Oá, pessoal! Tudo bem com vocês? Mais uma edição chegando e eu estava contando os dias, para compartilhar com vocês minhas vivências no mercado de reparação automotiva independente. Muitos questionamentos por aqui, como: Já fiz redução de pessoal, da jornada de trabalho, já me utilizei dos recursos oferecidos pelo governo e agora, estou “equilibrado”? Você também está se perguntando sobre isto? Se sim, te convido a continuar esta leitura…
Inicio respondendo: Equilíbrio é andar sobre as duas pernas! Como?! Quero que você se remeta ao momento inicial do “coronacrise”. Nos primeiros dias, nas primeiras semanas,… Como você geriu a empresa? Com certeza, foi pelo caixa! Algumas oficinas sem, outras com, mas, ambas, foram pelos recursos disponíveis em caixa, ou seja, em contas a receber versus contas a pagar. Muitas precisaram quase imediatamente aporte de terceiros (bancos, sócios, familiares,…) para honrarem seus compromissos. Isto foi o andar sobre uma das pernas. A perna do “Demonstrativo de Fluxo de Caixa”.
Os dias foram passando e demos um jeito de ir levando; prorrogamos pagamentos de tributos, de investimentos, de amortização de empréstimos e dívidas passadas… somos “experts” nisto! Então, chegaram alguns recursos que nos permitiram continuar com os empregos e com a renda dos nossos profissionais: afastamentos e opções da redução de jornada. Isto muito nos auxiliou! Protelou tomar decisão, que talvez não estivéssemos preparados. Mas agora, este ciclo também começa a se encerrar, e aí? Se tirarmos esta muleta, a empresa cai ou reaprende a andar?! Aqui me refiro à perna do “Demonstrativo de Resultado do Exercício”, ou seja, geração de lucro ou prejuízo.
E como reabilitamos esta perna? Se você tem o histórico da sua empresa, o utilize. Se não, planeje como se estivesse iniciando a sua oficina: quanto você gastará percentualmente e monetariamente com variáveis, tais como tributos sobre vendas, taxas de operador de cartões, comissão, custo da mercadoria vendida, custo da folha com os profissionais produtivos, custo de serviços de terceiros, entre outros. Agora levante o quanto você gasta monetariamente com os fixos: pró-labore, pessoal administrativo e de vendas, gastos funcionais, como, água, energia, contador, aluguel, entre tantos outros. Agora, desconte tudo isto do valor que você está vendendo. O saldo é positivo? Se sim, parabéns, você pode largar esta muleta também!
Agora vai outra pergunta: este saldo positivo é o suficiente para pagar empréstimos, juros, parcelamentos, reinvestimentos, entre tantos outros? Se sim, continue sua jornada. Se não, agora inicia um terceiro ciclo: fortalecer a musculatura das pernas! Como? Injetando mais clientes, mais serviços e/ou adequando estes gastos ao resultado gerado. Como toda fisioterapia: não pare, tenha constância, se exercite todos os dias na busca do fortalecimento desta musculatura. Em apenas uma ou duas seções, você não perceberá o resultado, mas com a repetição e a prática, eles aparecerão. O fato é que para andarmos sobre nossa gestão, precisaremos pisar sobre os resultados de caixa e de lucro. Isto é o andar equilibrado. Vamos lá! Só depende de você. Por onde você começará? Pense nisto! Esta é minha dica para a sua oficina mais lucrativa!