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Nos últimos anos, temos testemunhado avanços significativos na indústria automotiva em vários setores, segmentos e sistemas, principalmente com relação à geração de energia elétrica. 

Desde a introdução dos primeiros sistemas de geração de eletricidade nos automóveis, como o dínamo (gerador de corrente contínua – DC), até os modernos alternadores (geradores de corrente alternada – AC), controlados e “inteligentes”, a evolução tem sido constante – e necessária – devido à dispositivos elétricos cada vez mais aplicados nos automóveis, como Direção Elétrica, Start Stop, Freios ABS etc., e isso demanda de uma gestão mais eficiente e precisa.

                                                AC x DC

Para que o sistema elétrico dos automóveis funcione, é necessário gerar e armazenar energia elétrica de alguma forma. Antigamente usava-se o dínamo, que é um gerador de corrente contínua e, sendo movido por uma correia do motor, transformava a energia mecânica de rotação em energia elétrica. Essa energia de Corrente Contínua (CC ou DC – Direct Current) era gerada pelo dínamo e controlada por um regulador eletromecânico, e armazenada na bateria.

O dínamo foi um marco importante na história mundial dos automóveis, sendo o precursor na geração de energia elétrica para a, pequena e singela, parte elétrica que os embarcavam. Era tudo muito simples: ignição, partida e iluminação. E o dínamo era suficiente para gerar energia e conseguir suprir essa “demanda”.

Princípio de funcionamento de um gerador DC 

A geração de corrente elétrica parte do princípio da indução magnética, que ocorre sempre que há movimento relativo entre um condutor qualquer em meio à um campo magnético, com uma força eletromotriz (f.e.m) induzida nos terminais deste condutor e, neste caso, era gerada a corrente contínua.

Com o passar do tempo, devido ao aumento de dispositivos eletroeletrônicos embarcados nos veículos automotores, surgiu o alternador, trazendo consigo maior eficiência e capacidade de produção de corrente elétrica. 

    Alternador – Gerador de corrente alternada

Vista explodida de um alternador e seus componentes

Os alternadores geram corrente alternada, mas como os sistemas do veículo trabalham com corrente contínua, usa-se retificadores (placa retificadora, conjunto retificador) para transformar essa corrente em DC.

                          Conjunto retificador

No entanto, foi com o desenvolvimento dos alternadores controlados e inteligentes, implantação de sensores de monitoramento de entrada e saída de corrente elétrica, que a gestão de energia elétrica atingiu um novo nível de sofisticação e precisão.

*As inovações são constantes, por isso devemos estar sempre atentos 

às novas atualizações dos sistemas e novos possíveis protocolos.

Esses novos sistemas permitem um controle mais preciso da geração e distribuição de energia elétrica do veículo, otimizando o seu desempenho e eficiência energética. Além disso, contribuem para a redução do consumo de combustível e das emissões de poluentes, alinhando-se às demandas por veículos mais sustentáveis.

Para “refinar” a entrada e saída de corrente elétrica, há sensores instalados em pontos estratégicos nos veículos e, principalmente, nos cabos de alimentação e de ligação da bateria; são os sensores BMS (Battery Management System), e o IBS (Intelligent Battery Sensor) que, dependendo do sistema e da montadora, pode ser usado tanto um como o outro, ou os dois ao mesmo tempo, no mesmo veículo, dependendo da configuração.

                    Monitoramento por protocolo LIN

                          Monitoramento por PWM

Os dois exemplos mencionados de sensor de bateria, apesar de terem características diferentes, eles se comunicam com uma unidade de controle específica no veículo, a qual é responsável por monitorar e controlar diversos aspectos relacionados à entrada e saída de carga da bateria.

Além disso, esses sensores também desempenham um papel crucial na proteção da bateria, evitando sobrecargas, descargas excessivas e condições prejudiciais que possam reduzir sua vida útil. Eles atuam como um sistema inteligente de gestão energética, garantindo o funcionamento seguro e eficiente de todo o sistema elétrico.

Alguns deles, mais sofisticados, são projetados para medir a corrente de partida a frio (CCA aqui no Brasil), a tensão (em volts), a corrente (em amperes), e a temperatura interna da bateria e sua resistência ôhmica em tempo real, permitindo, inclusive, acesso aos seus dados via Scanner. 

Com essas informações detalhadas, nós, reparadores, podemos monitorar o desempenho da bateria, diagnosticar problemas potenciais no sensor, no alternador, no cabeamento, ou nas redes de comunicação, e tomarmos medidas para prevenir uma suposta pane no sistema.

Com a constante evolução da tecnologia automotiva, é provável que surjam novos sistemas e novos dispositivos de monitoramento de corrente elétrica, os quais desempenham um papel cada vez mais importante na gestão inteligente da energia elétrica dos automóveis, promovendo maior eficiência e confiabilidade.

Já que temos uma inovação constante nesse campo, podemos esperar que a gestão de energia dos automóveis continue evoluindo, impulsionando a indústria rumo a um futuro mais limpo e eficiente.

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