Veículos Autônomos: Desafios e Oportunidades para o Técnico Reparador Automotivo

Os veículos autônomos representam uma das maiores revoluções tecnológicas no setor automotivo, prometendo transformar não apenas a forma como nos deslocamos, mas também a maneira como os veículos são mantidos e reparados. Esses veículos são classificados em níveis de autonomia que variam de 0 a 5, conforme definido pela SAE (Society of Automotive Engineers). No nível 0, o motorista controla todas as funções do veículo, enquanto no nível 5, o carro é completamente autônomo, dispensando qualquer intervenção humana. Atualmente, a maioria dos veículos autônomos em teste ou em uso comercial está nos níveis 2 e 3, onde há automação parcial, mas ainda é necessária a supervisão humana.

No mundo, empresas como Tesla, Waymo (Google) e Uber já operam veículos com alto grau de autonomia em condições controladas. Nos Estados Unidos e na Europa, carros autônomos já circulam em vias públicas, realizando testes e até serviços de transporte. No Brasil, o cenário é mais incipiente, mas já há iniciativas em andamento, como testes de veículos autônomos em universidades e parcerias entre montadoras e startups de tecnologia. Apesar de ainda estarmos distantes de uma adoção em massa, a tendência é que, nos próximos anos, esses veículos se tornem mais comuns, especialmente em frotas comerciais e serviços de transporte por aplicativo.

Para o técnico reparador automotivo, essa evolução representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. Os veículos autônomos dependem de sistemas complexos, como sensores LiDAR, câmeras de alta resolução, radares, GPS de precisão e softwares de inteligência artificial. Esses componentes exigem conhecimentos especializados em eletrônica, programação e integração de sistemas, áreas que tradicionalmente não faziam parte da formação do técnico automotivo. A urgência em buscar qualificação técnica de alto nível é evidente: sem atualização, o profissional corre o risco de se tornar obsoleto em um mercado que demanda habilidades cada vez mais sofisticadas.

Além disso, a manutenção desses veículos exige uma abordagem preventiva e preditiva, com foco na análise de dados e no monitoramento contínuo dos sistemas. Um plano de manutenção para veículos autônomos deve incluir:

1. Inspeção periódica de sensores e câmeras: Verificar o alinhamento, calibração e limpeza dos sensores, garantindo que estejam funcionando com precisão.

2. Atualizações de software: Manter os sistemas operacionais e os algoritmos de IA atualizados, corrigindo vulnerabilidades e melhorando o desempenho.

3. Diagnóstico avançado: Utilizar ferramentas de diagnóstico específicas para identificar falhas em sistemas eletrônicos e de comunicação.

4. Monitoramento de baterias e sistemas elétricos: Verificar o estado das baterias e do sistema elétrico, essenciais para o funcionamento dos veículos autônomos.

5. Treinamento contínuo da equipe: Garantir que os técnicos estejam sempre atualizados com as novas tecnologias e práticas de reparo.

A mudança no mercado é inevitável, e os técnicos que se adaptarem a essa nova realidade terão uma vantagem competitiva significativa. A busca por conhecimento e a qualificação técnica não são apenas uma necessidade, mas uma estratégia para garantir a relevância no futuro do setor automotivo. Os veículos autônomos já estão entre nós, e o momento de se preparar para essa transformação é agora.

Autonomous Mobility as a Service (MaaS), and the connected car services  that will determine your success - WirelessCar

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Sergio Oliveira, Mestre em Ciências e Tecnologias Espaciais, Engenheiro Aeroespacial e Consultor em tecnologias e treinamentos do setor automobilístico. Siga no Instagram @sergioaer @pullup_se
Eu sou Sergio Oliveira, Mestre em Ciências e Tecnologias Espaciais, Engenheiro Aeroespacial e Consultor em tecnologias e treinamentos do setor automobilístico.