As mulheres estão presentes nas oficinas reparadoras, fabricantes e no comando de empresas que atuam no setor automotivo
No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data foi escolhida depois de 8 março de 1917, quando um grupo de mulheres realizou uma manifestação em Petrogrado (atual São Petersburgo), na Rússia. Elas pediam melhores condições de vida, trabalho e a retirada do país da Primeira Guerra Mundial. E essas mulheres ganharam espaço no setor automotivo, a escalada foi lenta, porém, nos dias de hoje eles atuam desde a oficina reparadora, não só em cargos administrativos, mas também no chão da oficina mecânica.
A Kovi, uma startup de mobilidade, a qual oferece planos de carros por assinatura, tem como missão tornar o acesso ao carro mais inclusivo, flexível e simples. Ela mantém uma Escola técnica, onde as pessoas podem realizar o curso de forma remunerada, com pagamento de Bolsa Auxílio e outros benefícios. A Escola Kovi já formou 237 alunos, entre eles 34 são mulheres e, atualmente conta com três turmas em andamento, duas de mecânica e uma em funilaria.
A escola da startup auxilia mulheres como a Flávia Cabral, moradora da Zona Sul de São Paulo. Ela conheceu a escola através do seu marido, que recebeu proposta para trabalhar na Kovi em um período completamente conturbado, se recuperando de problemas de saúde e das graves sequelas da COVID-19. “Posso dizer que tive uma vida antes e uma vida depois da Kovi. Estava com a minha família morando no sul do Brasil, me recuperando dos 12 dias que passei internada com coronavírus quando meu marido recebeu a notícia. Mas não hesitamos, voltamos para São Paulo, para que ele pudesse iniciar o trabalho. Fiz tratamento para melhorar as sequelas e neste mesmo período surgiu a oportunidade de ingressar na Escola Kovi no curso de funilaria. A partir daí, vi a minha autoestima voltar e agora eu tenho mais tempo para aproveitar a minha vida, minha família e posso investir na minha educação”, afirma ela.

Indústria automotiva quer mulheres para trabalhar
Um dos maiores conglomerados produtores de automóveis do mundo, o Grupo Stellantis, que é formado por marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën, entre outras, tem na América do Sul, um de seus principais mercados e a presença feminina na composição da força de trabalho é crescente. Segundo os dirigentes, ela exerce papel fundamental para que os objetivos do grupo sejam atingidos. A empresa já assumiu o compromisso de chegar a 30% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2025. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, destaca que, em 2022, mais de 40% das contratações nas fábricas da região, inclusive as do Brasil, foram de mulheres. A proposta é aumentar este número para 50% neste ano de 2023, fazendo com que as admissões tenham igual número entre gêneros.
Um dos exemplos da força feminina na Stellantis é a engenheira Erika Santos, responsável globalmente pela gestão de indicadores e melhoria de processos em estampagem e injeção. Ela tem interface com 40 fábricas em todo o mundo e sua função é contribuir para que as unidades de estampagem e injeção melhorem os processos, compartilhando melhores práticas e resultados.

Já a ICONIC, gestora das marcas Ipiranga Lubrificantes e Texaco Lubrificantes, lançou no Dia Internacional da Mulher um banco de dados exclusivamente para receber currículos de mulheres que tem interesse em trabalhar na área de Operações da companhia. Isso ocorre porque a empresa busca diferentes perfis para potenciais vagas futuras. É necessário ter ensino médio completo e Curso de Operadora de Empilhadeira com CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria B para cargos de operadora (de empilhadeira ou produção).
Para concorrer à posição de supervisora, a ICONIC solicita ensino superior completo nas áreas de engenharia ou administração. Nos dois casos, é essencial que todas tenham interesse em trabalhar na área de produção de lubrificantes, aditivos e graxas. As profissionais poderão acessar o site da ICONIC e cadastrar seus CVs.
Empreendedorismo feminino no mercado de reposição
No ano 2000, em uma pequena sala dentro de uma retífica de motores na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo, o espírito empreendedor da então microempresária Fátima Soares fez com que ela fundasse a distribuidora GOOP. Na época da inauguração, a empreendedora enxergou a possibilidade de oferecer peças que não estavam disponíveis no mercado automotivo brasileiro. “Iniciei no mercado de reparação automotiva quando tinha 21 anos, em uma retífica de motores, onde trabalhei por 11 anos. Em 2000, comecei a atuar com a distribuição de peças para carros importados, que tinham acabado de entrar no Brasil (até 1996 as únicas fábricas presentes no nosso mercado eram FIAT, FORD, GM e VW). Era um nicho de mercado com muito potencial e que as empresas ainda não trabalhavam. Os desafios eram os mesmos de qualquer empreendedor”, explica Fátima.

Anos mais tarde, com o crescimento do mercado, a empresa foi reformulada e reestruturada, assim, passa a distribuir a marca TAKAO, que é hoje a 2ª mais consumida no mercado de reparação automotiva do Brasil. É a única que atende a todos os componentes internos do motor, com mais de 23 mil itens e portfólio, os quais são utilizados em 95% dos motores nacionais e importados, de veículos da linha leve, picapes e vans.
Estes são poucos exemplos da presença da mulher no setor automotivo. Em todas as partes do mundo há outras mulheres que estão na engenharia, administração, planejamento, direção, presidência de indústrias automotivas, as quais merecem homenagem e muito respeito.
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