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Raquel Galli – Diretora de Marketing da Filtros Brasil fala sobre como uma empresa nova lidou com as adversidades da pandemia

A Filtros Brasil é uma empresa nova, surgiu em 2006. se especializando em um tipo de produto pouco discutido no mercado, os filtros de cabine. A Revista Reparação Automotiva conversou com Raquel Galli, diretora de marketing da FB, que contou sobre como a empresa lidou com a pandemia e as estratégias para destacar um produto pouco conhecido, mas importante para a saúde dos usuários.

Reparação Automotiva: A Filtros Brasil iniciou as atividades em 2006. É uma empresa nova. Quais as estratégias para se destacar frente as concorrentes com muito mais tempo no mercado?

Raquel Galli: Realmente, a Filtros Brasil é uma das empresas mais jovens do seu segmento e acreditamos que ocasionalmente este se tornou seu grande diferencial frente aos outros competidores. Nossas estratégias e planejamento refletem este espírito jovem, dinâmico e conferem ao mercado toda flexibilidade necessária para operar uma empresa e seus negócios nos dias de hoje. Temos nos movimentado taticamente de forma rápida, temos constantemente colocado investimento em projetos de expansão, lançamentos e mantendo a competitiva oxigenada.

Para isso, três pontos importantes de sustentação dos nossos projetos e planejamento são sempre respeitados: a seriedade danossa política comercial, que se mantem desde o início focada na distribuição, ponto importante na nossa avaliação e na do mercado, nosso compromisso com padrão de qualidade de excelência e com tudo isso manter competitividade dos nossos produtos.

RA: No início a empresa investiu forte na produção dos filtros de cabine, um item quase que desconhecido, na época. Como é o trabalho de mostrar para os proprietários de automóveis e reparadores a necessidade de substituir estes itens?

RG: Este não é um caminho fácil, estamos no começo desta cadeia de comercialização e chegar com informações importantes até o consumidor final é uma tarefa que requer boas estratégias e muita determinação no planejamento traçado. No entanto, termos iniciado com foco somente em filtros de cabine, um portfólio mal trabalhado e explorado no mercado brasileiro, nos deu espaço para a especialização e para aprofundarmos neste tema.

Por este motivo, conscientizar todos da cadeia e compartilhar tudo o que adquirimos de conhecimento, se tornou objetivo de negócio da Filtros Brasil.

Sabendo que não seria fácil reeducar a população como um todo a respeito deste consumo, porque de forma geral as pessoas também não gostam de ter despesas com seus automóveis, entendemos que tínhamos uma mensagem genuína a respeito do filtro de cabine e seu consumo, pois ele é o único item de revisão veicular que reflete diretamente na saúde dos ocupantes de veículos, e para conscientizar e passar esta mensagem criamos bons programas de treinamento para a distribuição e reparação.

Preparamos todos para quase serem porta-vozes da Filtros Brasil e munimos eles de muito conteúdo rico para que, juntos alcancemos o maior número de pessoas possível. Mensalmente criamos conteúdos que são compartilhados em todos os nossos canais para que mais informações relevantes cheguem aos consumidores finais.

O crescente aumento de vendas e consumo do filtro de cabine ano após ano, prova que este trabalho vem surtindo efeito esperado. 

RA: Com apenas três anos no marcado foi feita a reformulação da identidade visual. Como vocês identificaram esta necessidade?

RG: Neste ponto a Filtros Brasil já estava com o projeto de expansão de portfólio que ampliaria o escopo de fornecimento de filtros de cabine para o fornecimento completo das linhas de filtros automotivos. Pronto para ser apresentado ao mercado, sentíamos que a marca precisava acompanhar e refletir melhor esta fase. Fizemos um estudo completo de branding e descobrimos uma oportunidade para transformar nossa identidade de forma positiva e definimos que as mudanças trariam visualmente este alinhamento da nova linha de atuação da Filtros Brasil no mercado. Deu muito certo, tivemos um altíssimo nível de aceitação dos nossos clientes e parceiros. A nova identidade visual dos produtos uniu melhor nosso portfólio, revitalizou e melhorou a comunicação das informações dos nossos produtos.

RA: Nos dias de hoje a Filtros Brasil fornece todos os tipos de filtros no segmento de reposição. Como é feito o desenvolvimento destes produtos? 

RG: Desde o inicio, 100% dos nossos desenvolvimentos são feitos internamente. Temos uma equipe de engenharia de produtos completa e extremamente especializada no segmento de filtros automotivos. Trabalhamos de forma ágil em pesquisas e estamos sempre ligados nas oportunidades de mercado. Por este motivo até hoje nos mantemos com portfólio de filtros de cabine mais completo do mercado brasileiro e estamos conseguindo avançar rapidamente no desenvolvimento das novas linhas de produtos. As metas estão bastante arrojadas em 2021 e pretendemos fechar o ano com mais de 400 novos produtos lançados. Certamente o portfólio que mais crescerá no mercado brasileiro nos próximos anos, o mercado pode aguardar grandes novidades.

