O estado de Minas Gerais conta com 12 regiões que compõe a distribuição administrativa, denominadas como mesorregiões. São elas:
Campo dos Vertentes
Central Mineira
Jequitinhonha
Metropolitana de Belo Horizonte
Noroeste de Minas
Norte de Minas
Oeste de Minas
Sul/Sudoeste de Minas
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
Vale do Mucuri
Vale do Rio Doce
Zona da Mata
Impulsionado pelos setores de agropecuária, construção civil, mineração e indústria de transformação, o estado de Minas Gerais alcançou um valor de produção de R$ 1,06 trilhão no ano, representando 9,05% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 que foi de R$ 11.7 trilhões, segundo IBGE.
Composição do PIB mineiro
- R$ 593,9 bilhões setor de serviços
- R$ 264 bilhões indústria
- R$ 70 bilhões agricultura, pecuária e produção florestal
- R$ 130 bilhões impostos indiretos sobre produtos
A economia de Minas Gerais cresceu 3,1% em 2024 em relação a 2023, ficando pouco abaixo da média Brasil, que foi de 3,6%, mas ainda assim mantendo expansão em praticamente todos os setores da atividade econômica do estado. É estimado que a economia brasileira desacelere em 2025, limitando sua expansão por uma série de fatores macroeconômicos nacionais e internacionais, como gastos do governo (ainda acima da previsão), taxas de juros altas e com tendência a manter-se assim, além dos efeitos das políticas protecionistas americanas de tributação das importações, contra e as reações dos demais mercados, como China e Europa. Essas ações, com certeza brecarão o crescimento da economia mundial, com poucos países imunes a estes efeitos contrários.
Indústria em Minas Gerais
Entre os segmentos industriais que tiveram crescimento, destacam-se a indústria de transformação, com avanço de 5,9%, e a construção civil, com elevação de 4,4%, beneficiada pela retomada do programa “Minha Casa, Minha Vida” e pelo aumento do crédito.
Por sua vez, os segmentos extrativo, de energia e saneamento, apresentaram quedas de 10,3% e 0,3%, respectivamente.
Construção civil (17%), extração de minerais metálicos (16,2%), metalurgia (12,9%), alimentos (11,4%) e serviços industriais de utilidade pública, como energia elétrica e água (11%). Estes 5 setores concentram 68,5% da indústria do estado. Outros setores relevantes são os de derivados de petróleo e biocombustíveis (5,4%), químicos (3,7%), veículos automotores (3,6%), produtos de metal (2,2%) e bebidas (1,8%).
Agronegócios
O estado registrou safra recorde de grãos em 2024 e a perspectiva em 2025 são ainda boas, se bem que devendo ficar abaixo da média Brasil estimada para crescer 3,1%, contra 2,1% no estado. Ainda há dependência dos resultados futuros derivados dos investimentos que estão previstos em máquinas, insumos, logística de transporte da safra e produtos químicos. Café, feijão, cana-de-açúcar, milho e soja são os principais produtos agrícolas, liderando ainda no país a produção de leite.
Dados sociais
O estado possui 853 municípios e sua área total é de 586.513,9 km², o que equivale a 6,9% da superfície do Brasil, sendo pouco menor que as áreas ocupadas por Portugal e Espanha juntos. A população atual é próxima de 21 milhões de habitantes. O estado é dotado de uma notável infraestrutura que permite seu desenvolvimento econômico, possuindo a maior rede rodoviária dentre as unidades da federação, além de um importante parcela das ferrovias do país.
Perspectivas
A economia de Minas Gerais deve seguir sua trajetória de crescimento em 2025, embora em um ritmo mais moderado, refletindo os efeitos da política monetária restritiva (alta da Selic), tendência já observada no quarto trimestre de 2024.
A indústria continuará em expansão, porém de forma mais contida. A combinação de taxas de juros elevadas e pressões inflacionárias tende a aumentar os custos de produção, enquanto as incertezas no cenário internacional representam riscos para alguns setores industriais.O consumo das famílias deve apresentar uma redução em 2025, quando comparado a 2024, o que pode impactar, principalmente, a atividade no setor de serviços.
Com relação à agropecuária, projeta-se uma recuperação em 2025, impulsionada por safras recordes já previstas pelo IBGE para o primeiro trimestre. Consequentemente, espera-se um maior estímulo para atividades relacionadas à agropecuária, como transportes, máquinas e equipamentos e produtos químicos e outros produtos do grupo de commodities, como o café, produto que o estado é o maior produtor nacional.
O estado de Minas Gerias no setor automotivo
No estado de Minas Gerais estão instaladas fábricas de 5 das 52 montadoras de veículos e máquinas agrícolas, respondendo por 9,6% da concentração produtiva nacional. Porém, conta com 395 concessionárias para cobrir a demanda de veículos novos da linha leve e comerciais (leves e pesados), em 853 municípios, representando apenas 9,37% de todo o país. Não foi considerado a estatística referente ao segmento de duas rodas e de tratores e máquinas agrícolas.

