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Chevrolet Montana recebe elogios do reparador

Apesar de ser totalmente nova, a Chevrolet Montana não apresenta grandes segredos, porém como todos os novos veículos, diagnóstico depende de equipamentos específicos

Por Alexandre Akashi

A picape Chevrolet Montana mudou. Tanto por fora, quanto por dentro. Agora está maior, mais espaçosa, com maior capacidade de carga e também com um novo motor 1.2 turbo de 3 cilindros. Levamos o carro para o Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe para uma avaliação de reparabilidade com o engenheiro Sergio Torigoe, proprietário da oficina.

A primeira observação do reparador, após inspecionar cofre do motor, freios, suspensão, componentes de direção, além do sistema de diagnóstico, foi em relação à necessidade de investir em conectores apropriados para essa nova geração de veículos. “Passamos o scanner para ver o que era possível fazer, e só conseguimos leitura de alguns parâmetros do motor, e apenas do motor. Nem câmbio conseguimos fazer diagnóstico”, comenta Torigoe.

Apesar disso, o engenheiro elogia a forma como o veículo foi construído. “O motor é bem posicionado, o câmbio também, e a reparabilidade dele é tranquila, com bom acesso a filtros de óleo, ar, motor de partida, correias”, avalia ele.

Torigoe comenta que a direção conta com assistência elétrica, sendo que o motor é posicionado na parte interna da cabine, e os componentes mecânicos da caixa na parte externa.

Já o sistema de suspensão é normal, com McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, com molas e amortecedores nos dois lados. Torigoe chama atenção para o sistema de freio a tambor na traseira, que apesar de ser obsoleto é um sistema que funciona bem, quando reparado de forma correta. Já a dianteira os freios são a disco ventilados.

O engenheiro elogia também o sistema de coxins do motor da nova Montana. “Me surpreendi porque os coxins absorvem bem a vibração do motor e o nível de ruído não parece de um motor 3 cilindros, principalmente em relação ao de outros modelos. O carro é bem silencioso”, afirma Torigoe.

Nova Chevrolet Montana com motor e cabeçote de alumínio

O motor da nova Montana integra a nova família CSS Prime, batizado de Ecotec no Brasil. Trata-se do mesmo motor utilizado no SUV Tracker, na versão topo de linha. É, portanto, o Ecotec 1.2 Flex Turbo, com bloco de alumínio, cabeçote com duplo comando variável de válvulas, coletor de escape integrado, bomba de óleo de duplo estágio de pressão variável, volante do motor de dupla massa suspensa (para absorver de forma mais eficiente as vibrações provenientes do motor para a transmissão).

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Apresenta correia dentada imersa em óleo, que segundo a GM é livre de manutenção até 240 mil quilômetros. Há ainda a otimização do virabrequim para que os pistões fiquem deslocados do centro dos cilindros para menor atrito da movimentação dos pistões.

Com tudo isso, o Ecotec 1.2 Turbo gera 133/132 cv de potência máxima a 5500 rpm (etanol/gasolina), e torque máximo de 21,4 kgfm/19,4 kgfm a 2000 rpm (e/g). Segundo a Chevrolet, apresenta consumo urbano de 7,7 km/l no etanol e 11,1 km/l na gasolina, e rodoviário de 9,3 km/l (E) e 13,3 km/l (G).

Dotado de um sistema avançado de gerenciamento eletrônico, Torigoe comenta que o grande desafio desse novo motor, assim como os novos motores das demais montadoras, é fazer a parte mecânica dos componentes internos, como a troca de anéis, pistões, cabeçote, entre outros.

Para Torigoe, as retificas de motores precisam estar preparadas para trabalhar com esse tipo de motor, uma vez que vieram para ficar. “As folgas são bem justas, e acredito que teremos muitos problemas com metrologia, tanto que nos casos que pegamos até hoje, de motores similares, optamos por trocar o cabeçote ou o motor parcial, para não ter dor de cabeça”, afirma o engenheiro.

Nova Chevrolet Montana exige atenção ao trocar o óleo

Torigoe ressalta que é necessário ter atenção ao reparar a nova Montana. “O reparador deve ficar atento à troca de óleo desse motor, uma vez que a correia é banhada a óleo, tal como nos Ecotec 1.0 Turbo, que equipa o Ônix. Deve-se trabalhar com o óleo especificado pelo fabricante (Dexos 1, SAE 5W30), pois do contrário é problema certo. Já pegamos alguns casos que com 60.000 km que a correia foi toda danificada”.

