Olá, oficineiros e oficineiras do Brasil! Escrevo aqui para compartilhar com vocês dicas inspiradas no meu trabalho diário em auxiliar e tornar a sua oficina ainda mais lucrativa. Para esta edição, compartilho com você a resposta a um questionamento que parece simples, mas, sem números e embasamento, pode não ser. É possível eu faturar mais serviços com esta mesma equipe? Eu ocupo ao máximo, ou, somos lentos? Você já pensou sobre isto? Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue aqui comigo e veja os 04 passos para calcular a capacidade produtiva da sua oficina
Para calcular a capacidade produtiva em uma oficina, você precisa considerar alguns fatores importantes. A capacidade produtiva de serviços e a quantidade de produção em um determinado período de tempo, com seus recursos disponíveis. Aqui estão os 04 passos para calcular a capacidade produtiva:
Passo 01: Determine o período de tempo: Decida qual será o período de tempo que você usará para calcular a capacidade produtiva, como por hora, por dia, por semana ou por mês. Mesmo que você estipule os preços por tarefa, faça a relação de preço x tempo de serviço. E por isto, te aconselho a calcular esta capacidade por hora.
Passo 02: Identifique o recurso mais limitante na oficina que pode afetar a produção. Pode ser a quantidade de funcionários disponíveis, a capacidade de elevadores, o espaço físico, o fornecimento de produtos, ou qualquer outro fator que possa restringir a produção. Eu sempre inicio pela quantidade de técnicos.
Passo 03: Calcule a capacidade disponível. Determine a quantidade do recurso limitante disponível durante o período de tempo escolhido. Por exemplo, se você tem 2 funcionários e cada um trabalha 44 horas por semana, em um mês de 20 dias de trabalho, você terá um total de 2 x 44 x 4 = 352 horas de mão de obra disponível. Mas, medir a capacidade produtiva humana é diferente de uma máquina. Sem serviços, temos que considerar o tempo para sanar as necessidades fisiológicas, como tomar água, se alimentar e ir ao banheiro. Estudos apontam que estas necessidades consomem 15% do tempo. Então, 352 x 85% = 299,20 horas de capacidade produtiva.
Passo 04: Calcule a ocupação da capacidade. Neste passo, levante o quanto você vendeu de serviços. Se você não tem isto estabelecido em horas, transforme o valor faturado em horas. E mesmo que você me responda que vende por tarefa, você forma o preço baseado na relação tempo x valor. Assim, os serviços mais demorados possuem o preço maior do que os serviços mais rápidos (desconsidere exceções). Exemplo: Se nesta oficina com 2 técnicos, foi vendido R$35.000,00 e ela tem a base de preço de venda da hora a R$150,00, será: 35.000 / 150 = 233,33 horas vendidas.
Então, qual o resultado desta oficina? De uma forma prática e direta: 233 horas vendidas / 352 horas disponíveis x (100) = 66% de venda da capacidade produtiva.
Mas Karine, o que é um resultado bom? Nas oficinas de reparação independente que acompanho, com uma idade média em torno de 10 anos, índices entre 62,5 e 75% são comuns e saudáveis. Abaixo disto, começam a comprometer o resultado econômico e financeiro e acima disto, se destacam em boas práticas comerciais e de produção. Quer saber mais sobre as oficinas mais lucrativas do Brasil? Acompanhe por aqui.
Um beijo no coração!
Karine Quinjalmo – Rainha das Oficinas
Mãe do Enzo
Consultora especialista na gestão de oficinas
Mentora de soluções em sistemas para a reparação automotiva
Influencer para o segmento
@karinequinjalmooficial