Com previsão de 6,1 milhões de motores passando por retíficas em 2025, o mercado automotivo brasileiro demonstra crescimento e oportunidades em oficinas especializadas.
A retífica de motor é um processo essencial para restaurar o desempenho de veículos que apresentem perda de potência ou falhas internas devido ao desgaste das peças. No Brasil, estima-se que uma frota circulante de 80 milhões de veículos gere aproximadamente 6,1 milhões de motores que necessitam reparações parciais ou completas ao longo deste ano. Este serviço será prestado por cerca de 2.840 retíficas ativas em todo o território nacional, muitas delas com capacidade variada, atendendo de 2 a até 24 motores diariamente.
O Processo de Retificação de Motores
A retífica é realizada em motores que apresentam folgas excessivas, consumo elevado de óleo ou outras falhas críticas. O procedimento envolve:
- Avaliação e substituição de componentes internos, como camisas de cilindros, pistões, anéis, mancais e bronzinas.
- Testes em peças periféricas, como alternadores e bicos injetores, que só são trocadas caso sejam necessárias.
Apesar de medidas paliativas, como substituições de menor custo (anéis de segmento ou juntas), serem utilizadas para adiar a retífica, essas soluções são temporárias, e o procedimento completo acaba sendo inevitável para garantir o funcionamento adequado do motor.
Capacidade das Retíficas e Previsões do Setor
A estimativa é que 3,4 milhões de motores em 2025 necessitem substituição de todos os componentes internos típicos de uma retífica. A projeção dos custos envolve:
- 65% destinados a peças;
- 35% para mão de obra especializada.
Na tabela abaixo estão os números detalhados por tamanho e capacidade de trabalho diário das retíficas, além de uma divisão por tipo de motor e combustível.
Vida Útil e Benefícios da Retífica
A durabilidade dos motores varia conforme o tipo de veículo e forma de uso:
- Motores 1.0 e 1.0 Turbo: Resistência média de 200 mil quilômetros (12 a 13 anos).
- Motores diesel até 2.8: Aproximadamente 600 mil quilômetros.
- Caminhões e ônibus rodoviários: Cerca de 1 milhão de quilômetros, enquanto os modelos urbanos demandam retíficas a cada 3 a 4 anos.
Embora a retífica prolongue a vida útil dos motores, ela não é definitiva. Com o tempo, o desgaste interno demanda nova manutenção, mas permite que o veículo mantenha sua funcionalidade por muitos anos quando as revisões são feitas adequadamente.
Conclusão
A retífica não se limita a reparar motores, mas também contribui para a sustentabilidade e economia de recursos, maximizando a vida útil dos veículos e impulsionando o mercado automotivo. Em um cenário de constantes desafios na manutenção veicular, a retífica se destaca como uma alternativa essencial e economicamente viável para motoristas e proprietários.

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