RA: No ano passado, por causa da pandemia, as empresas foram obrigadas a adotar novas medidas de comercialização e atendimento. Quais foram as estratégias utilizadas pela Filtros Brasil para superar esta adversidade?

RG: O ano de 2020 foi muito desafiador, não só para a Filtros Brasil, mas para o mercado como um todo. O que fizemos de diferente foi utilizar todo o conhecimento adquirido ao longo destes anos desenvolvendo meios filtrantes para filtros automotivos e desenvolver projetos para segmentos relacionados a pandemia que estavam precisando de novas soluções. Lançamos em tempo recorde uma nova solução para máscaras de proteção, a Airmask e lançamos também o Filtr.ar, filtro antiviral para ar-condicionado doméstico e corporativo e no final de 2020 concluímos um dos projetos mais importantes na história da FB, o filtro de cabine antiviral BIOMAX, certamente um produto que mudará a história desta linha no Brasil. Desta forma, pudemos manter 100% da nossa equipe operacional, suporte e administrativa ativa, não fizemos se quer uma demissão, pelo contrário, fizemos muitas contratações durante todo o ano. Foi motivo de orgulho para todos poder gerar novos empregos em uma fase tão turbulenta.

RA: Mesmo com a pandemia que forçou a população a seguir procedimentos de quarentena, a empresa conseguiu atingir as metas traçadas?

RG: Sim, conseguimos manter nossos números bem próximos, vezes até acima ao planejamento. Desde o início seguimos rigorosamente as orientações do governo e isso possibilitou mantermos de forma segura nossas rotinas. Não tivemos nenhum caso de contágio coletivo internamente, apenas casos de colaboradores que se contagiaram fora do ambiente da empresa, com as medidas que tomamos, conseguimos conter as chances de contaminação cruzada. Nosso administrativo foi reorganizado para trabalho home office e nos adaptamos bem a esta modalidade.

Vale ressaltar que todos os projetos desenvolvidos e lançados durante o período mais crítico da pandemia, também permitiram mais investimentos na nossa estrutura já existente, posso citar como exemplo os investimentos feitos no aumento dos níveis de estoques. Por esse motivo tivemos condições de atender as demandas que apareceram de forma desordenada e não planejada, fruto da situação de mercado que enfrentávamos.

Corresponder prontamente as oportunidades e a demandas não planejadas, foi desafiador, mas aprendemos muito com tudo isso…

RA: Como é o relacionamento da Filtros Brasil com os reparadores independentes? A empresa mantém ações de treinamento e relacionamento com estes profissionais?

RG: Sim, temos programas de treinamento e pretendemos aumentar bastante este relacionamento com o publico que mais tem influência sobre nosso produto e marca. Esta é uma troca de extrema importância para o nosso segmento, a reparação tem muito a nos ensinar, assim como entendemos que podemos e devemos dar mais suporte a eles.

RA: A pandemia atrapalhou este processo de relacionamento com os reparadores?

RG: Certamente, como o contato direto foi reduzido pela pandemia e para segurança de todos, passamos a nos relacionar menos com a reparação. Nossos meios de comunicação utilizados se mantiveram ativos todo o tempo, mas neste caso sabemos que a troca que fazemos no dia a dia e contato pessoal com o mercado ainda é insubstituível.

RA: Quantos lançamentos estão previstos para este ano? A programação de lançamentos está sendo atingida?

RG: Este ano temos uma meta bem audaciosa nesta área e mesmo com as dificuldades estamos mantendo o planejamento e pretendemos chegar nos objetivos.

Com o projeto do filtro de cabine ANTIVIRAL BIOMAX pretendemos colocar no mercado até o ano de 2022 100% do portfólio de cabine que já é solicitado pelo mercado e tudo isso com estoques disponíveis para faturamento em até 48h.

RA: Quais as lições que este período pandêmico deixou?

RG: Muitas, são tantas que fica até difícil de listar. Mas creio que a maior delas é que o comodismo e zona de conforto não possuem mais lugar em qualquer tipo de negócio. As mudanças causadas por novas alternativas e tecnologias já vinham acontecendo de forma acelerada e se somarmos tudo isso a situações como a pandemia que não estão nosso poder e que acontecem sem que consigamos prever, mostrou que temos que estar preparados para olhar diferente, fazer diferente e nos tornarmos empresas mais flexíveis, menos burocráticas e geradora de novas soluções de forma rápida, prática e eficiente SERÁ UMA OBRIGAÇÃO.

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