A ZF nacionaliza a geração 7.5 do componente de segurança ACU – Airbag Control Units (Unidades de Controle de Airbag), a mais moderna e que oferece o maior número de benefícios para a segurança passiva de carros de passeio de todas as classes, desde os mais básicos até os top de linha. A unidade de Limeira iniciou a produção dessa geração apenas seis meses após o lançamento global realizado na Ásia. Com isso, a ZF oferece esse componente ao mercado brasileiro com o mesmo nível tecnológico de outras regiões ao redor do mundo.
De acordo com Gustavo Ducatti, Diretor de Engenharia e Operações de Segurança Passiva e Eletrônicos da ZF América do Sul, a ZF foi a primeira empresa a oferecer a tecnologia ao mercado, a partir de 2013, e desde então continua a ser a única empresa no País a produzir esse e outros componentes eletrônicos de segurança. Um ano depois do início da produção pela ZF, a legislação que exige ACU para carros de passeio passou a vigorar no Brasil. “Iniciamos a produção do ACU no Brasil na versão GEN1.8BRIC e GEN6.5 e em curto espaço de tempo já lançamos a GEN7.5, o que significa que ofertamos a mais recente tecnologia global da ZF também para a nossa região. A produção da nova geração de ACU traz grandes benefícios de segurança para os usuários de veículos, pois foi planejada para atender requisitos de segurança cada vez mais avançados”, afirma.
A modularidade aplicada à linha de eletrônicos da ZF permite atender localmente e com flexibilidade as demandas de mercado. Além de ACU, a unidade de Limeira também produz Unidades de Controle Eletrônico para ABS (Anti lock Braking System), EPS (Electric Power Steering) e EPP (Electric Power Pack). A operação foi projetada também para atender demandas por ESC (Electronic Stability Control), tecnologia para a qual há projetos contratados em fase de homologação, cuja produção seriada começará em 2023.
“Com todos esses componentes disponibilizados ao mercado, a ZF é uma das fornecedoras do setor automotivo com o mais completo portfólio de segurança automotiva do País, à frente de todos os seus competidores”, afirma Ducatti.
ACU da ZF tem inteligência e foi desenvolvida para veículos de alto desempenho
De acordo com Plínio Casante, Gerente Sênior de Engenharia e Operações da Unidade de Eletrônicos na ZF América do Sul, as principais inovações trazidas na geração 7.5 de ACU estão em sua maior capacidade de acionamento de airbags e pré-tensionadores (12 para 24), maior quantidade de sensores externos (4 para 10), de sensores inerciais e de capotamento integrados, com redundância através de algoritmo e cibersegurança. Além disso, conta com dois canais independentes de comunicação com o protocolo CAN FD, que tem velocidade até cinco vezes maior do que o CAN clássico e preparação para integração com direção autônoma nível 1 e 2. Tudo isso processado por um microcontrolador multicore de última geração.
A ACU funciona como o cérebro dos airbags, pois é o componente responsável por comandar em que momento eles serão acionados. Entre as vantagens da geração 7.5 de ACU, estão o tamanho miniaturizado, uma tendência utilizada em veículos mais avançados. Além disso, há maior número de canais de acionamento de cargas pirotécnicas, uma solução que aumenta as regiões de proteção de todos os ocupantes do veículo. Outro benefício está na maior capacidade de leitura de sensores remotos de aceleração e de pressão, que garantem melhor performance de detecção de acidentes.
Por fim, a ACU da ZF está preparada para implementação de Cyber Security (segurança cibernética), atualmente uma forte demanda das montadoras, que já trabalham sobre projetos de veículos dotados de infraestrutura tecnológica baseada em inteligência artificial e conexão por nuvem.
A ACU feita no Brasil pela ZF atua em conjunto com os cintos de segurança, que são equipados com pré-tensionadores acionados pela unidade poucos instantes antes da abertura do airbag. A solução remove eventuais folgas no cadarço e permite que ele atue de forma adequada. “Uma vez que o acidente é inevitável, o papel da ACU é realizar a detecção do acidente por meio da leitura contínua dos sensores internos e externos, que são processados com um algoritmo complexo, o qual toma a decisão de acionar os pré-tensionadores e as bolsas de airbag, a fim de minimizar os danos ao motorista e ocupantes”, explica Casante.
Em seguida, a ACU envia um sinal de acidente detectado através da rede CAN e/ou através de um canal de comunicação específico, para que os demais módulos possam realizar funções como abertura das travas elétricas para facilitar o resgate, desligamento da bomba de combustível e, em alguns casos, acionamento de pedido de socorro pelo sistema de concierge, serviço de assistência pessoal que já existe em alguns carros no Brasil.
A ACU também é equipada com um sistema de reserva de energia que tem a capacidade de realizar todo o ciclo de acionamento e gravação de dados de forma autônoma, caso o acidente tenha provocado o corte da alimentação da bateria. Além disso, a ACU funciona como uma “caixa preta” do veículo, ao registrar as condições do veículo desde o pré-acidente, como velocidade, percentual de acionamento dos pedais de freio e acelerador, acionamento do ABS/ESC, perfil das desacelerações, ocorrência de capotamento, registrando o momento correto da ativação do sistema até o ciclo completo de acionamentos das bolsas, formando um verdadeiro histórico sobre a utilização do sistema.
Sistema de autodiagnóstico completo
De acordo com Casante, a nova geração de ACU possui um sistema completo de autodiagnóstico contínuo de funcionamento e dispositivos periféricos. “Em caso de detecção de avaria, imediatamente é acesa a luz do painel de controle que alerta o condutor a buscar por assistência, de forma a garantir o perfeito funcionamento do sistema”, explica.
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