Muitos não acreditam, mas a história do cinto de segurança não está atrelada com os primeiros carros que surgiram no mundo. O item de segurança, que agora é obrigatório em todo o carro, passou por algumas transformações até chegar ao modelo que conhecemos nos dias de hoje e a Revista Reparação Automotiva vai contar essa história.
O começo da história do cinto de segurança
A história do cinto de segurança não começa por causa dos carros, mas sim das carruagens. Eles foram criados em 1885 para evitar que os ocupantes das carruagens com cavalos caíssem com a trepidação da estrada. Essa ideia foi adaptada em 1911 aos aviões. Benjamin Foulois usou cintos de segurança numa aeronave criada pelos Irmãos Wright para evitar que os passageiros caíssem por causa das rajadas de vento.
Durante as décadas de 1940 e 1950 a venda de automóveis teve um crescimento, o que fez também com que aumentasse o número de acidentes, o que levou aos médicos da época a pedirem um sistema de segurança para os veículos.
O pioneiro na aplicação de cintos de segurança aos seus veículos foi Preston Tucker. Apesar deste construtor não ter durado muito tempo, a Nash e a Ford copiaram a ideia para os seus carros, introduzindo-os como opcionais durante a década de 50.
Cinto de três pontas
A história do cinto de segurança que conhecemos atualmente nasceu em 1959, idealizado pelo engenheiro sueco Nils Bohlin. Ele trabalhava na Volvo quando patenteou o sistema de segurança que poderia ser fixo apenas com uma mão. Este sistema simples e eficiente prendia a parte superior do corpo e impedia que os passageiros saíssem por baixo, graças ao cinto que ajustável no peito.
A Volvo ofereceu gratuitamente ao mercado a patente do cinto de segurança de três pontos. De esta forma, toda a indústria pode usar esta inovação e quem ficou a ganhar foram os condutores.
A grande invenção lhe garantiu homenagens importantes. Em 1985, o Departamento de Patentes da Alemanha classificou o cinto de segurança de três pontos entre as oito invenções mais importantes em um século de existência. Bohlin recebeu também, em 1995, a Medalha de Ouro da Academia de Engenharia Científica da Suécia. Foi homenageado também pelo Automotive Hall of Fame, em 1999, e pelo National Inventors Hall of Fame, em 2002, exatamente no dia de sua morte, aos 82 anos, vítima de ataque cardíaco.