Rubens Campos é o Vice-Presidente Sênior Aftermarket Automotivo- Schaeffler América do Sul. O executivo está há 22 anos na empresa.
Fabricante de produtos com as marcas LuK, INA e FAG o Grupo Schaeffler atua como fornecedor de equipamento original e também no mercado de reposição. A indústria investe em desenvolvimento, tecnologias e nos treinamentos para os reparadores independentes automotivos. Nesta entrevista exclusiva para a Revista Reparação Automotiva, Rubens Campos, fala sobre as oportunidades do mercado, as consequências da evolução tecnológica e o suporte oferecido pela empresa aos profissionais da reparação independente de automóveis.
Por: Edison Ragassi/ Foto: Divulgação
Reparação Automotiva: A queda nas vendas de veículos novos aqueceu o mercado de reposição. Por outro lado, a indústria sofre com a falta de matéria prima e insumos. A empresa consegue suprir a atual demanda do aftermarket?
Rubens Campos: Esse é um dos grandes desafios do nosso mercado atualmente. Diante disso nossa equipe tem trabalhado constantemente na melhoria dos processos internos e melhoria contínua no planejamento do portfólio com o intuito de obter comunicação clara com os clientes para atender as demandas do mercado.
RA: O Grupo Schaeffler mantém contato direto com os reparadores independentes? Quais ações são utilizadas para se comunicar com este profissional?
RC: Sim. Nos últimos anos, a Schaeffler e nossas marcas LuK, INA e FAG, tem investido cada vez mais na entrega de conhecimento aos reparadores. Acreditamos que promover a capacitação técnica é uma forma de incrementar ainda mais o contato com toda a nossa cadeia da reparação automotiva.
Atualmente, os conteúdos são disponibilizados por meio da plataforma RepXpert. Além disso, é possível ver vídeos rápidos no YouTube, participar de treinamentos presenciais e on-line, que também podem ser ministrados no nosso Centro de Treinamento Técnico na fábrica de Sorocaba, ou ainda o contato através de eventos como feiras.
RA: No atual momento qual o suporte que a Schaeffler oferece aos reparadores independentes para aproveitar as oportunidades, como por exemplo, a queda nas vendas de carros novos, aumento da comercialização de usados e seminovos?
RC: Destacamos a importância dos reparadores independentes sempre utilizar produtos de alta qualidade como os da Schaeffler, pois oferecem melhor desempenho e durabilidade, garantindo conforto e tranquilidade tanto para o reparador tanto para o usuário. Além disso, como já falamos a capacitação técnica é outro pilar importante para esse reparador estar sempre atualizado, através de treinamentos, vídeos no YouTube, plataforma RepXpert, SAC, através de parcerias com influencers e com a imprensa especializada, com foco em oferecer conteúdo para o reparador aproveitar da melhor forma esse aumento da demanda na reparação.
RA: A evolução tecnológica dos automóveis caminha rapidamente. Quais as consequências desta evolução para o mercado de reposição?
RC: A Schaeffler, como fornecedora global e líder para o setor automotivo, busca a ampliação deste portfólio em especial. Olhamos com muito cuidado para esse “novo mercado” de modo que possamos sempre atender às necessidades do mercado como um todo e também adaptar o portfólio conforme as demandas locais.
RA: Como a empresa avalia a volta das feiras do setor? Elas estão atendendo as expectativas?
RC: O retorno das feiras é muito positivo não só para nós, mas para todo o setor. Creio que estávamos todos ansiosos pela possibilidade de voltar a nos encontrarmos presencialmente. Este formato ainda é o melhor para networking, estreitamento de relacionamento e, principalmente, para termos um feedback mais assertivo tanto de reparadores quanto de vendedores e clientes.
RA: Para o reparador independente se destacar e ser referência, o que é necessário?
RC: Cada dia que passa vemos a indústria incorporar novas tecnologias em veículos e destacamos o papel fundamental dos mecânicos para a reparação. Vale destacar que nesses últimos anos a tecnologia avançou em passos largos e um ritmo muito mais acelerado se comparado com 15 ou 20 anos atrás. Portanto, acompanhar esse avanço tecnológico, por meio de especializações, é fundamental para qualquer um que queira se destacar e atender a nova demanda do mercado. Com o avanço da hibridização e eletrificação é importante que o reparador brasileiro se atualize para as novas tendências, conforme o lançamento das montadoras de modo a atender a reparação da frota quando necessário.
RA: No mercado de reposição como um todo, quais são as perspectivas e projeções para o futuro deste segmento de negócios?
RC: Do nosso ponto de vista, as projeções são muito boas, tanto que estamos constantemente buscando ampliar nossa participação neste segmento através de novas soluções, aquisições, pesquisa e desenvolvimento e registro de patentes, áreas nas quais a Schaeffler já faz parte da vanguarda. É uma cultura que temos tanto global quanto localmente.
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