Para 2024 estima-se serão comercializadas 150 mil unidades de veículos EV no país, quando devermos atingir uma frota circulante de híbridos e elétricos puros de 285 mil unidades, emplacados desde 2012
Atualmente, no mundo, circulam perto de 42 milhões de veículos eletrificados, híbridos ou elétrico puro. E esse número cresce em escala geométrica. Em 2020, ou seja, há 3 anos atrás apenas, o número da frota mundial era de 10 milhões, o que demonstra uma evolução de 420% em curto espaço de tempo. Mas esse crescimento não acontece em todos os países com a mesma intensidade, já que vários fatores influenciam diretamente nessa ocorrência, o que ajuda a explicar por que a frota de elétricos em alguns países europeus já atinge quase 80% do total circulante, enquanto no Brasil ainda estamos com menos de 1%.
Por: Sérgio Duque
Embora a perspectiva de crescimento por aqui seja otimista, como demonstram as estatísticas de emplacamento, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Alguns comentaristas conjunturais do setor da mobilidade automotiva alegam haver até uma certa pressão das montadoras locais pela extensão no ciclo de vida dos motores à combustão, como forma de prolongar o tempo de aplicação e uso desse tipo de propulsão motora em mercados mais modestos como América Latina, África e parte da Ásia. Isso explicaria a decisão, por exemplo da Volkswagen, em investir R$ 345 bilhões em desenvolvimento de motores à combustão no Brasil, notícia divulgada agora em junho, com alegação que a empresa entende que os carros elétricos não representam demanda expressiva agora nem em curto espaço por aqui, e que os motores híbridos flex continuarão a reinar por muitos mais anos na preferência nacional.
Nesse cenário futuro estima-se que a presença de veículos elétricos circulando por aqui (em especial os híbridos) seja com crescimento gradativo, mas não exponencial. Até porque, mesmo que houver uma imposição mais rigorosa e severa na legislação ambiental, as montadoras pedirão um certo tempo para atender. E ainda há a questão de convencer os consumidores brasileiros. No final de 2023 registrou-se uma retração acentuada dos consumidores norte-americanos por veículos eletrificados, enquanto no Brasil foram vendidas quase 94 mil unidades, de todos os modelos e tipos de tecnologia, segundo estatísticas divulgadas pela ABVE Associação Brasileira do Veículo Elétrico, impulsionada pelos veículos plug-in que representaram quase 70% do total comercializado. Para 2024 estima-se serão comercializadas 150 mil unidades de veículos EV no país, quando devermos atingir uma frota circulante de híbridos e elétricos puros de 285 mil unidades, emplacados desde 2012.
Fonte: Dados estatísticas ABVE – quadro até maio 2024
O geomarketing da eletromobilidade Há uma concentração dos emplacamentos de veículos eletrificados no Sudeste, puxada pelo Estado de São Paulo, acompanhado de Rio de Janeiro e Minas Gerais. São Paulo segue na liderança dos emplacamentos no primeiro trimestre (12.143 veículos), com 33,6% das vendas de eletrificados no país, seguindo pelo Distrito Federal, com 8,23% (2.972), e Rio de Janeiro, com 7,5% (2.717). Os três estados líderes são responsáveis por praticamente 50% de todos os emplacamentos realizados no país.
As cidades que mais emplacaram veículos eletrificados entre janeiro e maio foram:
MODELOS E MONTADORAS
A BYD e GWM seguem na liderança do mercado de leves eletrificados no país. Em maio, a BYD foi responsável por 38,6% dos emplacamentos (5.254), enquanto a GWM ficou com 14,5% (1.972).
No acumulado até maio de 2024, as montadoras que mais emplacaram eletrificados ou híbridos, foram:
De janeiro a maio, só essas duas montadoras apresentaram ao mercado 18 modelos, sendo 16 deles elétricos plug-in.
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