Fabricante chinesa inicia as operações da primeira unidade produtiva da marca nas Américas com 110 empresas cadastradas como fornecedoras
Por: Rodrigo Samy/ Fotos: Divulgação
No setor automotivo, os termos fábrica e montadora têm significados diferentes, embora muitas vezes sejam usados como sinônimos.
Fábrica se refere ao espaço físico de produção, onde ocorre a fabricação ou montagem de veículos e componentes.
Já montadora é a empresa responsável por projetar, organizar e montar os veículos, reunindo componentes fornecidos por terceiros. Essa diferença é importante para entender como funciona a cadeia automotiva.
Fábrica se referem ao espaço físico de produção, onde ocorre a fabricação ou a montagem de veículos e componentes.
Já montadora é a empresa responsável por projetar, organizar e montar os veículos. Esse nome vem do fato de que as empresas nem sempre fabricam todas as peças, mas reúnem e montam componentes fornecidos por terceiros.
Logo, fábrica é o local físico, enquanto montadora é a empresa que lidera a produção. Essa diferença é importante para entender como funciona a cadeia automotiva.
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A fábrica GWM Brasil inaugurou uma linha de montagem em Iracemápolis, no interior de São Paulo, a primeira unidade produtiva da marca nas Américas.
A produção começou com três modelos: o SUV híbrido Haval H6 (disponível nas quatro versões atuais), a picape média Poer P30 e o SUV Haval H9 de 7 lugares (cada um com motorização turbodiesel).
Com área total de 1,2 milhão de m² e área construída de 94 mil m², a unidade tem capacidade para produzir 50 mil veículos por ano. A estrutura conta com área de soldagem, linha de pintura robotizada, linha de montagem, sistemas de fornecimento de energia e equipamentos, além de uma cadeia de suprimentos e logística integrada.
Montadora ou fabricante?
A operação brasileira seguirá o sistema part by part, mais complexo que o SKD e CKD tradicional, com conteúdo nacional já no primeiro ano, incluindo pintura e componentes nacionais.
Há mais de 110 empresas cadastradas para fornecer componentes, das quais 18 já participam da produção. O objetivo é alcançar 60% de nacionalização em três anos.
A unidade de Iracemápolis conta atualmente com 600 trabalhadores, devendo gerar até o final do ano cerca de 1.000 empregos diretos, e mais de 2.000 no futuro, quando iniciar exportação de veículos para a América Latina.
“O Brasil é estratégico para a GWM. Com esta fábrica, não estamos apenas produzindo carros, mas também gerando empregos de qualidade e desenvolvendo tecnologia e inovação automotiva”, afirmou Mu Feng, CEO global da GWM.
Vale dizer que o mesmo espaço foi inaugurado, em 2016, pela Mercedes-Benz, divisão de automóveis, com uma expectativa de 500 empregos inicialmente.
Porém, a fábrica da Mercedes-Benz encerrou as atividades em dezembro de 2020. A decisão ocorreu devido à crise econômica agravada pela pandemia de COVID-19.
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O investimento total da GWM no Brasil chegará a R$ 10 bilhões em dez anos, sendo R$ 4 bilhões até 2026 para lançamento da marca e reativação da fábrica, e mais R$ 6 bilhões entre 2027 e 2032, visando criação de empregos, nacionalização de peças e desenvolvimento de novos produtos.
Showroom antes da inauguração
Antes da cerimônia, a GWM exibiu veículos da marca e novidades como o primeiro caminhão movido a hidrogênio da GWM, maquete de barco a hidrogênio, e a moto SOUO S2000 GL.
O caminhão marca a nova etapa da GWM em soluções de transporte pesado com emissão zero, desenvolvido pela FTXT, subsidiária responsável por tecnologias de célula a combustível e componentes a hidrogênio.
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