Cresce o número de veículos elétricos e híbridos no mercado brasileiro, mas a mão de obra técnica e a manutenção não acompanha este crescimento
Minha função aqui na revista como colunista é trazer informações de tecnologias, lançamentos, curiosidades e muito mais. Sendo assim, não posso deixar de falar sobre esta invasão gigantesca de veículos elétricos e híbridos em nosso mercado.
Olhando de forma positiva vemos isso como um avanço importante na área da mobilidade elétrica urbana, isso traz muitos benefícios e vantagens para as cidades, estados e o país de maneira geral. A BYD, por exemplo, atracou no Brasil seu super navio, o qual pode transportar até 7.000 automóveis.
Esta embarcação trouxe 5.459 veículos, entre eles carros elétricos e híbridos os quais serão vendidos no mercado brasileiro.
Esses automóveis serão comercializados de forma rápida, pois as vendas dos veículos eletrificados estão em ascensão nesse momento.
No entanto, a questão é bem mais ampla do que simplesmente trazer carros elétricos e híbridos para o Brasil e serem comercializados. Temos aí um problema a longo prazo, isso porque no meu ponto de vista, esses carros elétricos, assim como tantos outros movidos a combustão, em algum momento precisarão de manutenção.
Manutenções estas que envolvem inúmeros problemas, os quais podem surgir nesse tipo de veículo como os ocasionados nas baterias e também nas partes mecânicas da suspensão e eletrônica, pois elas envolvem toda a estrutura do veículo.
Sabemos que em nosso país ainda não temos tantos profissionais capacitados e treinados para que esses veículos possam ter manutenção adequada e dentro das conformidades de seus fabricantes e somente a rede de concessionárias autorizadas conseguirá atender essa demanda tão grande de veículos que está sendo vendidos por aqui.
Minha preocupação não é em vão, se 90% de nossos reparadores independentes não estão preparados para tal tecnologia, como vamos garantir a manutenção destes veículos quando começarem a ter problemas específicos ou problemas aleatórios.
Depender das concessionárias com certeza não será a solução, pois elas não darão conta desta grande demanda, assim como, depender de peças importadas. Acho difícil isso também ser a solução do problema, então temos que ter cautela e focar no maior número possível de reparadores técnicos e engenheiros a serem treinados para estarem aptos a resolver problemas que certamente aparecerão em nossas oficinas. Está é uma solução interessante para amenizar um mercado que cresce a passos largos e se esquece que a cadeia que compõe à venda de um veículo não está preparada nesse momento.
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