CORROSÃO E DESGASTE: IMPACTOS NA REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Que bom tê-lo conosco em mais uma edição! Este mês, damos continuidade ao tema abordado na edição passada: corrosão e desgaste, um assunto crucial no dia a dia da reparação automotiva.
Este tema, inclusive, é matéria acadêmica e conta com curso de especialização superior em Engenharia de Corrosão e Desgaste.
Antes de prosseguirmos, gostaria de lembrá-lo que este mês acontece a AUTOMEC 2025. Renovo aqui o convite para o Seminário dos Mecânicos Premium do Brasil, que trará informações valiosas sobre tecnologias atuais, lançamentos e técnicas aplicáveis na oficina.
Para participar, faça a inscrição pelo QR Code abaixo, apontando a câmera de seu smartphone.
CORROSÃO E DESGASTE
Os motores atuais são frequentemente criticados em sites e redes sociais com o slogan:
“DEFEITO CRÔNICO!”
Na edição passada, abordamos a corrosão do trocador de calor, danos aos coletores de admissão, carcaças de válvulas termostáticas, tubos de água, entre outros.
Mas por que tantas críticas e afirmações são feitas?
Alguns fatores contribuem para isso:
- Falta de informação técnica;
- Falta de interesse na busca por informação técnica;
- Falta de fiscalização das montadoras em suas redes autorizadas;
- Pirataria de peças e componentes;
- Falta de qualidade em produtos químicos automotivos.
E a lista poderia continuar por muitas páginas…
Esses problemas são reflexo da formação dos profissionais da área. Muitos aprenderam na prática, observando manutenções sendo feitas, mas sem acompanhar a evolução tecnológica dos motores modernos.
Comparando motores: Passado x Presente
VW AP de 1990

- Bloco do motor: Ferro fundido, resistente ao desgaste e ideal para suportar altas temperaturas e pressões.
- Cabeçote: Alumínio, mais leve e com excelente capacidade de dissipar calor.
VW EA211 de 2016

- Bloco do motor: Liga de alumínio fundido, reduzindo o peso total e melhorando a dissipção de calor.
- Cabeçote: Alumínio, com duplo comando de válvulas e quatro válvulas por cilindro, otimizando o desempenho.
Observamos que a tecnologia mudou para atender normas de emissão, o que impacta sistemas como arrefecimento e lubrificação. Quem não acompanha essas mudanças pode cometer erros que afetam a manutenção dos veículos.
Engenharia de Corrosão e Desgaste
A Engenharia de Corrosão e Desgaste surgiu para capacitar profissionais no desenvolvimento, manutenção e preservação de componentes. Muitos problemas rotulados como “defeitos crônicos” decorrem da falta de conhecimento sobre os materiais utilizados.
Os motores modernos possuem mais componentes em alumínio, exigindo maior atenção na escolha dos produtos aplicados.
O que diz a Engenharia de Corrosão e Desgaste?
Os metais possuem alta condutividade elétrica devido à excitação de elétrons livres. Esse conceito está ligado à Resistividade Térmica, que causa eletrólise nos sistemas e danifica materiais como:
- Cabeçotes
- Blocos
- Trocadores de calor
- Cavaletes de água
- Bombas d’água
A falta de obediência às Normas Técnicas de manutenção pode ser fatal para os componentes.

Mitos sobre sistemas de arrefecimento
Na edição passada, discutimos a polêmica envolvendo o Monoetilenoglicol.
O Monoetilenoglicol é corrosivo?
Sim, se aplicado incorretamente. Ele deve ser diluído em solução arrefecedora com concentração entre 33% e 40%, utilizando um densímetro para garantir a diluição correta.

O Monoetilenoglicol causa incrustações e alteração de cor nos reservatórios?
Apenas se aplicado de forma errada, como misturado com água de torneira, que contém sais minerais e cloro.
(Figura 4 – Exemplo de reservatório danificado por uso inadequado de líquido de arrefecimento)
Composição dos reservatórios de expansão
Os materiais variam conforme a montadora:
- Polipropileno (PP) – Utilizado em Jeep, Fiat, Peugeot, Ford, VW, Renault.
- Alta resistência química.
- Alterações de cor podem ocorrer por calor excessivo ou uso de líquidos inadequados.
- Poliamida (PA) com fibra de vidro – Utilizado em BMW e outras marcas premium.
- Alta resistência a produtos químicos.
- Pode absorver umidade e deteriorar-se ao longo do tempo.

Quer saber mais?
Acesse a matéria completa na Edição 198 da Revista Reparação Automotiva, disponível online ou no Instagram:
@profleandromarco @revistareparacao
Até a próxima!

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