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Prejuízo nas oficinas com manutenção de veículos eletrificados

Aceitar um veículo eletrificado sem experiência não é sinal de coragem ou ousadia, mas sim imprudência.

Nos últimos meses, tenho observado uma cena preocupante no mercado automotivo: veículos híbridos e elétricos já chegam nas oficinas, mas nem todos os profissionais que os recebem estão preparados.

Sem capacitação adequada, sem protocolos de segurança e sem domínio técnico, alguns reparadores se arriscam — e arriscam os clientes — ao aceitar esse tipo de serviço. O resultado? Módulos queimados, baterias comprometidas e prejuízos enormes, tanto para o dono do carro quanto para a oficina.

Tenho relatos de diversos reparadores que são responsabilizados por danificar componentes. Em muitos casos, o prejuízo é tão grande que pode fechar uma oficina inteira, apenas porque aqueles profissionais não estavam devidamente preparados para lidar com veículos eletrificados.

Aceitar um veículo eletrificado sem experiência não é sinal de coragem ou ousadia: é um ato de imprudência. Diferente do carro a combustão, os híbridos e elétricos exigem ferramentas específicas, EPIs adequados e conhecimento profundo em componentes, estrutura, processo e procedimento. Um erro simples pode custar milhares de reais em peças — sem falar no risco à segurança do reparador.

O que está em jogo vai além da oficina individual:

  • Reputação profissional: um serviço mal executado compromete a confiança do cliente.
  • Segurança real: sem protocolos corretos, o risco de choque elétrico ou acidente é grande.
  • Credibilidade do mercado: cada erro cometido sem preparo reforça a desconfiança dos consumidores em relação aos veículos eletrificados.

É importante lembrar que o impacto não se resume à oficina em si. Cada vez que um cliente tem uma experiência negativa com um carro eletrificado, a notícia se espalha e cria resistência em toda a comunidade. Isso significa que, além dos prejuízos financeiros diretos, o setor como um todo perde credibilidade, atrasando a aceitação dessa tecnologia no país. Quem erra não coloca em risco apenas sua própria empresa, mas compromete o crescimento de toda a reparação automotiva.

Não existe atalho. Para atuar nesse mercado, é preciso treinamento especializado. O reparador que investe em formação hoje se posiciona como referência e garante um espaço privilegiado no futuro da reparação automotiva.

Os veículos eletrificados já são uma realidade. A questão é simples: quem se prepara cresce, quem improvisa corre o risco de desaparecer.

 A transição já começou. Cabe a cada profissional decidir de que lado da história quer estar: entre aqueles que se preparam para liderar o futuro da reparação ou entre os que serão deixados para trás.

Flex Company – Formação de Profissionais
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Francisco Almeida
Empresário e Diretor executivo da Flex Company PRÓ VHE (Escola especializada em treinamento de veículos híbridos, elétricos e mercado automotivo).

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