Fabricantes de automóveis, indústria de autopeças, concessionárias e revendedores de veículos usados comemoram os resultados de 2024
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação
O ano de 2024 encerrou com resultados positivos para a cadeia automotiva. Balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) no inicio de janeiro revelou que a indústria nacional produziu 2,550 milhões de autoveículos (automóveis/comerciais leves/ônibus/caminhões). Este resultado representa uma alta de 9,7% na comparação com 2023 e fez com que o Brasil retomasse da Espanha o posto de 8º maior produtor de veículos.
Outro resultado comemorado pela entidade que representa as montadoras é o número de empregos, isso porque o total de colaboradores somou 107.173 pessoas, resultado 8,3% superior ao obtido em dezembro de 2023.
As concessionárias de automóveis também obtiveram resultados positivos. Segundo informações da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, os emplacamentos de autoveículos somaram no período passado 2,634 milhões de unidades, ou seja, uma alta de 14,15% em relação a 2023.
Por sua vez, o segmento de automóveis e comerciais leves usados e seminovos também apresentou resultado positivo já que cresceu 9,4%, no acumulado de 2024, as transferências atingiram 11,675 milhões transações, crescimento de 9,4%. Os modelos com até 3 anos de fabricação, os seminovos, representaram 12% das transações.

Arcelio Junior, novo presidente da Fenabrave, eleito para o triênio 2025-2027, analisa os resultados. “O setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos, no mercado nacional. Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro (+16,8%), sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano (+13,5%).
Indústria de autopeças cresce em 2024
Com faturamento próximo a R$ 256,7 bilhões, o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) divulga que obteve resultado 7% maior em 2024, isso comparado a 2023. Deste total 62,6% do faturamento foi proveniente dos negócios realizados com as montadoras de automóveis. A reposição de peças contribuiu com 21%, as exportações representaram 13,3% e os negócios intrassetoriais 3,1%.
No que diz respeito a empregos, a indústria nacional de autopeças gerou mais de 290 mil postos de trabalho, resultado 1% superior ao de 2023.
Vendas de veículos eletrificados disparam
Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), de janeiro a dezembro de 2024, foram vendidos 177.358 veículos leves eletrificados, o que representa um aumento de 89% na comparação com o mesmo período de 2023 (93.927).
A entidade comemora os resultados, pois superou as expectativas do ano e a série histórica, já que ultrapassou a previsão de cerca de 160 mil unidades vendidas em 2024.
Deste total, os elétricos plug-in, que incluem os BEV 100% elétricos e os PHEV híbridos com recarga externa, somaram a maior participação de vendas do mercado de eletrificados, com 125.624 veículos, ou 71% do total. Na comparação com 2023, quando foram vendidos 52.359 veículos elétricos plug-in, houve crescimento expressivo de 140%.
A crescente entrada dos eletrificados no mercado nacional e a chegada de novas fabricantes cria oportunidades para a indústria de autopeças brasileira. Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, explica que as indústrias instaladas no país têm condições de atender a demanda. “A diversidade de modelos de propulsão é uma mudança relevante. Nosso setor está preparado para enfrentar os desafios que a eletrificação e a hibridização trarão. Estamos fazendo o dever de casa e estaremos aptos a atender os rumos futuros do mercado automotivo. Basta haver a respectiva demanda por parte das montadoras, o que ainda não ocorreu. Além disso, como a frota brasileira é a sexta maior do planeta (47 milhões de veículos, segundo levantamento estatístico do Sindipeças), as tecnologias atuais também continuarão presentes durante bom horizonte de tempo”.

Cadeia automotiva otimista em 2025
Apesar das inconstâncias econômicas, desvalorização do Real e aumento da taxa de juros, a ANFAVEA projeta que em 2025 a produção de autoveículos novos deve crescer 7,8%. Caso se confirme, no final do período teremos um total de 2,75 milhões de unidades fabricadas no Brasil.
Por sua vez, diante das incertezas e variáveis da macroeconomia para 2025, a Fenabrave projeta um crescimento moderado, ou seja, em torno de 7%, para todo o setor de veículos neste ano, sendo que automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões devem encerrar 2025 com um total de 2,766 milhões de unidades emplacadas.
Já a indústria de autopeças espera crescer por volta de 5% e atingir faturamento total de R$ 269,5 bilhões, dos quais 61,2% dos negócios serão realizados com as fabricantes de automóveis e 22,5% com o mercado de reposição.
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