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Escassez de profissionais nas oficinas mecânicas

Escassez de profissionais nas oficinas mecânicas

Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Para quem está chegando agora, saiba que eu escrevo sobre o meu dia a dia. Tudo o que acontece comigo, com os clientes nos diversos momentos da reparação automotiva. Isto o que me inspira a escrever e compartilhar com vocês. Eu estava na AUTOPAR quando decidi que escreveria sobre este assunto nesta edição. Neste artigo vamos falar sobre ” Escassez de profissionais nas oficinas mecânicas”, continue aqui comigo!

Todos os dias falamos sobre a dificuldade em relação a escassez de mão de obra profissional no mercado. Isso tem limitado o crescimento das oficinas. Mesmo com problemas econômicos, o que não é novidade, o segmento da reparação segue numa crescente. Todos os dias falamos sobre isso. Acredito que por muitos fatores chegamos a este momento. Mas, hoje quero abordar um deles.

Nos inúmeros debates que acontecem em grupos de WhatsApp, mentorias, lives, treinamentos de gestão, há sempre a fala de que a nova geração não quer colocar a “mão na graxa”. Preferem trabalhos administrativos, com computador, no ar-condicionado, entre tantas outras opiniões. Observado, eu passei a acreditar que isto não é verdade. Eu penso que é a falta de oportunidade de ingressar na carreira de reparador automotivo. Descordas? Calma! Eu já explico…

Meu irmão, Marcos Quinjalmo, tem a formação em mecânica automotiva é instrutor em um curso profissionalizante de mecânica automotiva básica. E estas turmas são compostas por jovens e adultos que já estão na atividade ou que desejam atuar nesta profissão. E neles, eu observei o olho brilhando a cada aula prática. É lindo de ver! Escutei alguns relatos do meu irmão e cheguei a uma conclusão. Querem ter o prazer de estar o dia todo com a “mão na graxa”, mas, não tiveram a oportunidade de iniciar a carreira profissional na área. Divido aqui com você um exemplo. Um deles, um jovem adulto, ama a atividade. Está virando reparador na sua garagem, dos amigos, de final de semana. Desde adolescente, precisou trabalhar. Iniciou como jovem aprendiz, fez estágio profissional remunerado, conseguiu o primeiro emprego em CLT aos 16 anos na indústria calçadista e com 18 já estava fazendo sua carreira nesta empresa. Atualmente, com 22 anos, possui estabilidade em relação a sua renda e ao sustento da sua família, mas, não está realizado profissionalmente. Seu sonho é ser mecânico automotivo. Mas, porque não o realizou? Você já tirou suas conclusões, certo?

Marcos Quinjalmo, tem a formação em mecânica automotiva é instrutor em um curso profissionalizante de mecânica automotiva básica.

Isto mesmo! Porque a indústria calçadista absorve mão de obra menor de 18 anos e na área mecânica isto não é permitido. A única opção que vejo hoje para este jovem atuar na atividade é se tornar um mecânico empreendedor, abrindo sua própria oficina em carreira solo. Sabe por quê? Porque ele não terá condição financeira de iniciar na reparação com um salário de iniciante, de auxiliar, sendo remunerado pelo piso salarial. Que mesmo sendo pouco, é um esforço financeiro muito grande para uma oficina apostar neste profissional. Este é um fator muito FORTE e que está contribuindo para a escassez de profissionais, na minha opinião. E lá na feira, soube da movimentação de entidades de classe, para atuar sobre isto. Se acontecer, não resolverá nosso problema de hoje, mas melhorará nosso futuro. E isto me dá muita esperança. Vamos juntos abraçar esta causa e estes jovens? Quem não planta, não colhe! Este é o meu convite, para a sua oficina se tornar, ainda mais lucrativa!

por Karine Quinjalmo, Mãe do Enzo, consultora especialista na gestão de oficinas, Mentora de soluções em sistemas para a reparação automotiva e Influencer para o segmento de reposição automotiva. @karinequinjalmooficial

Leia o artigo da colunista Karine Quinjalmo do mês passado: ” Não há nada tão bom que não possa ser melhorado “

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