Sistemas de suspensão, direção, freios do Pulse Abarth são comuns; já o diagnóstico do motor é protegido eletronicamente e limitado
O Pulse Abarth é um foguetinho. Com motor 1.3 turbo, flex, de quatro cilindros, e câmbio automático de 6 marchas, o primeiro SUV da marca empolga, ainda mais quando se aperta o botão vermelho ‘Poison’, no lado direito do volante. Também conhecido como Modo Sport, a ação do veneno dá impressão de se ter um carro diferente nas mãos. Fica mais ágil, esperto, firme, enfim, mais gostoso de dirigir.
Levamos o Pulse Abarth ao Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, na zona Leste de São Paulo, para uma inspeção dos principais sistemas undercar e motor do carro. Com ajuda do proprietário, o engenheiro Sergio Torigoe, constatamos que o Pulse Abarth tem eletrônica complexa e sofisticada, porém a reparabilidade dos sistemas de suspensão, direção, freios e demais componentes de desgaste natural é simples e sem mistérios.
No elevador
Na oficina do engenheiro Torigoe, erguemos o carro no elevador para uma inspeção visual dos componentes de suspensão, direção e freios. “Trata-se de um carro fácil de reparar, a suspensão é comum, o acesso aos filtros e sistema de freios é tranquilo. Tem bastante espaço para acessar todos os componentes, inclusive do motor”, avalia Torigoe.

No cofre do motor, o engenheiro destaca a necessidade de ter ferramentas apropriadas para trabalhar no carro. “Como todo motor moderno, o do Pulse Abarth não tolera erros do reparador, é tudo justo, mas, sem muitas dificuldades”, afirma Torigoe.
Torigoe chama atenção para a importância de cuidados com o sistema de arrefecimento e óleo lubrificante. “Para os reparadores não terem problemas futuros, recomendo sempre utilizar o óleo motor especificado pela montadora”. No Pulse Abarth, o óleo motor recomendado é Mopar Maxpro Synthetic 0W30 (Lubrificante totalmente sintético 0W30 ACEA C2). O cárter tem capacidade para 4,5 litros, na troca com filtro, sobe para 4,8 litros. Óleo e filtros devem ser substituídos a cada 10.000 km, ou após 12 meses, o que ocorrer primeiro.
O mesmo vale para filtros de combustível (10.000 km ou 12 meses). Já filtros de ar, devem ser checados a cada 10.000 km ou 12 meses e substituídos a cada 20.000 km ou 24 meses. As velas de ignição devem ser substituídas a cada 60.000 km, independente do tempo.
BOX

Dado interessante:
O manual do proprietário traz a seguinte recomendação (página G-13):
Veículos com motor TURBO 270 (Flex): para clientes que optem por abastecer o seu veículo exclusivamente com etanol, é recomendado o abastecimento completo do tanque de combustível com gasolina (no mínimo um tanque) a cada 10.000 km para reduzir prováveis contaminantes procedentes do etanol.
Clique aqui e baixe o Manual do Proprietário do Pulse Abarth
Diagnóstico

Na maioria dos scanners, o Pulse Abarth não aparece como opção para a realização de um diagnóstico completo dos sistemas do motor. Porém, nos scanners atuais, é possível ler parâmetros. “Na versão 23 do Rasther, ele reconhece o Pulse Abarth pela Toro 1.3 turbo”, explica Torigoe.
“Ao entrar, o aparelho lê o sistema SGW (Security Gatway – Portão de Segurança, em português), de proteção que exige conector próprio e compra de licença do software da linha Fiat, porém isso não impede de o reparador fazer um diagnóstico, é possível fazer a leitura completa do veículo, como análise gráfica, o trabalho da sonda lambda, percentual de combustível, todas as informações”, comenta Torigoe.
No entanto, o engenheiro explica que não é possível fazer nenhuma programação, nem apagar códigos de defeitos. “Para conseguir fazer isso, é preciso comprar o conector e pagar a licença, em Euros, pelo período que desejar, ou seja, 24 horas, uma semana, um mês ou um período maior”, diz Torigoe.
Ficha técnica
PULSE ABARTH FLEX Turbo 270 AT6
Motor
Posição: Transversal dianteiro
Número de cilindros: 4 em linha
Diâmetro x curso: 70 x 86,5 mm
Cilindrada total: 1.332 cm³
Taxa de compressão: 10,5:1
Potência máxima (ABNT): 180 cv (gasolina) / 185 cv (etanol) a 5.750 rpm
Torque máximo (ABNT): 270 Nm (27,5 kgfm) a 1.750 rpm
Nº de válvulas por cilindro: 4
Eixo de comando de válvulas: 01 no cabeçote
Alimentação
Ignição: Vitesco, eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção
Injeção eletrônica: Vitesco, multiponto, direta
Combustível: Gasolina/Etanol
Transmissão
Câmbio automático: seis marchas à frente e uma à ré
Relações de transmissão:
1ª – 4,459
2ª – 2,508
3ª – 1,556
4ª – 1,142
5ª – 0,852
6ª – 0,672
Ré – 3,185
Diferencial – 3,683
Tração: Dianteira
Sistema de freios
Comando: Comando hidráulico c/ comando a pedal e ESC de série
Dianteiro: A disco ventilado (diâmetro de 305 mm) com pinça flutuante
Traseiro: A tambor (diâmetro de 203 mm), com regulagem automática e refrigeração
Suspensão dianteira
Tipo: Mc Pherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais com barra estabilizadora
Amortecedores: Hidráulicos telescópico
Elemento elástico: Mola helicoidal
Suspensão traseira
Tipo: Eixo de torção com rodas semi independentes
Amortecedores: Hidráulicos telescópico
Elemento elástico: Mola helicoidal
Direção
Tipo: Direção elétrica de série com pinhão e cremalheira
Diâmetro mínimo de giro: 10,9 m
Rodas
Medida: 7,0” x 17”
Pneus: 215/50 R17
Peso do veículo
Em ordem de marcha: 1.281kg
Capacidade de carga: 400 kg
Carga máxima rebocável: Não aplicável
Dimensões externas e capacidades
Comprimento do veículo: 4.115 mm
Largura do veículo: 1.777 mm (s/espelhos) 1.989 mm (c/espelhos)
Altura do veículo: 1.544 mm
Distância entre-eixos: 2.532 mm
Bitola dianteira: 1.484 mm
Bitola traseira: 1.510 mm
Ângulo de entrada: 20,0°
Ângulo de saída: 27,0°
Altura livre entre os eixos: 217 mm
Altura mínima do solo: 188 mm
Tanque de combustível: 47 litros
Desempenho
Velocidade máxima: 215 km/h (etanol) / 214 km/h (gasolina)
0 a 100 km/h: 7,6 s (etanol) / 8,0 s (gasolina)
Consumo
Ciclo urbano: 10,0 km/l (gasolina) / 6,8 km/l (etanol)
Ciclo estrada: 12,3 km/l (gasolina) / 8,8 km/l (etanol)