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As tecnologias embarcadas vão além do controle de combustível injetado!

Caro leitor, amigo e reparador automotivo, tudo bem? Espero que sim. Para esta edição, temos mais um tema polêmico: AS TECNOLOGIAS EMBARCADAS VÃO ALÉM DO CONTROLE DE COMBUSTÍVEL INJETADO!

AFINAL, ÓLEO DO MOTOR, É DEFINIDO PELO API (American Petroleum Institute) OU ACEA (Association des Constructeurs Européens d’Automobiles)?

Antes de prosseguir, preciso reponder algumas dúvidas:                                                                          
Afinal esta Coluna é de Sistemas Elétricos, ou de Sistemas Gerais? Bom, a Coluna, sim é de sistemas elétricos, porém, os veículos atuais são dotados de tanta tecnologia embarcada, que tudo afeta ou tem ligação direta com sistema elétrico automotivo.

AS TECNOLOGIAS EMBARCADAS VÃO ALÉM DO CONTROLE DE COMBUSTÍVEL INJETADO!

Caro leitor, em tempos remotos, mais precisamente 1993, popularizou-se a chegada de veículos com injeção eletrônica ao mercado brasileiro, chegava como modelo 1994, o Corsa WIND, Monza e Kadett EFI, Mille Eletrônic, EP, Escort XR3, o Gol GTI, junto com estes e outros, entrava para o mercado de repartação a demanda para atender um veículo, que agora gerenciava a injeção de combustível. Na sequencia passaran a equipar os automóveis os frerios ABS, AIRBAG, algo que não era comum nas oficinas do interior, pois a linha Premium, era vista somente nos grandes centros e capitais.

O AUDI 80 Cabrio, da foto, já trazia em 1995, vários recursos embarcados que para nós eram grandes novidades
Sistema de ABS AUDI 80 de 1995.

Enfim, o que tem a questão do óleo lubrificante do motor, com as tecnologias ambarcadas?

Bem, a medida que as normas ambientais foram aprimoradas, os véciculos passaram por grandes mudanças, tudo para atender o combate a poluição do planeta. Assim as montadoras passaram para uma corrida desenfreada, em busca de redução de emissões poluentes, para que a mobilidade humana, não fosse afetada drasticamente.A última determinação que trabalham sob sua tutela é o ROTA 2030, que estabelece, a redução de emissões e adequação das montadoras até o ano de 2030. Assim surgem como salvadores da pátria, os veículos elétricos, que na minha opinião, é grande ilusão, devido a matriz energética mundial e já podemos ver, em vários cenários do mundo a fora, que demoraram a assumir, mas sim a eletrificação não é ainda  a melhor solução. Então surgem os motores, modernos:

Motor Stellantis 2.0 turbo da RAMPAGE

Trazendo uma redução de peso, entregando a potência necessária para o porte do veículo, reduzindo emissões poluentes. Surgem motores menores, mas que precisavam entregar potência para locomoção do veículo em segurança, sem deixar de atender as normas ambientais de controle de emissões.

VW T-CROSS 1.0 Turbo

Um exemplo de motor com tecnologia diferenciad, o THP, utilizado na PSA (Peugeot-Citroen), BMW e MINI.

Motor cheio de sensores para monitoramento, onde exige do reparador equipamentos como osciloscópio pra verificar seu funcionamento ideal.

Uma das particularidades do Mini com motor THP, é que o cabeçote, segue a tradição BMW de um terceiro eixo no comando, o eixo do VALVETRONIC.

Também encontrado com função semelhante o Multi-air da FIAT e Jeep, o CVVL na Land Rover com motor Ingenium. 

Vale ressaltar que, temos as bombas de óleo  variáveis com controle eletrônico, via pulso PWM, da Unidade de Comando do Motor.

 A imagem acima apresenta um fio azul, que trabalha dentro do motor, ligado a um sonelóide de controle da bomba de óleo do motor Pentestar da linha Jeep v6.

Tendo estas tecnologias embarcadas, além do controle de combustível, temos nos exemplos anteriores, três sistemas mecânicos com o controle elétrico. Para cada sistema as montadoras especificaram óleos lubrificantes para estes motores, visando a preservação:

Borrachas especiais dos vedadores de óleo e componentes elétricos,

➢ Capa isolante dos fios e cabos elétricos das eletroválvulas de comando, 

➢ Turbo alimentadores e charges,

Por isto, o fornecedor homologado do lubrificante precisa atender as normas estabelecidas para cada projeto.

