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Vibroacústica um gargalo do setor automotivo

Olá, amigo leitor, reparador automotivo, tudo bem? Espero que sim. Para esta edição eu apresento um nome não muito comum em nosso dialeto de reparadores automotivos, mas é real no dia a dia das oficinas. Vibroacústica. Mas, o que é afinal?

Vibroacústica É o estudo das vibrações, ruídos e isolamento automotivo. Considerado um grande gargalo da indústria automotiva, bem como em nosso meio na reparação automotiva.

Podemos enumerar casos corriqueiros no dia a das oficinas relatados pelos clientes:

  • Ruído de freios,
  • Vibração de volante,
  • Vibração de pedais de freios e embreagens,
  • Ruídos nos painéis,
  • Ruídos nas suspenções,
  • Ruídos nos motores,
  • Ruídos nas portas, entre outros

Muito bem, conforme o Professor Phd Engenheiro, R. João Oliveira, um grande amigo e meu orientador na especialização acadêmica, este tema é um grande gargalo em toda indústria automotiva, desde a linha leve, motos, tratores, caminhões, fora de estrada, as indústrias buscam soluções para reduzir ao máximo vibrações e ruídos, e assim proporcionar conforto ao motorista e usuários de um veículo automotor.

O professor R. João Oliveira, salienta, sobre normas internacionais e nacionais que

determinam o controle vibracional como segurança e saúde do trabalho, que é a norma ISO5349.

Sendo assim, vamos entender este “GARGALO” em nosso dia a dia, isso como reparadores automotivos. Utilizo o exemplo de uma reclamação de um cliente aqui da oficina.

Veículo: Land Rover DEFENDER 2020

Reclamação do cliente: Após uma manutenção dos freios, apresentou ruídos e vibrações em baixa velocidade, porém esta vibração parece mais uma oscilação, como se a roda estivesse empenada.

Diagnóstico:

Seguindo as Normas da ABNT:

NBR 14778: Esta norma estabelece os princípios gerais para inspeção, reparação e substituição do sistema de freios de veículos rodoviários.

NBR 5532: Esta norma trata dos componentes e sistemas de freios.

Inspeção: Foi possível identificar que as pastilhas estavam perdendo massa de atrito, demarcando os discos de freios traseiros.

Esta falha é muito comum, em pastilhas de baixa qualidade, que por muitas vezes sua compra foi definida pelo menor custo de, um grande erro.

Após a inspeção, é realizada a limpeza total na sequência, a metrologia, medição completa dos componentes, discos e cubos de rodas.

Com apoio técnico da Hipper Freios, através do nosso amigo e consultor técnico, o Domingos, ele compartilhou uma informação muito interessante, que não encontramos em nenhum manual técnico, medir a ovalização central dos discos de freios.

Como realizar esta medição:

Instalando a base magnética no cavalete de freios, devido a torre ser de alumínio, irá posicionar o relógio comparador na borda externa do disco de freio, girando levemente, conseguirá determinar se o disco possui ou não ovalização, neste caso possuía.

Ao iniciar o giro do disco, já temos uma diferença de 8 centésimos,

Chegando a 17 centésimos de ovalização, ele gera a percepção de roda empenada ou pneu deslocado.

E quanto ao erro das pastilhas?

As pastilhas apresentadas geravam ruídos estridentes e baixa eficiência de frenagem, ou seja, temos dois defeitos em um mesmo sistema, um nos freios traseiros e outro nos freios dianteiros.

Por isto, afirmamos que a vibroacústica, é um gargalo que atinge todo o setor automotivo, desde a produção do veículo até a sua reparação.

Um fato que quero reforçar com você amigo leitor e reparador, é a baixa qualidade dos materiais. Observe:

Sobre a mesa, tem a pastilha original, observe que a coloração é bem diferente da pastilha paralela, pois a massa de atrito da original, realmente é de cerâmica com qualidade garantida.

Recebemos um caso, que nos intrigou, pois um BMW X3 2020, não reconhecia os sensores TPMS, estes afetados pelos ruídos gerados pelas pastilhas de freios de baixa qualidade instaladas no veículo.  Gerando o seguinte código de falhas no scanner:

48069E- RDCI: IMPOSSÍVEL RECONHECIMENTO E CALIBRAÇÃO DAS RODAS AO INICIAR.

Após, substituir as pastilhas de freios e discos, eliminando os ruídos o sistema operou normalmente.

Por este e outros motivos, podemos concordar com o professor R. João Oliveira:

VIBROACÚSTICA UM GARAGALO DO SETOR AUTOMOTIVO

Encerro assim mais uma edição, lembrando que, em cada coluna da Revista Reparação Automotiva, você tem um conteúdo da realidade do dia a dia do reparo  de automóveis, vivida nas oficinas.

Continue conosco, nas mídias sociais: @profleandromarco, @generaltechctp. Até a próxima!

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