Princípio de funcionamento – Transmissão Toyota DCVT (Direct Shift CVT)
A fabricante de veículos Toyota é conhecida pela excelência de seus produtos e por estar na vanguarda da industria automobilistica. Seus técnicos e engenheiros sempre foram pioneiros em muitas tecnologias inovativas. Entre elas, a transmissão de engates diretos CVT (DCVT).
A transmissão CVT, ou transmissão continuamente variável, não é uma ideia nova, e muitos fabricantes de veículos utilizam esta tecnologia ao invés de uma transmissão automática convencional. Esta evolução veio do desejo de criar carros mais eficientes. Uma transmissão CVT normal utiliza polias e uma correia metálica ao invés de engrenagens fixas para conectar a transmissão às rodas, mas a transmissão possui menos peças móveis, e permite que o motor funcione em sua faixa mais eficiente de trabalho.
A desvantagem de uma transmissão CVT é que ela passa ao motorista a sensação de patinar e demora em desenvolver velocidade, visto que não existem engrenagens fixas. Embora seja mais eficientes em matéria de consumo e limitação de emissões, elas são frequentemente menos responsivas ao iniciar o movimento de um veículo a partir da parada completa, e nas ultrapassagens em baixa velocidade, nem sempre são excitantes ao condutor.
Uma grande porcentagem de motoristas também sente falta da sensação da troca de marchas através das engrenagens. Uma reação normal do CVT é sempre tentar manter a rotação do motor dentro de maior eficiencia ao invés do desempenho.
Ao pressionar o pedal do acelerador totalmente, o motor parece girar descoordenadamente com a aceleração atual do carro. Isto acontece porque a transmissão CVT trabalha para o motor funcionar no torque máximo e mante-lo mais eficiente.A Toyota prestou atenção às reclamações dos clientes acerca das transmissões CVT convencionais e fez algumas mudanças inteligentes em sua transmissão CVT de engate direto.
O sistema inteligente utiliza um conjunto de engrenagens para dar ao motorista a sensação de uma transmissão manual convencional, e ao mesmo tempo executa a função de uma transmissão CVT super eficiente quando das relações de baixa velocidade.Este novo conjunto de engrenagens é exatamente como uma primeira marcha de um câmbio mecânico; à medida que o veiculo começa a desenvolver velocidade, ela é desconectada e começa a trabalhar como uma transmissão CVT normal. Utilizando esta relação fixa de engrenagens, esta nova transmissão melhora em muito a eficiência da correia metálica e ajuda a aumentar a relação de mudanças em velocidade, que resulta em um desempenho muito melhor.
As peças móveis dentro da nova transmissão Toyota DCVT tem muito menos desgaste devido à presença deste conjunto de engrenagens que suporta altas cargas no eixo de entrada, até que o veículo alcance maiores velocidades. Como resultado destas melhorias, a transmissão DCVT Toyota pode utilizar uma correia metálica com um menor ângulo de contato, aumentando a superfície de atrito entre a correia e as polias do CVT, passando dos 11 graus anteriores para 9 graus atuais. Esta modificação aparentemente mínima, aumenta a velocidade entre marchas ao redor de 20 por cento. Também devido à estas modificações, o novo sistema utiliza um conjunto de polias mais compacto.
Desde que o conjunto de engrenagens reduz muito a carga de trabalho das polias e da correia metálica, um conjunto de polias menor ajuda a melhorar a resposta das mudanças de marcha. Por sua vez, a redução da inercia ajuda a tornar as mudanças de marchas mais responsivas. Por causa destas mudanças, a aceleração é muito mais potente e muito mais rítmica que outras transmissões convencionais. Este projeto excitante e inovador ajuda a tornar os veículos Toyota mais eficientes e muito mais divertidos de dirigir. Esta transmissão foi lançada no Corolla ano/modelo 2019 nos Estados Unidos, que foi equipado com o novo motor de 2 litros Dynamic de 4 cilindros.
SISTEMA DE ENGATE DIRETO TOYOTA DCVT
Saida do veículo até 60 km/h, dependendo da aceleração. O módulo engata o garfo, acoplando o conjunto de entrada até a velocidade máxima de 60 km/h, dependendo do pedal do acelerador. Isto possibilita uma ótima aceleração, bem diferente dos CVTs convencionais. As embreagens permanecem desaplicadas.
Ao aumentar a aceleração, o módulo da transmissão desacopla o garfo do conjunto das engrenagens e acopla as duas embreagens para que a tração passe a ser exercida pelas polias e pela correia metálica. Isto gera uma transição suave para o circuito CVT e alivia o trabalho do conjunto, aumentando a vida útil da transmissão e sua eficiência.
Acesse nossa banca e leia as edições anteriores da Revista Reparação Automotiva
Leia mais matérias técnicas da Revista Reparação Automotiva
Veja as notícias sobre híbridos e elétricos
Baixe os catálogos dos fabricantes que apoiam a Revista Reparação Automotiva