No País há cerca de 790 mil máquinas agrícolas que necessitam de peças para reposição e manutenções periódicas.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 2,9% em 2022, na comparação com 2021. Esse desempenho poderia ter sido melhor, mas não foi, e parte disso se deve ao desempenho do setor do agronegócios. Segundo dados divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o agronegócios caiu 4,22% em 2022, que para os pesquisadores teve como principal razão o cenário de baixa e forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto na agroindústria, sendo que a participação do setor no total alcançou 24,8% do PIB em 2022, abaixo dos 26,6% registrados em 2021.
Independente a isso, no Brasil temos aproximadamente 790 mil máquinas agrícolas em atividade, de várias potências e entre elas as colheitadeiras. Esse número não inclui maquinas de construção como retroescavadeiras ou rolos compressores e outros equipamentos normalmente utilizados em pavimentação.
No mercado de máquinas agrícolas, os resultados até aqui estão positivos, também em comparação com mesmo período do ano anterior. Foram comercializadas 23,8 mil máquinas até maio e a tendência é atingirmos o volume de 60 mil unidades até o final do ano. O programa Moderfrota do BNDES, que tem foco na linha agrícola, oferece ajuda no financiamento de máquinas e implementos, e será mantido forte, pelo menos até 30 de junho deste ano. Sobre um assunto que pouco se comenta no segmento da reposição automotiva, mas de relevante importância, diz respeito ao tamanho do mercado de peças para tratores e máquinas industriais de construção.
Custos de manutenção e peças de máquinas agrícolas e tratores de esteira
Os custos de manutenção de tratores e máquinas industriais varia muito dependendo de potência e tipo. Basicamente os cuidados rotineiros envolvem o sistema de arrefecimento, lubrificação completa da máquina, manter níveis adequados de óleo de motor e transmissão, além de drenar filtros de combustível e sedimentador. Embora a Conab – Cooperativa Nacional do Abastecimento – estime que um trator agrícola tenha uma vida média de 15.000 horas, ou próximo de 10 anos, na realidade do Brasil, onde a expressiva maioria da área agrícola está dividida em propriedades de pequena extensão, os tratores existentes nas mesmas chegam a durar até 30 anos.
Estudos mostram que o valor da substituição de uma máquina nova, é inviável para a maioria dos pequenos agricultores, que preferem investir na manutenção e prolongamento do sucateamento da atual, por mais que o custo/benefício dessa decisão seja desfavorável para eles.
Abaixo está uma tabela com valores aproximados de manutenção de uma máquina agrícola de médio porte:
Os resultados de produção e venda para o mercado interno até maio dos veículos da linha pesada, apresentam uma evolução de 3,6% em comparação com mesmo período do ano anterior. Para caminhões, as expectativas eram melhores, com o setor esperando um desempenho superior em decorrência do início da comercialização de veículos com a tecnologia Euro 5, mas a resposta ainda não ocorreu como se esperava.
Por ora, as tendências são ainda positivas, não só pela expectativa no desempenho do agronegócio, mas pelo aceno do governo federal em priorizar ações que estimulem a modernização da frota de caminhões.
Já no segmento de ônibus há claro sinal de crescimento, embora em ritmo lento. As razões que explicam esse fluxo positivo são a necessidade de incremento da frota de ônibus escolares e mais unidades também para atender a retomada do turismo.
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