Fico aqui refletindo sobre o título desse artigo. Para mim, enquanto consultor, me parece muito contraproducente, um empresário que se presta a oferecer serviços, não contar, ao menos com uma agenda de atendimento. Minha estranheza é ainda maior quando vejo que em outros segmentos econômicos, também voltados a prestação de serviços trabalharem basicamente com algum tipo de agendamento ou horário marcado. Clinicas médicas e salões de cabeleireiro, são só dois exemplos simples que posso listar aqui como comparação. O que levaria então um empresário do setor de reparação automotiva a não adotar esse procedimento, que é algo tão simples, quanto vital?
Me pergunto sempre isso! O que poderia levar uma oficina a depender, única e exclusivamente, de clientes passantes, que são tão imprevisíveis, quanto sazonais? Como é possível manter um negócio sem qualquer possibilidade de previsão de receita, visto que dessa forma a demanda é sempre inesperada e difícil de estimar.
Talvez o que afaste alguns empresários seja o fato de que, para se ter um processo de agendamento é necessário, no mínimo, a implementação de um modelo de trabalho que defina ordem e priorização, o que para alguns pode ser um grande desafio.
Além do mais, outro ponto que me chama particularmente atenção é o fato do “não agendar” ser uma regra e não uma exceção. Algo que meio que se tornou uma cultura em nosso setor de reparação. Cultura distorcida, mas ainda assim, uma cultura.
Há, ainda, em meio a tantos, aqueles que defendem a bandeira de que “agendar é burocratizar”, reforçado pelo discurso de que o que cliente quer é “atendimento rápido e não burocracia”.
Para esses empresários que nos dias atuais ainda não enxergam valor no agendamento, ou que desconhecem seus benefícios, preparei um artigo, que será publicado em minha próxima coluna, onde derrubo por terra décadas de conceitos desvirtuados, e trago à tona as evidências que tornam o processo de agendamento item obrigatório em qualquer oficina mecânica.
Te aguardo no próximo artigo!