Uma observação que o reparador faz é a localização do módulo de aquecimento dos bicos injetores, bem na frente do veículo, atrás da trava do capô. “Qualquer colisão frontal pode danificar o componente, assim como um descuido na reparação do veículo, por isso é preciso ficar atento”, alerta Torigoe.

Ficha Técnica

Chevrolet Montana 1.2 Turbo Flex

MOTOR

Código do motor: CSS Prime – Ecotec 1.2 Turbo Flex

Combustível: Etanol / Gasolina

Número de cilindros: 3 em linha

Válvulas por cilindro: 4

Tipo de injeção: multiponto (indireta)

Variação do comando: admissão e escape

Sequência de ignição: 1–2–3

Diâmetro do cilindro: 75 mm

Curso do cilindro: 90,50 mm

Cilindrada: 1199 cm³

Marcha lenta: 900 rpm +/- 50 (AT)

Taxa de compressão 10.5 : 1

Potência máxima: 132 cv  a 5500 rpm (gasolina) 133 cv a 5500 rpm (etanol)

Torque máximo: 190 Nm a 2000 rpm (gasolina) 210 Nm a 2000 rpm (álcool)

Rotação máxima permitida (gerenciamento do motor): transmissão automática: 6000 rpm (Em Park / Neutral 3400 rpm)

TRANSMISSÃO:

Tração: dianteira

Código da transmissão: GF6

Câmbio: automático, 6 marchas

Acoplamento: conversor de torque

Relação:

1ª marcha – 4,45 : 1

2ª marcha – 2,91 : 1

3ª marcha – 1,89 : 1

4ª marcha – 1,45 : 1

5ª marcha – 1,00 : 1

6ª marcha – 0,74 : 1

Marcha à ré – 2,87 : 1

Relação de transmissão do diferencial – 3,47 : 1

SISTEMA ELÉTRICO

Bateria 12V 60 Ah SLI

Alternador 100 A

Folga do eletrodo – velas 0,6 – 0,7 mm

SUSPENSÃO

Dianteira: independente, tipo McPherson

Traseira: eixo de torção

Elemento elástico: mola helicoidal, com amortecedores hidráulicos (dianteira e traseira)

FREIOS

Dianteiro: disco ventilado com pinça flutuante

Traseiro: tambor

DIREÇÃO

Assistência: elétrica

Cambagem: Frente -0,4° +/- 0,8°  – Traseiro -0,9° +/- 1,0°

Cáster: Frente 5,0° +/- 1,5°

Convergência: Frente 0,36° +/- 0,2° – Traseiro 0,3° +/- 0,4°

Diâmetro do círculo de giro: 11,5 m

RODAS / PNEUS

Rodas: 17 x 7 J

Pneus: 215/55 R17 94V

Pneu reserva de uso temporário: Roda 16 x 7 J com pneu 215/60 R16 95V

Pressão dos pneus

Pneus Leve/ Conforto: Dianteiros – 30 psi (210 kPa) – Traseiros – 30 psi (210 kPa)

Eco/ Padrão: Dianteiros – 35 psi (240 kPa) – Traseiros -35 psi (240 kPa)

Máx/ Carregado: Dianteiros – 35 psi (240 kPa) – Traseiros -39 psi (270 kPa)

Pneu reserva de uso temporário 215/60R16 95V: 39 psi (270 kPa)

DIMENSÕES

Altura: 1659 mm

Largura: 1798 mm

Largura entre espelho retrovisores: 2.097 mm

Comprimento: 4717 mm

Distância entre eixos: 2800 mm

Bitola: Dianteiros ‐ 1547 mm ‐ Traseiros ‐ 1552 mm

Distância até o solo: 169 mm

Altura da caçamba: 587 mm

Largura da caçamba: 1273 mm

Comprimento da caçamba: 1170 mm

Largura da caçamba (entre arcos das rodas): 1008 mm

Capacidade de carga da caçamba de carga: 874 litros

Carga útil: 600 kg

Peso: 1310 kg

CAPACIDADES DE FLUIDOS E LUBRIFICANTES

Óleo de motor (incluindo substituição de filtro): 4.00 L

Transmissão automática: 8.1 L

Sistema de resfriamento (com transmissão automática): 5.4 L

Sistema de freios (com transmissão automática): 0.57 L

Reservatório do líquido do lavador: 2.5 L

Tanque de combustível: 44 L

Refrigerante do ar condicionado: 480 G

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