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O desafio da sustentabilidade e as oportunidades da cadeia de logística reversa de peças automotivas

Como a indústria automotiva busca soluções para eficiência energética e mais cuidados com o meio ambiente para se adequar aos novos comportamentos do consumidor e ao descarte de peças automotivas

A indústria automotiva é um setor em constante transformação. A crescente preocupação com a sustentabilidade e a eficiência energética impulsiona a busca por soluções inovadoras em toda a cadeia produtiva, incluindo a gestão de peças usadas. A cadeia reversa de peças automotivas, que se refere ao processo de coleta, tratamento e reuso ou descarte de componentes que chegaram ao fim de sua vida útil, assume um papel crucial nesse contexto.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Reciclagem de Veículos Automotores (ABIRVE), em 2022, o Brasil gerou cerca de 5,2 milhões de sucatas de veículos, volume que tende a crescer nos próximos anos. Desse total, apenas 40% são destinados à reciclagem formal, enquanto os outros 60% têm um destino incerto, muitas vezes indo parar em lixões e aterros clandestinos, causando sérios danos ao meio ambiente.

Existe um mercado em potencial que se apresenta como oportunidade de negócio que abraça os conceitos de sustentabilidade, gera emprego e impulsiona a “economia circular”. Através da reutilização e da reciclagem de peças, é possível reduzir significativamente o consumo de recursos naturais, a geração de resíduos e as emissões de gases de efeito estufa.

Por isso, empresário e reparador automotivo, é preciso estar atento a esse universo particular do mercado automotivo. Dentre os desafios está a falta de infraestrutura adequada para a coleta e o tratamento de peças usadas, a informalidade do setor e a falta de incentivos fiscais.  

Contudo, diversas iniciativas promissoras estão em andamento para aprimorar a cadeia reversa de peças automotivas no Brasil. A implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a criação da Lei da Reciclagem (Lei nº 12.307/2010) trouxeram avanços importantes, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.

Empresas do setor automotivo, em parceria com o governo e entidades da sociedade civil, estão investindo em novas tecnologias e soluções para a gestão de peças usadas. Entre as iniciativas mais relevantes estão a criação de centros de desmonte autorizados, a implementação de sistemas de rastreabilidade de peças e o desenvolvimento de novos materiais reciclados.

A cadeia reversa de peças automotivas é um componente essencial para a construção de um futuro mais sustentável para a indústria automotiva. Através da colaboração entre empresas, governos e consumidores, é possível superar os desafios e construir um sistema eficiente e responsável para a gestão de peças usadas, contribuindo para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento da economia circular.

Paulo Miranda é Empresário idealizador da Expo Peças, Paulo Miranda é diretor da Múltipla Vendas. Palestrante. Autoridade em liderança. Ministra o curso O Poder da Ação e é especialista em Desenvolvimento Pessoal. Siga o Paulo no Instagram.

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