O faturamento nominal da indústria de autopeças cresceu 13,3% em 2024 em relação a 2023. Em termos reais o aumento foi de 9,9%, segundo o Sindipeças. Diversos fatores contribuíram para o crescimento da receita dos fabricantes de autopeças no ano passado, como: bom desempenho da produção automotiva que cresceu 9,7% em relação ao ano anterior; a melhora do mercado de trabalho que encerrou o ano com cerca de 1,7 milhão de novos postos formais, taxa de desemprego em 6,2% e aumento do rendimento real em 12,0%; oferta de crédito abundante, a despeito do aumento da taxa básica de juros a partir de setembro; suave queda da inadimplência de pessoas físicas e jurídicas e estabilidade no mercado de reposição.
Na participação do faturamento geral do setor o segmento da reposição aumentou 13,6%, com aumento observado de 16,7% nas vendas para linha leve e de 1,4% para a linha pesada. Os negócios com autopeças e serviços no mercado de reposição brasileiro, fizeram circular R$ 78,87 bilhões em 2024 (números ainda estimados), considerando-se valores desde a saída das fábricas (com impostos) até o consumidor final. 63% desse valor são decorrentes da venda de peças e 37% da mão de obra.

No estado de Minas Gerais esses valores geraram volumes de negócios estimados em R$ 8,67 bilhões, pouco mais que 11% do total nacional, com leve alteração na distribuição entre peças e serviços, em relação ao Brasil. A frota circulante de veículos automotores em Minas Gerais é de 18,3 milhões de unidades, e o estado possui uma relação de 3,99 habitantes por veículo, enquanto o número Brasil é de 2,97 habitantes por veículo, ou seja, o estado fica 74% abaixo do número nacional. Vale observar que estão considerados todos os segmentos da frota, excluindo apenas o segmento de semirreboques. Se considerarmos apenas o número de automóveis a diferença em relação à média nacional é menor.

No quadro de FROTA CIRCULANTE POR MASSORREGIÔES DE MG , onde é apresentada a frota por mesorregião, observa-se um equilíbrio na distribuição por segmento em relação ao país, com variações para mais ou para menos em de cada mesorregião no estado.

Já no quadro de CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS mostra o volume de combustível consumido pelo estado, Minas Gerais registrou um valor equivalente a 11,4% de todo combustível automotivo do país. Se comparado com a frota circulante no estado (11,2% do país), é possível estimar que houve uma distribuição também equilibrada sinalizando que o consumo de peças e serviços não absorve importação de outros estados, isto é, quase a totalidade dos mineiros costuma reparar seus veículos na própria cidade/região. Essa relação é bem característica e diferenciada em outros estados chamados de importadores de peças e mão de obra.

O quadro de pontos de negócios automotivos no estado mostra a estimativa de 2025. Sua elaboração tem por base dados extraídos de estatísticas diversas divulgadas como anuários de entidades, mídia especializada, relatórios de consultorias, associações e sindicatos dos fabricantes, reparadores e distribuidores (como Sindipeças, Sindirepa e Sincopeças), ajustados com informações nos bancos de cadastros do GeoAfter.

Os índices de demanda por linha (geral, leve, pesada e moto) são resultados de critérios de cálculo aplicados nos estudos de geomarketing do GeoAfter, onde são utilizados fatores de influência direta no consumo da reparação automotiva local.

A aplicação do índice de demanda sobre o total estimado por linha de produto, permite conhecer a estimativa de demanda para 2025. Abaixo são mostradas estimativas de demanda para grupo de 33 itens de produtos, no estado de Minas Gerais.

Para detalhar a demanda por mesorregião obter uma informação mais objetiva para atender necessidades específicas (por exemplo para saber share de mercado na mesorregião, avaliar desmpenho de representantes e distribuidores regionais), basta aplicar o índice que está contido na tabela anterior.

Mercado de transações ilícitas com autopeças
Segundo o anuário de Mercados Ilícitos Transnacionais em São Paulo elaborados pela FIESP o ano de 2024 superou 2023 em 6,5 %, acendendo uma luz vermelha para quem opera neste setor, principalmente em autopeças.
O fenômeno do mercado ilícito é antigo, porém se tornou mais visível após o advento do comércio eletrônico que, ao mesmo tempo que permitiu boas práticas e melhoria da logística de distribuição, também carregou a origem e procedência duvidosa para dentro das plataformas, onde há a suspeita de peças com importação subfaturada, peças falsificadas, peças com utilização indevida de marcas conhecidas, peças roubadas, e acreditem , até peças que não poderiam estar nestas plataformas sem a comprovação da certificação INMETRO circulando livremente.
O quadro abaixo é um indicativo do atual nível de comercialização de autopeças ilícitas apenas no estado de Minas Gerais, segundo estudos estimados e projetados da equipe da GeoAfter, tendo por base os estudos do relatório divulgado sobre o tema pela FIESP em 2024.

Produtos considerados como mais comercializados por meios ilícitos: veículos, motores, partes de motores, painéis, para-brisas, rolamentos, amortecedores, tensores, velas de ignição, discos de embreagem, filtros, bombas de óleo, bombas d’água, produtos de iluminação, correias, mangueiras, baterias, matérias de vedação, bancos, rodas, palhetas e acessórios em geral.

A GeoAfter estima que houve aproximadamente 13,79% de todos os negócios automotivos no estado de Minas Gerais com a utilização de peças advindas dos mercados ilícitos (ou falsificadas, ou de veículos roubados e desmanchados). Estas estatísticas são proporcionais ao estado de São Paulo, que tiveram por base estudos da FIESP.
Para saber mais sobre estatísticas de frotas e informações do geomarketing automotivo, brasleiro acesse o nosso site www.geofater.com.br e veja como consultar o índice por estado da federação, por mesorregião, por microrregião e até por município brasileiro.
Se preferir, ligue para (11) 96480-0847 com Sérgio Duque, ou (11) 95119-8616 e fale com Renato.

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