O atual estágio tecnológico dos motores Diesel obriga empresários da reparação de veículos pesados a investir alto e de forma constante em equipamentos e treinamento de mão de obra para a realização de serviços que em um passado não muito distante eram realizados sem muita cerimônia.
“Por conta das leis de emissões, as tolerâncias dos sistemas de injeção estão cada vez mais apertadas, e isso obriga os reparadores a utilizar equipamentos de ponta”, afirma o engenheiro mecânico Tiago Abad Diaz, sócio da Leon Motores, uma das oficinas de reparação de motores Diesel mais bem conceituadas do Brasil.
Localizada no Parque Novo Mundo, zona Leste de São Paulo, na divisa com Guarulhos, a Leon Motores é uma empresa tradicional do setor, com 56 anos de funcionamento no mesmo endereço. Diaz é a segunda geração no comando da Leon, que foi fundada pelo pai em conjunto com um tio e mais um sócio.
Nos mais de meio século de existência, a Leon é hoje serviço autorizado de diversas marcas, como Delphi, Bosch, Cummins, MWM, FPT, Garret, VDO, Denso, Mahle, Yanmar e Lombardini.
COMEÇO
Diaz conta que o começo da Leon foi como retífica de motores, negócio que até hoje realiza para clientes em todo território nacional. No início do século 21, os motores começaram a ganhar componentes eletrônicos, e isso foi um marco para a Leon.
“Somos o primeiro Bosch Truck Service da América do Sul”, comenta com orgulho. Atualmente, faz parte do seleto grupo de Bosch Diesel Center, um tipo de elite entre as oficinas de reparação de motores Diesel dentro e fora do grupo Bosch. Além disso, a Leon faz parte do grupo de oficinas Diesel da Delphi, como Centro de Excelência Diesel Delphi.
“Quando os motores eletrônicos começaram a surgir, fomos atrás de informações, pois sabíamos que cedo ou tarde esse tipo de motor iria aparecer aqui para ser reparado, e precisávamos estar preparados”, comenta Diaz.
O engenheiro-empresário não estava errado. Atualmente, 100% dos caminhões e ônibus saem de fábrica com motores Diesel eletrônicos. A diferença dos primeiros modelos eletrônicos para os atuais é o nível de sofisticação. “Hoje, não basta apenas fazer o diagnóstico e o reparo da válvula injetora; é preciso informar ao veículo que o componente passou por uma manutenção. Sem isso, o veículo até funciona, mas não fica bom, fica irregular, com consumo elevado e emissões de gases fora do padrão”, explica Diaz.
FUTURO
Com esta mesma mentalidade, Diaz comenta que já está se preparando para o futuro próximo e outro mais distante. O próximo passo é a aquisição de um novo ferramental para reparo em bombas e injetores de veículos Euro 6. “Já adquirimos o equipamento, assim como diversas outras ferramentas necessárias para efetuar serviços em todos os veículos Euro 6 com sistema Bosch”, explica o empresário.
Outro passo importante, segundo Diaz, é o conhecimento para atender veículos elétricos. “Sabemos que esta é, ainda, uma tecnologia futura, mas já vemos alguns caminhões 100% elétricos rodando pela cidade, e queremos estar prontos para o dia que começarem a aparecer por aqui”, afirma.
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