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Diagnóstico do sistema de direção eletricamente assistida

Diagnóstico do sistema de direção eletricamente assistida

Como fazer o diagnóstico da direção elétrica assistida na Fiat Toro

A eletrônica embarcada proporciona evolução nos automóveis. Entre os itens mecânicos e hidráulicos que são substituídos está o de auxílio a direção hidráulico. Este sistema é composto por bomba hidráulica, tubulação de baixa e alta pressão, reservatório de óleo, correia, pinhão e cremalheira (consulte edição 140), os quais exigem constante manutenção preventiva.

Nos veículos modernos, o auxílio a direção utiliza sistema elétrico que é formado por um motor elétrico, redutor, ECU, sensor de ângulo de rotação, alavanca para a regulagem de altura e profundidade do volante e o dispositivo de fixação. 

O processo para realizar diagnóstico no sistema de direção hidráulica pode ser feito de maneira visual, ou seja, ao observar o componente o reparador percebe um vazamento de fluído, ou a correia desgastada, por exemplo. Já o diagnóstico da direção elétrica e o reparo são feitos com um scanner que tenha o software de leitura especifico do veículo.   

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Sistema de direção eletricamente assistida com motor elétrico, redutor, ECU, sensor de ângulo de rotação, alavanca para a regulagem de altura e profundidade do volante e o dispositivo de fixação

A reportagem da Revista Reparação Automotiva esteve no Senai Conde José Vicente de Azevedo, lá a ZF, fabricante do sistema de direção eletricamente assistida, mantém uma estação de estudos e trabalhos. Na edição passada (162) mostramos os componentes do sistema e nesta publicação acompanhamos o instrutor Fábio Simões, que explica como realizar o diagnóstico neste sistema que é utilizado pela Fiat Toro. Ele ocupa menos espaço no automóvel, auxilia na economia de combustível, já que não utiliza força do motor a combustão para ser acionado.

Analise e diagnóstico do sistema de direção eletricamente assistida

1. Com o multímetro automotivo verificar as condições da bateria. Quando a bateria está abaixo da tolerância ela irá comprometer o funcionamento do sistema de direção eletricamente assistida. O multímetro mostra 11.88 Volts, um pouco baixo, mas dentro da margem de tolerância, assim é possível prosseguir o diagnóstico

2. Verificar se o scanner está habilitado para fazer o diagnóstico no veículo equipado com o sistema de auxilio elétrico e conectar o na porta OBD-II localizada abaixo do painel. Na sequência ligar o veículo

3. Iniciar o scanner ele irá coletar as informações diretas, mostrar o número de identificação (VIN) e todas as condições do veículo

4. Selecionar o sistema de direção assistência elétrica. Verificar os códigos de falhas, neste caso mostrou circuito baixo da bateria, pois ela está com 11.88V, como já constatado com o multímetro, porém, dentro da margem de tolerância

5. Eliminar os códigos de falhas para não comprometer a funcionalidade do sistema 

6. Realizar a coleta de dados. Ela mostra todos os sensores e atuadores disponíveis no sistema como: 

  •  Sensor de ângulo da direção
  •  Ocorrência de taxa máxima 
  •  Máximo raiting 
  •  Tempo de ECU
  •  Status de torque de direção
  •  Retorno ao sair, o qual deve ser verificado após o teste dinâmico
  •  Verificações operacionais para sincronizar o sistema a outras unidades
  •  Temperatura da ECU, a qual é especificada pela fabricante do veículo, pois é colocada na coluna de direção. Quando são realizadas manobras a tendencia é de a temperatura subir. Com a temperatura da ECU
  • muito alta há estratégias de proteção, ele pode reduzir a carga ou eliminar o sistema de auxilio. Neste caso o usuário irá sentir a direção pesada. 
  •  Durante o teste de rodagem o equipamento mostra de acordo com a velocidade se o torque aplicado na direção é reduzido. Não podemos esquecer que o sistema elétrico progressivo reduz o torque ou aumenta de acordo com a necessidade. 
  •  Monitoramento do consumo e temperatura da bateria, pois com a bateria baixa irá comprometer o funcionamento 
  •  Tempo de resposta do movimento da direção 
  •  Quantidade de gravações flashes, ou seja, atualizações feitas no sistema 
  •  Testes funcionais 
  •  Funções especiais 
  •  Direção de ângulo de esterço, isso é necessário após substituir a coluna, realizar a geometria da suspensão ou alinhamento da direção e após desligar a bateria, já que é preciso mostrar ao sistema qual é o ponto zero    

Obs: O scanner possibilita a maioria dos diagnósticos, mas não é o suficiente. “O reparador necessita do manual de reparação do veículo e as condições ideais de trabalho do sistema para fazer a comparação dos dados de trabalho estipulados pela fabricante do veículo, assim é possível comparar os dados obtidos com os recomendados e alinhar o diagnóstico. Além da parte eletrônica é preciso ter atenção com as condições de montagem mecânica. A ancoragem da coluna e caixa de direção tem que ser bem feita, com o torque correto. Uma montagem com excesso de torque irá causar vibrações e provocar falhas no sistema. No caso de retirar a caixa e colocar novamente a mesma peça ela precisa ser bem centralizada”, explica Fábio Simões, instrutor do Senai.

Scanner para diagnóstico da direção elétrica