Vamos entender o processo de cada óleo lubrificante aplicado conforme as montadoras.

Qual a diferença entre um óleo lubrificante homologado e um óleo sem homologação?

Existe uma empresa de ciências da Berkshire Hathaway, que oferece química especializada com alcance global e presença local. Nossa ciência oferece soluções sustentáveis para avançar a mobilidade. Para ficar mais claro o entendimento, a LUBRIZOL, desenvolve os aditivos que irão compor os óleos lubrificantes a serem homologados pelas montadoras. 

MITO: As montadoras escolhem os óleos conforme menor preço no mercado.

VERDADE: Cada empresa convidada a fornecer o óleo lubrificante que atenda ao projeto da montadora, irá apresentar sim seu preço, mas sem influenciar na qualidade do produto.

HOMOLOGAÇÃO x APROVAÇÃO

Homologação, é quando o produto é credenciado como oficial da linha de montagem, atendendo todas as especificações e normas determinadas pelas montadoras. Aprovação, é o produto que segue os padrões determinados, mas não foi indicado para ser item de linha de montagem.

ONDE ERRAMOS?

Erramos, quando definimos a troca de um óleo lubrificante, pelo seu API ou ACEA, exemplo:

0w20 – API SP

Estas normas apenas indicam o básico do óleo lubrificante, para entender melhor esta diferença vamos ao Gráfico de Desempenho Relativo LUBRIZOL.

Vamos pegar o óleo da Castrol, excelente produto no mercado, onde muitos erram na aplicação, somente pelo API:

Um lubrificante de API SN, seja ele qualquer viscosidade, apresenta as seguintes níveis de proteções e funções:

• Desgaste: 5
• Formação de borra (lodo): 5
•Formação de depósitos no cartér: 5

Agora um Castrol com homologação para Land Rover, seguindo o código de homologação:

Castrol Edge Pro – 0w20 com duas homologações: 

Norma STJLR035006. 

Observe os níveis de proteção:

• Espessamento de fuligem: 8
• Proteção do DPF –  LSPI: 8
•  Desgaste: 6
• Borra (lodo): 7
• Formação de depósitos: 7
• Espessamento oxidativo: 8
• Economia de Combustível: 8

Por fim, vamos para a Norma JLR035022

Podemos observar que altera alguns itens, como Proteção LSPI, esta zero, pois esta homologação não é para linha diesel. Assim, temos em todas as montadoras, óleos lubrificantes, fluídos de freios, aditivos para arrefecimento, óleo de transmissão, cada qual tem no mercado a linha básica e a homologada.

O reparador, como técnico deve ficar atento a estas questões, pois a qualidade dos serviços prestados a curto, médio e longo prazo, podem ser prejudicadas. 

Volto à pergunta inicial: AFINAL, ÓLEO DO MOTOR, É DEFINIDO PELO API OU ACEA?

Acredito que sua resposta seja, nenhum dos dois, pois o lubrificante deve atender a homologação do fabricante, da montadora. Existem veículos que utilizam óleo lubrificante sem homologação? 

SIM! Existem modelos, cuja a construção, seguem padrões básicos, onde a montadora apenas indica o API ou ACEA, como determinantes para o seu motor, como acontece nas linhas,  MITSUBISHI, TOYOTA, HONDA, entre outras.

Encerro aqui mais uma matéria, dedicada a você que, como declarou o grande comunicador SILVIO SANTOS: “Ninguém sai de casa dizendo hoje eu vou errar. Não! Todos saem de casa na intenção de acertar! Fazemos dez coisas, erramos três e os jornais e a televisão só encontram os três defeitos. Esquecem as 7 qualidades”.

Pensem nisto, ao menor erro, seu cliente pode deixar de ser. Então procure acertar sempre, aplicando peças e produtos de qualidade nos seus serviços. Para que a qualidade seja sempre vistas! Até a próxima!

Contato para Treinamentos, palestras técnicas, da General TECH, com o Prof. Leandro Marco 034.3312-2727 ou 34.99886-2728. @generaltechctp, @generaltechad

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