O gestor da empresa reparadora precisa estar atento, se preparar para as novas tecnologias muito antes do veículo entrar na oficina
Por: Sérgio Duque
No segmento brasileiro de reparação automotiva existem inúmeras oficinas com visão míope de mercado. Visão curta, limitada, sem profundidade. Não conseguem enxergar além do momento atual que vivem, quanto mais um ou dois anos à frente.
A única preocupação é pagar as contas que batem à porta, agora. O amanhã, será problema para amanhã.
É como se você perguntasse para um dono de oficina o que ele produz, e a resposta fosse: serviços mecânicos. Resposta tangível, pois o que os donos de veículos querem realmente é a solução de problemas mecânicos, de segurança e confiabilidade de seus veículos.
No mundo dos negócios, seja qual for o ramo, existem empresários incompetentes e outros competentes.
São classificados por conscientes e inconscientes, ou seja, se sabem o que deve ser feito e não fazem, são incompetentes conscientes. Outros, porém, são incompetentes inconscientes, porque não sabem o que deveria ser feito, e assim não fazem.
Muitas foram as discussões que se fizeram incidentes sobre miopia de negócios nos 40 anos que se passaram, todas voltadas a conduzir o pensamento empreendedor a entender o verdadeiro negócio.
E porque devemos insistir? Porque ainda é grande o número de donos de oficinas da reparação automotiva que são incompetentes inconscientes: não investem em pesquisas, em desenvolvimento, em programas ambientais e em programas de sustentabilidade. Em prosperidade.
Ora, alguns pensam, como um dono de oficina mecânica tem que parar para pensar nesses temas?
Na década de 70, quando o alerta foi para a questão da poluição ambiental, muitas empresas viraram as costas para a necessidade de instalação de filtros em suas portentosas chaminés. Era um custo que não contribuía em nada para o aumento da produtividade. Então, porque investir? Na verdade, não havia consciência para o tema. Mas se tivéssemos agido de fato lá trás, estaríamos também sentindo os efeitos positivos mais cedo.
Da mesma forma fica o alerta para as oficinas que pretendem embarcar no expresso da modernidade sustentável. Uma espécie de trem bala da reparação. É preciso que os proprietários exercitem a imaginação para pensar o futuro da empresa a médio e longo prazos.
Não deixar de buscar conhecimento sobre tecnologia dos motores híbridos e elétricos, quando a demanda já estiver a mil por hora. Não deixar de manter sua oficina atendendo questões legais de sustentabilidade e preservação ambiental, como reservar locais apropriados para descarte de materiais poluentes como óleo e produtos químicos e ter certeza da destinação segura de materiais recicláveis.
Deve manter constante e permanente programa de pesquisas com clientes finais para avaliar conceitos de qualidade de serviços prestados e formas de exceder à satisfação desejada.
Os cuidados nesses exercícios de ações devem ocorrer sem hipermetropia, anomalia que resulta em visão desfocada, muitas vezes de elevada imaginação e que distancia a empresa de alvos a serem atingidos.
Se não entendeu o conceito, corre os riscos de manter uma visão míope em negócios de servir a reparação automotiva.
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