a frio o motor tenha menos impacto e atrito garantido que ele circule entre os componentes dos motores.
Hoje no Brasil utilizamos em nossos motores a tecnologia multiviscosa protegendo nossos motores no frio ou no quente mantendo a viscosidade.
API – fala sobre as aplicações com seus pacotes de aditivos como antioxidantes, detergentes, anticorrosivos, antiespumantes, melhoradores de viscosidade, anti desgastantes. Os motores Diesel utilizam a letra C no início, diferente dos motores a gasolina ou etanol que utilizam o S no início, não vamos colocar todos, mas um panorama sobre suas classificações.
Classificações: A letra C significa veículos comerciais, CA motores de 1959 descontinuado, CF motores de 1994 descontinuado, CG4 motores 1995 descontinuado, CH4 motores 1998 em uso, CI4 motores de 2002 em uso, CJ4 motores 2010 já enquadrados nas normas do meio ambiente preparado para baixos níveis de enxofre no combustível. Ainda temos o CK4 lubrificantes adotados a partir de 2017.
Semelhante ao líquido de arrefecimento (Aditivo de Radiador), sobre o qual falamos na coluna anterior, o óleo de motor também possui cartas de recomendações dos fabricantes e são regidas por normas como a 228.1, 228.3 e 228.5 Mercedes e a norma CEA (Associação Européia de fabricação automotivos), assim recomendamos sempre olhar a carta de lubrificação do fabricante, normalmente estão disponíveis no site da montadora.
O que eu recomendo!
A melhor forma de você economizar com inteligência e tendo um produto de alta tecnologia que atenda seu motor, lubrificação é menos de 1% dos custos do seu veículo o que torna ser inteligente é ter maior disponibilidade do veículo ao em vez de ficar parando para trocar óleo.
O que é preciso evitar: Maior número de remontas por evaporação e consumo, promover borras devido a temperatura e contaminação pelos gases da combustão, espaços curtos para manutenção dos veículos, misturar óleo com classificações e bases diferentes.
Para isso devemos utilizar óleo sintético, quebrar o paradigma do mineral, hoje óleo mineral já está com uma classificação maior e mais refinado, chamamos de base 2 ele é quase um semissintético, mas os sintéticos ainda são mais favoráveis devido o valor de um para o outro não ser mais tão representativo.
Recomendo o sintético podendo ser o 10w40 ou 5w30, pois sofrem bem menos com a temperatura, tem taxa muito pequena de evaporação promovendo pouca remonta. Sua alta tecnologia com pacotes de aditivos promovem menos desgastes nos motores sem formar borra e se casando muito bem com diesel S500 e S10.
Utilizando um laboratório para veículos fora de garantia é possível esticar a preventiva sem dano algum ao motor aumentando consideravelmente a disponibilidade da frota.
Fiz um teste em uma ocasião em que se troca óleo com 40.000 km chegamos ao resultado final de troca com 70.000 km melhora de 75% na performance, fora a redução na compra do óleo por causa da queda na rotina da remonta, acompanhando os veículos com amostras mensais para analisar possíveis desgastes e perda das propriedades do óleo.
Qualquer dúvida sobre a dica entre em contato comigo terei maior prazer em indicar os lubrificantes e o laboratórios para fazer os estudos preventivos e preditivo, até a próxima!
Cristiano Moreti, profissional com 25 anos de experiência em toda a cadeia de suprimento, gestão de manutenção, gestão de pneus, gestão de abastecimento do setor automotivo
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