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Detalhes técnicos dos motores turbo Stellantis

Os motores turbo Stellantis está presente em diversos modelos do Grupo, o motor Turbo 200 confere nos modelos da Fiat, Peugeot e Citroën. O Turbo 270 é encontrado nos veículos Fiat e Jeep, eles têm tecnologias para privilegiar eficiência e performance

O motor do Grupo Stellantis GSE 1.0 Turbo é denominado nos automóveis Fiat, Peugeot e Citroën como Turbo 200. Ele está no Fiat Pulse, Fiat Fastback, Fiat Strada, Peugeot 208 e Citroën Aircross, enquanto que o GSE 1.3 Turbo recebeu a denominação Turbo 270, ele é utilizado na picape Fiat Toro, nos SUVs da Jeep, como o Compass, Commander e Renegade e também na linha Abarth. Esta família de motores é global, ou seja, é utilizada em outros países do mundo, como nos Estados Unidos, por exemplo, onde o Grupo Stellantis fabrica automóveis. No Brasil eles são produzidos na fábrica da Stellantis em Betim (MG).

Linha de produção dos motores GSE em Betim/ Foto: Divulgação (MG)

Motores turbo Stellantis com sistema MultiAir III  

São várias as tecnologias incorporadas nos motores turbo Stellantis , as quais têm por objetivo obter a melhor eficiência e performance. Eles trazem a tecnologia MultiAir da Stellantis, trata-se de um sistema eletro-hidráulico o qual permite o controle totalmente flexível da duração e da elevação das válvulas de admissão, além do controle de carga do motor sem gerar perdas de bombeamento e contribuindo para reduzir o consumo de combustível do motor em operações de baixa e média carga.

Esta é uma nova geração denominada MultiAir III, a qual segundo a Stellantis, tem o controle das válvulas ainda mais flexível. Isso por causa do novo perfil de came com pré-levantamento, ele proporciona a abertura das válvulas de aspiração durante a fase de escapamento, visando à realização do EGR interno, com redução dos óxidos de nitrogênio e aumento da eficiência do motor na carga parcial. Além disso, o perfil de levantamento da válvula de admissão do MultiAir III é mais extenso e possibilita gerenciar a taxa de compressão efetiva do motor, mantendo a tendência à detonação sob controle, independente do combustível utilizado, pois vale ressaltar que o motor é Flex, aceita etanol, gasolina ou mistura dos dois em qualquer proporção. Isso ocorre com o controle do atraso do fechamento da válvula de aspiração, e assim reduz a pressão e a temperatura na câmera de combustão, controla a detonação sem comprometer o avanço de ignição. O resultado é mais eficiência de combustível nas condições de alta carga, quando se deseja desempenho do veículo.

Turbocompressor de baixa inércia e válvula wastegate eletrônica

Turbo de baixa inércia com válvula wastgate eletrônica/ Foto: IBR Editora

Os motores da família GSE, tanto 1.0 como 1.3, contam ainda com o turbocompressor de baixa inércia e volume de ar reduzido entre o compressor e o coletor de admissão, o que leva a uma resposta mais rápida do propulsor. O coletor de escapamento integrado reduz o turbo lag e o tempo de aquecimento do motor e do catalisador, favorecendo o tempo de resposta e um menor consumo de combustível junto com uma rápida reposta ao controle de emissões. Com válvula wastegate eletrônica, os motores trabalham ainda com um controle refinado da sobre alimentação, o que garante mais confiabilidade e uma dirigibilidade aprimorada.

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Injeção direta de combustível com injetores posicionados a 23º

Sistema de injeção direta com os injetores posicionados a 23 graus/ Foto: IBR Editora

O sistema de combustão dos motores 1.0 e 1.3 GSE utilizam injeção direta de combustível. Ele reduz a temperatura da mistura dentro da câmara de combustão, diminui a tendência à detonação e, portanto, aumenta a eficiência da queima com menor consumo de combustível e melhor desempenho é o mais indicado para propulsores com turbo alimentação.

Além da injeção direta de combustível o GSE tem injetores de combustível posicionados quase que verticalmente a 23 graus, sendo assim, as emissões são reduzidas graças ao menor contato do spray com a parede do cilindro. Além de favorecer a formação de mistura, esta característica evita o comprometimento do filme de óleo lubrificante na camisa do cilindro. A direção e o tipo do spray, combinados com o fluxo de alta turbulência criado pelo design otimizado dos condutos de aspiração do cabeçote (dois separados por cilindro), proporcionam excelentes velocidade e estabilidade da combustão.

Motores GSE montados com bloco e cabeçote de alumínio

Motor GSE montado no bloco de alumínio

Por sua vez, os motores da família GSE possuem tecnologias para reduzir o tempo de aquecimento do motor, o que diminui as emissões de gases e o consumo de combustível, especialmente no uso urbano (trajetos curtos). O bloco de alumínio, além de reduzir o peso do motor, esquenta mais rápido pela menor resistência à condução de calor. Já o trocador de calor do óleo colabora para diminuir o tempo de aquecimento, transferindo calor da água, ela esquenta mais rápido, para o óleo, que, atingindo a temperatura ideal, reduz o atrito do motor. Por outro lado, o trocador também evita que o óleo esquente demais, o que traz confiabilidade ao conjunto.

Outra característica técnica com o mesmo propósito é o termostato elétrico, comandado pela centralina, que faz com que o motor atinja e mantenha sua temperatura ideal de funcionamento com mais velocidade e precisão. E ainda, a corrente de distribuição é do tipo for life, ou seja, não exige manutenção ou troca.  

Conheça todos os componentes do motor GSE 1.0 Turbo no Canal TV Reparação Automotiva, onde você encontra os vídeos que mostram as características deste motor e a desmontagem completa, inclusive com a indicação dos torques para a montagem.

Por: Edison Ragassi/ Fotos: IBR Editora e Divulgação Stellantis

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