Nesta Edição, vamos falar de mais MITOS DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR, quando se trata de manutenção automotiva.
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Sistema de Arrefecimento Automotivo – um dos grandes problemas nos veículos atuais são as alternativas às manutenções pré-determinadas pelas montadoras, bem como práticas indevidas até dentro de algumas redes autorizadas. Para este tema, vamos falar do aditivo do radiador, são vários mitos e exposições que levam a confusão de entendimento e por fim, aplicações errôneas e onerosas ao consumidor.

Primeiro passo a ser observado é o que está estabelecido nos manuais por recomendações das fabricantes dos veículos e as normas técnicas estabelecidas pela ABNT através do Comitê CB05 – Automotivo.
O aditivo de radiador é regido pelas normas técnicas ABNT:
NBR 13705:2016 para aditivo concentrado,

NBR 14261:2016 para aditivo diluído.
As normas citadas estabelecem a forma de diluição, a composição para atenderem as exigências das montadoras, não somente no Brasil, mas de forma Global. No site do INMETRO, você irá encontrar os testes de aprovações e reprovações dos aditivos fornecidos no marcado brasileiro.

Quais os mitos que encontramos?
- Aditivo corrói o sistema dos veículos que não usa faz tempo o produto.
Realmente é um mito antigo, sem base técnica, porém que é sustentado pelo fato de aplicarem aditivo em veículo cujo sistema estava totalmente contaminado pela ferrugem e apresentou o vazamento após aplicação. A verdade escondida, é que após a limpeza e aplicação do aditivo corretamente, uma de suas propriedades é eliminar a presença de contaminantes, assim um selo de bloco ou cabeçote, um furo de tubulação que a ferrugem e suas incrustações tapavam, é liberada apresentando o vazamento. Porém o aditivo não é corrosivo, então é uma mentira. Veja o teste feito em nosso laboratório, na GENERAL TECH AUTOMOTIVE DIAGNÓSTIC, e comprove a informação passada. Assista ao vídeo explicativo, lendo o QRCODE.
Válvula termostática mergulhada no recipiente com aditivo pronto para o uso por 1 ano.
Sem sinais de corrosão.


- Aditivo forma incrustações no reservatório de expansão.
Este é mais um mito que corre nas oficinas. Os aditivos são compostos por materiais químicos, onde sua formulação é exatamente para combater quaisquer danos aos sistemas de arrefecimento:
A. Proteção contra corrosão: Os aditivos ajudam a prevenir a corrosão das peças internas do motor, como a bomba d’água e a válvula termostática.
B. Lubrificação: Eles lubrificam componentes importantes, reduzindo o atrito e o desgaste precoce.
C. Controle de temperatura: Ajudam a manter a temperatura ideal do motor, prevenindo superaquecimentos.
D. Limpeza: Possuem propriedades de limpeza que removem depósitos e sujeiras acumuladas no sistema de arrefecimento.
E. Prevenção de cavitação: Evitam a formação de bolhas de vapor que podem causar danos ao motor.
Assim, não temos a causa dos problemas afirmados pelos aditivos, desde que seja obedecida a Norma Técnica e recomendações das montadoras para sua devida aplicação.
Produtos químicos, seguem o princípio de receitas de bolos, ou seja, deve-se seguir a bula. corretamente, não alterando quantidade, forma de diluição e componentes adicionais.
O maior vilão do sistema de arrefecimento é o Cloro, este que é utilizado para o tratamento das águas, para ajudar torná-las potáveis, tem uma infinidade de misturas a ele que formam diversos ácidos. Em segundo lugar os sais minerais que promovem a condutividade elétrica, provocando a eletrólise.
Em 2019, junto a MTE-THOMSON, ministramos o treinamento sobre eletrólise, disponível no siste da empresa: Oficina do saber. No vídeo disponilizado através do QRCODE, acima, poderá conhecer um pouco mais deste assunto.
A justificativa, para a contaminação dos reservatórios de expansão é a presença do monoetilenoglicol, que é estabelecido pela norma técnica e pelas montadoras. Porém se pesquisar irá encontrar as informações corretas junto aos laboratórios quimicos que produzem o monoetilenoglicol, que muito pelo contrario, sua função é evitar que haja oxidação nos sistemas.

- Limpeza do Sistema de Arrefecimento
Por fim, temos alguns itens de forma folclórica para realizar esta limpeza:
A. Ácido muriático, tem uma reação de corrosão pesada no aluminio
B. Cloro ou água sanitária, também altamente corrosivo para o alumínio e metais,
C. Bicarbonato de sódio, outro mito, que não proporciana a limpeza na circulação no sistema
D. Coca-Cola, apenas para refrigerar a cabeça do mecânico e o proprietário durante um bate papo sobre o orçamento.
Para limpeza, recomendo o CLEAN RAD da FEX do BRASIL, pois a base não é de solventes. É biodegradável, utilizando água desmineralizada, ou melhor, produzindo sua própria água para limpeza e uso no sistema com ALCHEMY.

Nunca utilize a água de torneira diretamente, pois os resíduos da água clorada, irão contaminar a solução arrefecedora, por mais que o aditivo seja de qualidade, ele irá apresentar corrosão, pois o cloro e sais minerais proporcionam as oxidações.


- Diluição do aditivo 1x A norma técnica estabelece que, a solução de arrefecimento deve seguir a proporção conforme as montadoras, algumas pedem 33% e outras 40%. Para se fazer a diluição correta, deve ser utilizado o Densímetro, comparando o resultado com a tabela existente:
-20 em temepratura, representa 33%, chegando a diluição correta.
Chegamos ao final de mais uma edição, agradecemos a sua atenção por ler nossos artigos e cada vez mais privilegiando a Revista Reparação Automotiva, grande parceira dos reparadores automotivos brasileiros. Aproveito também para convidar a estar conosco na AUTOMEC 2025. Para saber mais sobre este tema, siga-nos nas redes sociais, @profleandromarco, no Instagram e TikTok, @generaltechad no YouTube.

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