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Para ter sucesso com a sua oficina, encare o fato: o dinheiro dela não é seu

Confira 4 dicas para dar o primeiro passo das empresas de sucesso: separar as finanças pessoais das da sua oficina

Por Amanda Osti da Silva, da Oficina Inteligente

Recentemente, participei de um webinar sobre mudanças fiscais para oficinas mecânicas em 2024. O evento, promovido por uma empresa de contabilidade especializada no setor, informou com muita propriedade os pontos que merecem a atenção do dono de oficina e abriu espaço para que os participantes pudessem tirar as suas dúvidas com os anfitriões e garantir o sucesso da oficina. 

Entre muitas delas, uma em especial me chamou a atenção: “Como relacionar os gastos pessoais nessa nova declaração fiscal?”. Como resposta, o profissional contábil, visivelmente preocupado, alertou que, para uma gestão adequada, em hipótese alguma se deve misturar as finanças da empresa com as pessoais. 

Diante dessa cena, não pude deixar de refletir: se é fundamental, por que esse ponto ainda é desafiador para os empresários da reparação? 

Minhas memórias de infância na oficina, aliás, confirmam o impasse. Nem meu pai, nem meus primos viam o perigo em tirar dinheiro do caixa da oficina para ir ao mercado. Afinal, era só “anotar depois”. 

Hoje, adulta e redatora sobre o assunto, consigo perceber o impacto dessas pequenas e inocentes atitudes nos desdobramentos das empresas da família. Embora crescessem pelo esforço e competência, não raras eram as dificuldades para que elas se sustentassem. Em resumo, essas retiradas e investimentos pessoais na empresa impediam a visualização da real saúde da empresa. 

Isso é perfeitamente compreensível – quem é oficineiro raiz, sabe o que passou nos anos 80-90. Não dá pra negar que um passado econômico turbulento e com pouco acesso à informação deixou marcas profundas em uma geração inteira de empresários da reparação. O resultado disso é que, mesmo hoje, muitos donos de oficina ainda tratam finanças e contabilidade como um tabu. 

Atualmente, porém, embora ainda haja muito o que discutir sobre os desafios das empresas no Brasil, é importante lembrar que temos informação muito mais acessível e uma economia bem mais estável do que a daquela época. Por isso, este é o momento para colocar a bola no chão e rever o básico essencial sem receios. Para isso, tenha em mente o título deste artigo: O dinheiro da sua oficina não é seu. Afinal, você não é a empresa, e sim um funcionário dela – e, importante frisar, o mais importante. Vamos às dicas para garantir o sucesso da oficina?

Pró-labore

Uma vez funcionário da empresa, nada mais justo que receber pelo seu trabalho. Desse modo, determine uma remuneração mensal fixa para si mesmo, a qual deverá constar no seu controle como pró-labore. Esse – e nada mais – deverá ser o dinheiro destinado às suas despesas pessoais.

Contas bancárias separadas 

Neste ponto, vale reforçar: não basta abrir uma conta para a oficina e outra para você. É essencial manter uma disciplina em relação às transações: a da oficina deve ser usada apenas para movimentações relacionadas à empresa. O mesmo diz respeito às reservas financeiras: você deve ter a sua, a oficina deve ter a dela.

Ajuda profissional

Acredite: Ter dúvidas sobre o assunto é algo completamente normal. Não à toa, nossos amigos do Sebrae atuam desde 1972 justamente para virar esse jogo no cenário empreendedor brasileiro. Entre em contato, se informe e aproveite essa preciosa fonte de apoio presente em todo o Brasil.

Tecnologia a seu favor 

Controlar a movimentação da sua empresa separadamente ficou muito mais fácil com a chegada dos sistemas de gerenciamento. Você deve usar e abusar do seu para controlar e, principalmente, acompanhar a saúde financeira da sua oficina no detalhe. E quando o assunto é controle no detalhe, você já sabe: conte sempre com a Oficina Inteligente.

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