Contratar certo em oficinas mecânicas é mais do que escolher técnicos experientes. É montar o time que garante crescimento sustentável.
Por: Raquel Mendes
Falar sobre gestão de oficinas mecânicas é, antes de mais nada, falar de pessoas: times, convivência e liderança. O que percebo em todas as oficinas que visito é que os principais desafios não são técnicos, mas humanos. Encontrar as pessoas certas, manter uma equipe motivada, reduzir o retrabalho e crescer com consistência são demandas que passam, inevitavelmente, por como o seu time está sendo montado.
E o que conecta todos esses desafios? Tudo começa pela forma como os profissionais são contratados.
Por muito tempo, contratar no susto era comum. O movimento aumentava? Colocava-se alguém com experiência na bancada, e estava resolvido. Porém, com carros cada vez mais tecnológicos, margens de lucro mais apertadas e clientes altamente exigentes, esse modelo deixou de funcionar. Contratar errado não só desmotiva, mas custa caro. A contratação impulsiva gera clima organizacional ruim, baixa produtividade, retrabalho constante, e o proprietário acaba assumindo o papel de “bombeiro”, apagando incêndios ao invés de liderar estrategicamente.
Ainda existe a ilusão de que experiência técnica resolve tudo. Mas, contratar alguém que, embora saiba consertar carros, não respeite processos, desmotive os colegas ou trate mal os clientes, pode ser um desastre. Experiência técnica sem comportamento alinhado com os valores da empresa transforma-se em problema, não solução.
Por isso, contratar certo é fundamental. É garantir o time que vai sustentar o crescimento saudável da empresa. Esse processo envolve método, não “feeling”. É necessário ter clareza sobre o que a vaga requer, avaliar o perfil comportamental, alinhar expectativas e estruturar um bom processo de integração. Isso não precisa ser complexo, apenas consciente.
Quando a contratação é bem feita, o impacto é enorme. O dono da oficina ganha fôlego, o cliente retorna, o faturamento cresce, e a liderança deixa de ser “babá” da equipe para assumir um papel estratégico.
Hoje, as oficinas que crescem são aquelas que entendem que ter a pessoa certa no lugar certo transforma o negócio. Recrutamento não é um favor, é parte essencial da estratégia da empresa.
A pergunta que deixo aqui, a mesma que faço nas consultorias, é simples: sua oficina está contratando para crescer ou apenas para tapar buraco?

Raquel Mendes
- Consultora estratégica
- +29 anos no setor automotivo
- Especialista em liderança transgeracional e multigerações
- Criadora do Programa de Formação Empresarial M.A.E
Instagram: www.instagram.com | LinkedIn: linkedin.com
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