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Amortecedores, trate bem deles

Dirigir com segurança implica em algo mais do que zelar pela boa condução do veículo, respeitando normas e sinalizações. Envolve também a nobre atitude de zelar pelas boas condições do veículo, como os amortecedores, observando regras básicas de manutenção que determinarão o quanto se estará apto a evitar situações de perigo com tranqüilidade. Partes vitais serão solicitadas nas emergências e só nestes momentos é que saberemos se estão com suas características preservadas oferecendo o nível de segurança desejado para o momento. Peças, todas elas, sofrem desgaste e caminham para o fim de sua vida útil sempre a partir do momento em que são postas a funcionar.

Assim, devemos nos lembrar de que as peças de maior desgaste, chamadas partes de consumo, são as que mais pedem para ser observadas constantemente. Entre elas, os amortecedores, que, no Brasil, trabalham mais que nos demais países. Basta observarmos os pavimentos por onde circulamos no cotidiano do trânsito caótico das grandes capitais.

Insuficiente para saber se a peça está ou não em condições adequadas de utilização, a quilometragem, no entanto, é o primeiro alerta. Ou seja, depois de percorrer determinada distância acumulada, é correto procurar saber se os amortecedores estão prontos para protegê-lo de uma desviada emergencial sem levá-lo ao famigerado pêndulo e ao risco de capotagem. Além disso, ao passar por uma “costela de vaca”, nome popular para os calombos sequenciais acumulados no asfalto ou em estradas de terra batida, os amortecedores em mau estado deixarão o veículo completamente desgovernado, facilitando a colisão com o primeiro obstáculo que surgir.

Por conta desse risco, que pode ser categorizado como de graves conseqüências, vale a pena empenhar-se um pouco mais na verificação de seu estado. Para os mais iniciados em mecânica automotiva bastará uma ou duas balançadas em seus extremos para verificar se está muito rígido, se as oscilações cessam rapidamente ou se ocorrem de forma mais prolongada, sinal inequívoco de que algo de errado acontece no sistema de amortecimento.

Dirigindo em locais sem movimento, como seria o caso de um grande e vazio estacionamento, a mudança repentina do curso também colocará em evidência a falta de ação dos amortecedores, apontando para o momento de sua substituição. Além destas opções, só mesmo buscando por uma oficina de confiança para a realização de testes dinâmicos. Mas, em dúvida, troque antes de seguir a viagem de férias. Você será recompensado com o aumento da possibilidade de se safar ileso de uma fechada de caminhão em plena BR116.

Tecnicamente, no entanto, a manutenção preventiva da suspensão de seu carro deve ser realizada em oficina de confiança e periodicamente, pelo menos a cada 20 mil quilômetros rodados. Por vezes a manutenção preventiva acusa a necessidade de substituição de borrachas e embuchamentos que auxiliarão na preservação da vida útil das demais partes.

Outra das advertências que devem ser levadas rigorosamente a sério é a não utilização, em hipótese alguma, de amortecedores “remanufaturados”. A fabricação dos amortecedores de seu veículo é feita de forma blindada, com a sua vedação selada de forma permanente, impossível de ser removida.

Portanto, ao reconstruir um amortecedor será impossível preservar-lhe as características originais e a durabilidade inicialmente proposta. Além disso, a peça estará sujeita ao maior dos riscos, a sua ruptura durante uma solicitação extrema, multiplicando em muito o risco de acidente grave.

Os amortecedores modernos são ricos em soluções que atenuam seu desgaste, aumentam sua eficiência e eficácia, além da facilidade nas trocas periódicas e verificações preventivas. As recentes novidades apresentadas, como o Power Shock, que tem a mola auxiliar de tração montada em volta da própria haste do êmbolo, com a função de melhor controle da inclinação do veículo, são exemplos da evolução que amplia os recursos de controle de um veículo.

O conjunto formado por pneus, molas, freios e amortecedores, é o principal responsável pelas condições de rodagem dos veículos e por grande parte da segurança nos controles com os quais será possível contar nas situações de perigo em trânsito.

Esses componentes sofreram grandes melhorias, evoluíram muito com o advento dos recursos eletrônicos como o ABS, freios ventilados e com pistões múltiplos, os controles eletrônicos das forças de amortecimento, como o Selectronic, e dos pneus de última geração. E o avanço continua. Mas de nada valerão se a manutenção, preventiva e corretiva, não for realizada em tempo. Sem manutenção, nenhuma tecnologia é capaz de garantir que o pior não aconteça.

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