Apesar de rever seus planos de produção dos veículos 100% elétricos, a Volvo Cars , fabricante sueca não vai desistir deste tipo de veículos
Por: Sandro Stoco/ Fotos: Divulgação
Recentemente tivemos uma notícia impactante no mercado automobilístico. A gigante Volvo Cars divulgou que está reavaliando as metas de vendas dos veículos 100% eletrônicos e os híbridos fabricados por ela serão um caminho para a mobilidade do futuro. Isso gerou um verdadeiro alvoroço no setor automobilístico mundial. Será mesmo que a Volvo Cars, uma gigante da indústria, irá parar definitivamente com os modelos 100% elétricos e se dedicar a fabricação somente dos veículos híbridos?
Porém, a história não é bem assim. A fabricante sueca Volvo Cars, é uma das marcas Premium que mais investe em tecnologia e pesquisas para carros elétricos no mundo.
Assim como outras fabricantes de automóveis já perceberam, a Volvo entendeu que levará mais tempo do que o esperado para que o carro elétrico 100% possa dominar grandes setores da mobilidade urbana no mundo e com essa decisão ela colocou o pé no freio na fabricação do elétrico 100 %.
O veículo elétrico é disparado mais eficiente do que o carro a combustão e tem várias pontos positivos em relação à queima de combustível, mas alguns pontos devem ser levados em consideração, por exemplo, na Europa um BMW X1 roda 300 km na rodovia com uma carga completa de 1h, ou seja, de 20 a 100% de carga da bateria, mas de 20 a 80% essa carga é atingida em metade do tempo, ou seja, 30 minutos, o que é recomendado pela marca, desde que a bateria não esteja muito quente.
Mas existem muitas variantes envolvidas nesse cálculo, se você está rodando em uma rodovia e chega para carregar a bateria em um carregador, ela vai estar bem quente impedindo a carga rápida. Quando a bateria estiver fria e descarregada, os átomos estão sem os elétrons na sua última camada.
Baterias quentes aceitam menos elétrons por segundo do que uma bateria fria, por isso você já deve ter percebido que carregar o seu celular de 20 a 80% é bem rápido e fácil quando a bateria está descarregada, mas quando ela chega a 80% de carregamento ela demora bastante para atingir os 20 % que está faltando para atingir a totalidade.
Isso devido ao congestionamento dos elétrons que vão chegando a bateria e percebem que seu lugar no átomo tem que ser procurado pois a maioria dos espaços já está completo.
Este fenômeno também acontece com as baterias dos carros elétricos, portanto na prática o fator autonomia e carregamento é levado em consideração pelas grandes montadoras. É notório que ainda temos um grande caminho a percorrer em relação a autonomia e carregamento quando se fala em baterias.
Sandro Rogério Stoco
CEO da Stoco Centro Automotivo
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