fbpx

Comprei um Scanner Automotivo e fui enganado

Olá, amigo, tudo bem? Primeiramente agradecemos a sua participação na Reparação Week, juntamente conosco e nossos colegas colunistas da Revista Reparação Automotiva. No dia 30 de março, junto com meu amigo Edison Ragassi, falamos do Diagnostico com Scanner na Injeção direta e indireta de combustível. Muito bem, nesta edição trazemos até você um tema polêmico: Comprei um Scanner Automotivo e fui enganado.

Caro amigo, nesta hora você deve estar pensando:

Puxa vida, o professor Leandro Marco, perdeu a noção, como assim? Não tem como trabalhar sem scanner nos sistemas embarcados!

Exatamente caro leitor, não tem como trabalhar sem scanner nos sistemas embarcados, é crucial que o reparador tenha em mãos um bom scanner e outros equipamentos automotivos para realizar os serviços de diagnósticos e manutenção automotiva. 

Quando ministramos treinamentos escutamos algumas reclamações:

Patrocínio: Monroe Amortecedores / https://www.monroe.com.br

• Comprei um scanner da marca XXX, e não faz nada do que preciso,
• Outro diz, fui realizar certo trabalho e o veículo não pegou mais, tive que levar para concessionária e gastei mais do que havia cobrado para realizar o serviço,
• Há aquele que tem uma coleção de scanner e nenhum resolve seu problema,
• Também tem aquele que diz, ter sido enganado pelo revendedor do equipamento.

Bom caro leitor, o problema não está no equipamento em grande percentual dos casos, mas sim, na falta de conhecimento técnico de quem vai adquirir determinados equipamentos.

Um exemplo muito atual, é o acesso a SGW – Security Gateway da linha FCA, agora integrante do Grupo Stellantis. 

Scanner com acesso SGW- FCA

Para realizar os acessos de forma correta e segura, o reparador, ou a oficina, precisa pagar subscrição no portal FCA, precisa ter scanners que tenham homologação junto ao portal, não pode ser de forma errônea, com adaptadores ou recursos, que permitam acesso invasivo. Pois o sistema registra este acesso, grava o ID do equipamento invasor.

Neste caso, quando é ofertado um equipamento, sem tal recurso, sem homologação e junto dele um acessório, para burlar o sistema, sim, neste caso, podemos dizer: COMPREI UM SCANNER E FUI ENGANADO!

Veja como funciona a tela do Scanner homologado, a mensagem que ele te dá quando acessa um veículo com SGW:

Após realizar o login, com o registro no portal, os serviços são executados normalmente, sem nenhuma dor de cabeça.

E quando eu entro e burlo o sistema com um adaptador?

Bom, você terá o acesso, realizará o serviço, mas ficará no sistema o registro indevido. Depois disso, ao apresentar um outro defeito, se o carro for levado a uma autorizada, ele poderá ser bloqueado, já existe casos acontecendo, pegamos alguns aqui na General Tech e alguns amigos também já receberam carros nestas condições. Recai sobre a oficina o ônus do problema gerado. Veja como fica o registro de um acesso indevido:

Utilizando o mesmo Scanner, mesmo veículo, um acesso com login no portal e outro acesso sem login, porém com adaptador, a mensagem registrada é: 

Com acesso legal: User Performed na AD Ininitiate via tool (uso realizado com inicialização via ferramenta AD (administrada),
Com acesso ilegal: Received AD Request Error (erro na solicitação pedida), 

Veja que existe um serial do equipamento que tentou o acesso, o sistema puxa do equipamento o número serial.

Então neste caso, concluímos que, comprou-se um scanner e foi enganado. Temos o momento em que o erro não é do equipamento, scanner, mas sim do reparador, por falta de conhecimento. Veja a seguinte tela:

CODIFICAÇÃO SCN

O reparador, sai clicando aleatoriamente, como se fosse algo onde pudesse testar para ver o que é. Neste caso, pode ocorrer falhas na programação de uma unidade eletrônica, pois é preciso saber o que se faz, não aleatoriamente para tentar aprender fazendo.

Situação como esta, a falha é de conhecimento técnico e não do equipamento adquirido.

Já tivemos alguns casos trazidos para solucionarmos, onde centrais eletrônicas foram bloqueadas, outras se tornaram casos irreversíveis, apenas com substituição do componente por completo.

Outro caso muito típico, abrir a tela do scanner, entrar em função de manutenção e tomar algumas decisões:

1. Clicar nos ícones e sair testando as funções aleatórias,
2. Acessar a manutenção de Imobilizador sem saber o código do imobilizador e mandar apagar as chaves registradas,
3. Acessar função DPF, sem analisar a condição mecânica do veículo,

Estes pequenos exemplos, são situações vividas no cotidiano, resultados de atendimentos, que levam alguns a dizerem: Comprei um scanner e fui enganado!

Encerramos mais uma matéria, lembrando sempre que temos o compromisso de levar até você um conteúdo mensal e real, sobre a atuação na Gestão e execução dos reparos.Te aguardamos no stand da Revista Reparação Automotiva na AUTOMEC 2023, até a próxima edição!

Leandro Marco
Professor de manutenção automotiva, graduado em Produção Mecânica Industrial, Mecatrônica Automotiva, Pós Graduado em Engenharia de Manutenção Automotiva, atua na reparação automotiva há 34 anos, proprietário da General Tech, Oficina de linha Premium em Uberaba MG.

Baixe os catálogos dos fabricantes apoiadores da Revista Reparação Automotiva

Ouça o Podcast da Revista Reparação Automotiva

Acesse a banca digital da Revista Reparação Automotiva

Inscreva-se no Canal TV Reparação Automotiva no Youtube

Siga a Revista Reparação Automotiva no Linked In

Siga a Revista Reparação Automotiva no Instagram

Siga a Revista Reparação Automotiva no Facebook

Leia o conteúdo técnico da Revista Reparação Automotiva

Veja mais notícias do mercado automotivo

Leia nossa seção sobre veículos híbridos e elétricos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *