setor automotivo

A força da reparação automotiva que movimenta o mercado

O Dia do Mecânico, celebrado em 20 de dezembro, é muito mais do que uma data simbólica. Instituído em 2012, primeiro como lei estadual e depois transformado em lei nacional graças a uma iniciativa inédita do Sindirepa-SP, a data foi criada para promover o reconhecimento sobre a importância desses profissionais que contribuem diretamente para a segurança no trânsito, para a mobilidade e para o funcionamento da economia. Logo, começou a ser amplamente divulgada e entrou para o calendário oficial do setor, com uma série de ações das empresas que fazem questão de prestar homenagem em seus canais digitais. Os veículos de comunicação aproveitam para destacar a data, com matérias interessantes.

Mas os reparadores não são apenas agentes que impulsionam o aftermaket, acabam movimentando a economia como um todo. São cerca de 118 mil oficinas espalhadas pelo país, empregando milhares de profissionais que cuidam de aproximadamente 80% da frota circulante estimada em mais de 48 milhões de veículos. Por trás de cada carro que chega em segurança ao trabalho, de cada caminhão que cruza o Brasil levando alimentos e produtos, há sempre o trabalho de um mecânico garantindo que tudo funcione bem e as pessoas cheguem aos seus destinos com segurança.

O dia a dia do mecânico é desafiador diante da diversidade da frota de veículos, com modelos cada vez mais tecnológicos e o avanço da frota eletrificada que traz novos conceitos e necessidades, mudando a forma de reparar os veículos, com exigência de conhecimento técnico, equipamentos específicos, EPIs adequados e profissionais treinados.  Com os veículos cada vez mais tecnológicos, o mecânico hoje, muitas vezes, começa o serviço conectando scanners e equipamentos eletrônicos para ler a central do carro, mas, para isso, ele depende cada vez mais de acesso à informação técnica e dados de montadoras para realizar reparos e atualizações. Sem essas informações, não há como fazer o trabalho em veículos mais novos.

Diante dessa enorme dificuldade, o Sindirepa-SP, membro da Aliança do Aftermarket Automotivo do Brasil, que trata, entre outros temas, do Right to Repair, direito  do consumidor poder levar o veículo na oficina que preferir. Movimento mundial, o Right to Repair já se tornou lei em vários países, como Estados Unidos, e aqui avança. 

Na prática, isso fortalece as oficinas independentes, valoriza o trabalho do mecânico e amplia as opções para o dono do veículo.

Além disso, para que o mecânico consiga acompanhar tantas mudanças e tenha o suporte necessário, com informação e atualização constante, o Sindirepa-SP, atua em várias frentes importantes para o cotidiano das oficinas, levando soluções com parcerias com empresas e consultorias relacionadas a diversas áreas das oficinas, como finanças, gestão, capacitação profissional, legislação, práticas ambientais, entre outros assuntos.

Todo esse trabalho é voltado para ajudar as oficinas a trabalharem com mais segurança, profissionalismo, oferecendo serviços de qualidade a quem acaba pagando a conta que é o dono do carro.

Afinal, oficinas organizadas e estruturadas movimentam a cadeia inteira de negócios de autopeças, começando pelos fabricantes, passando pelos  distribuidores e varejos de todo o país.

Antonio Fiola é presidente do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), membro da diretoria da FIESP, IQA e Aliança do Aftermarket Automotivo do Brasil, além de conselheiro do SENAI.

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